Capítulo 19

Diogo e Cassandra estavam muito felizes com aquele encontro.

— Tatá, mais você está uma moça muito linda, que orgulho de ter uma irmã tão linda.

— Você também está muito bem Diogo.

Alfred que até agora estava calado, resolveu chamar a atenção de Cassandra.

— Já que seu irmão não nos apresentou, eu sou Alfred, eu e seu irmão somos parceiros, quase irmãos.

— Oi Alfred, seu pai me falou que vocês são muito unidos.

— Mais Tatá me conta um pouco sobre você, sua vida, onde você está morando?

— Eu estou morando no Leblon, me formei em medicina recentemente.

— Nossa então eu tenho uma irmã que é médica, Tatá quanto orgulho, e morando no Leblon irmãzinha?

— Sim, Diogo tenho uma casa muito bonita e gostaria muito que você viesse morar comigo.

— Cassandra, seu irmão trabalha comigo agora, é meu braço direito, só espero que ele não me abandone.— Disse

Alfred apreensivo.

Diogo ficou sem saber o que responder, estava muito feliz por encontrar novamente com Cassandra sua irmã, mais abandonar a favela nesse momento, estava fora de cogitação.

Ele estava adorando sua nova vida, se sentindo superior.

— Tatá, deixa eu te dizer uma coisa eu posso até te visitar, mais sair da favela agora eu não quero fazer isso, espero que compreenda.

— Diogo, vamos fazer o seguinte você vai comigo e conversaremos mais a vontade em minha casa pode ser?

— Eu posso ir outro dia, tenho compromisso de trabalho daqui a duas horas Tatá.

— Pode ser amanhã então, é sábado e você poderá passar o final de semana comigo, temos muito o que conversar, e matar a saudade também.

— Está bem Tatá, deixa o seu endereço amanhã com certeza vou a sua casa.

Cassandra sabia que teria que ser paciente com Diogo, tirar ele daquele mundo em que ele se infiltrou seria difícil.

Mais ela iria lutar com todas as forças, para que seu irmão conseguisse se libertar, só aí então ela não ficaria em dívida com sua mãezinha a quem prometeu cuidar de seu irmão.

Cassandra estava atordoada após o reencontro com seu irmão Diogo. Ela mal podia acreditar que o irmão que ela conhecia tão bem agora era um traficante de drogas e o braço direito do dono do morro. Ela sabia que essa vida era perigosa e que poderia trazer muitas consequências negativas para a vida de Diogo.

Cassandra tinha um grande amor pelo seu irmão e não podia simplesmente ignorar a situação. Ela decidiu que iria lutar com todas as suas forças para tirar Diogo desse caminho. Ela pensou em várias ideias e estratégias para abordar a situação, mas sabia que não seria fácil.

Ao chegar em casa, Cassandra se sentou e ficou pensando no que fazer. Ela sabia que não poderia simplesmente chamar a polícia ou confrontar Diogo sobre sua atividade ilegal. Isso poderia colocá-lo em um risco ainda maior e prejudicar suas chances de ajudá-lo a sair dessa vida.

Cassandra decidiu que precisaria se aproximar de Diogo novamente e tentar conversar com ele sobre a situação. Ela sabia que isso não seria fácil, mas não podia simplesmente desistir. Ela pensou em diferentes abordagens e maneiras de chegar a Diogo, mas sabia que precisaria de coragem e determinação para seguir em frente.

Cassandra sabia que estava enfrentando uma batalha difícil, mas estava pronta para lutar até o fim. Ela se sentiu determinada a ajudar Diogo a encontrar um novo caminho na vida e a deixar para trás a vida perigosa que ele estava levando.

Cassandra mal conseguiu dormir aquela noite, pensando em Diogo.

No dia seguinte antes do almoço Diogo chegou acompanhado por Alfred.

Cassandra pensou que seu irmão viria sozinho, e se decepcionou quando ele veio acompanhado.

Ela queria ficar a sós com ele para poderem conversar mais tranquilamente.

— Tatá, que mansão mais linda e sua Tatá?

—Sim, Diogo foi herança da Fabíola, você se lembra dela?

— Como eu poderia esquecer, aquela senhora bondosa, então ela faleceu?

— Sim, mais uma grande perda na minha vida depois de mamãe.

— Oi Cassandra espero que não se importe de eu ter vindo com seu irmão?

— Tudo bem Alfred, mais entrem o almoço deve estar quase pronto e iremos almoçar.

— Me da licença para eu tirar esta jaqueta, está muito calor.

Alfred então tirou a jaqueta de couro que estava vestido, ficando apenas com uma camiseta regata.

Aqueles braços e peitos musculosos ficaram visíveis.

Mais o que estava realmente incomodando Cassandra era as inúmeras tatuagens que Alfred tinha nos braços.

Eles sentaram a mesa para almoçarem, mais Cassandra não conseguia desviar o olhar de Alfred.

— Sua empregada cozinha muito bem, esse assado está maravilhoso.— Disse Alfred repetindo o prato.

— Então Fabíola também me deixou uma fazenda no interior, tenho que ir lá conhecer pois ainda não conheço o local.

— Mais fica longe Tatá?

— Não muito, a alguns poucos quilômetros.

— Se você quiser eu e o Alfred, podemos ir lá com você quando você quiser.

— Claro, podemos ir ainda hoje se vocês quiserem, é só ir lá em casa deixar a moto e pegar o carro.

— Então vamos Tatá, adoro fazer aventuras.

— Se vocês dois forem me acompanhar, podemos ir sim, mais não precisa buscar seu carro Alfred, podemos ir com o meu mesmo.

— Então está combinado, podemos partir em uma hora, assim que o almoço fizer digestão.

Cassandra até gostou da ideia de ir conhecer sua fazenda que tinha herdado de Fabíola, pois ainda não tinha tido a oportunidade de ir lá ainda.

Fabíola lhe disse que estava sendo bem cuidada pelo casal de caseiros que ali moravam e administravam.

Pois na fazenda tinha mais alguns empregados que cuidavam dos cavalos e outros animais e também da plantação.

Fabíola lhe disse que tinha várias árvores frutíferas.

Diogo se ofereceu para ir dirigindo o carro de Cassandra , ela então se sentou no banco de trás, mais o que ela não esperava é que Alfred sentou ao seu lado deixando Diogo na direção.

Diogo pegou o caminho da favela e Cassandra perguntou:

— Diogo, você não está errando o caminho?

— Não Tatá, vou passar em casa para pegar uma troca de roupas, pois com certeza iremos passar a noite lá hoje, estou certo?

— Está bem, pensei que estivesse errando a direção.

— Eu também vou pegar uma roupa, voltamos em um minuto Cassandra.

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