Capítulo 17

Fabíola sentiu um grande orgulho e uma emoção indescritível ao ouvir o discurso de Cassandra. Ela sempre soube que sua neta adotiva era uma pessoa muito especial, dedicada e determinada a alcançar seus objetivos.

Ela sentiu ainda mais gratidão por ter a oportunidade de ser a mãe que Cassandra sempre precisou. Apesar de todas as dificuldades que enfrentou ao longo de sua vida, Fabíola sabia que tudo valeu a pena quando viu Cassandra se formando e realizando seus sonhos.

Ela pensou consigo mesma que aquela garota realmente foi uma benção e agradeceu a Deus por tê-la enviado para tornar seus dias mais felizes e cheios de amor. Ela sabia que a vida ainda poderia ser difícil, mas com uma pessoa tão forte como Cassandra ao seu lado, ela estava pronta para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse.

Era domingo Cassandra tirou o dia para fazer companhia a avó.

Alguma coisa em seu coração lhe dizia para desfrutar da companhia de sua avó com bastante intensidade aquele dia.

Ela não sabia o por que mais por dentro ela sentia uma enorme tristeza.

Infelizmente aquela tarde Fabíola passou muito mal, as enfermeiras chamaram a ambulância, mais Fabíola faleceu segurando a mão de Cassandra.

As últimas palavras de Fabíola foram estas:

— Filha, obrigado por ter sido luz na minha vida, eu sei que meu fim chegou, mais deixei tudo organizado para que você possa viver tranquilamente e feliz.

— Vovó por que a senhora está dizendo isso?

Fabíola simplesmente fechou os olhos, e deu seu último suspiro.

Cassandra ficou arrasada com a perda de sua avó. Ela sentiu como se uma parte dela tivesse sido arrancada e a dor foi insuportável.

Ela pensou naquela sensação que teve no domingo, de que algo estava para acontecer, e se arrependeu de não ter prestado mais atenção nela e não ter passado mais tempo com sua avó em seus últimos dias.

Mas, ao mesmo tempo, Cassandra se confortou em saber que estava presente no último momento de sua avó e que pôde segurar a mão dela e dizer o quanto a amava. Ela sabia que Fabíola foi uma benção em sua vida e que a amou incondicionalmente até o último minuto.

Cassandra também percebeu o quanto é importante valorizar as pessoas que amamos e estar presente em suas vidas, especialmente nos momentos difíceis e finais. Ela prometeu a si mesma que não deixaria mais essa oportunidade passar e que faria o seu melhor para honrar a memória de sua avó todos os dias, lutando para se tornar uma médica melhor e ajudar as pessoas que precisam de cuidados médicos, assim como Fabíola sempre fez em sua vida.

Mais uma vez Cassandra se sentiu sozinha, mais ela era forte iria conseguir suportar mais uma vez outra grande perda em sua vida.

Uma semana após a morte de Fabíola, a campainha tocou, a empregada atendeu.

Cassandra estava sentada na sala de estar quando o tabelião entrou. Ela se levantou para recebê-lo, curiosa para saber o motivo da visita. O tabelião a cumprimentou e pediu para sentar.

— Seu nome é Cassandra, correto? perguntou o tabelião.

— Sim, sou eu. O que posso fazer por você? respondeu Cassandra.

— Eu vim em nome de sua avó, Fabíola. Ela me deixou uma procuração para ler seu testamento e entregar os bens que ela deixou pra você.

Cassandra ficou surpresa e ao mesmo tempo ansiosa ao ouvir aquelas palavras. Ela não sabia que sua avó tinha deixado um testamento para ela e sempre pensava que ela não tinha posses materiais significativas.

O tabelião então começou a ler o testamento, que confirmou o que ele tinha acabado de dizer. Fabíola havia deixado todos os seus bens - a mansão em que elas moravam, uma fazenda no interior e uma grande quantia em dinheiro - para Cassandra.

Cassandra ficou chocada e não soube o que dizer por um momento. Ela nunca esperou receber algo assim de sua avó, mas sabia que ela era uma pessoa de muitas surpresas.

O tabelião continuou a explicar os detalhes do testamento e as obrigações legais envolvidas, mas Cassandra estava em um estado de choque. Ela nunca tinha lidado com bens tão significativos antes e não sabia como iria lidar com a situação.

Mas o que mais a surpreendeu foi o amor e a confiança que sua avó havia demonstrado por ela ao deixar tudo o que ela tinha em suas mãos. Ela sentiu uma sensação de responsabilidade, mas também de gratidão e amor pela sua avó.

No fim daquele encontro, Cassandra agradeceu o tabelião e se despediu dele. Mas ela sabia que sua mente estava em outro lugar. Ela queria saber como usar esses bens e fazer sua avó se orgulhar do legado que ela havia deixado nas mãos de sua neta adotiva.

Cassandra agora com muito dinheiro nas mãos, lembrou de seu irmão Diogo, onde será que ele estava.

Ela resolveu que chamaria um ótimo detetive para tentar localizar Diogo.

Cassandra sentiu uma dor no peito ao lembrar-se da promessa que havia feito à mãe e da impossibilidade de cumpri-la. Ela sabia que, de alguma forma, sua mãe iria entender e perdoar ela mas ainda assim, a sensação de ter negado essa promessa a encheu de tristeza.

Por isso, ela decidiu que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para encontrar Diogo e ajudá-lo. Ela começou a buscar informações sobre detetives particulares e logo encontrou um que tinha uma ótima reputação.

Cassandra contratou os serviços do detetive e compartilhou com ele todas as informações que tinha sobre seu irmão, desde o último contato que tiveram até possíveis locais onde ele poderia estar. O detetive começou a trabalhar imediatamente e passou a investigar todos os dados e pistas que lhe foram fornecidos.

Durante a investigação, Cassandra sentiu uma mistura de esperança e medo. Ela se perguntava o que teria acontecido com Diogo durante todos aqueles anos e se ele estaria bem. Ela se preocupava com a possibilidade dele estar passando por alguma dificuldade ou problema que ela não saberia como ajudar.

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