Capítulo 18

O único medo de Cassandra era encontrar novamente com Sebastião, mais ela sabia da morte dele na prisão.

Mais se para encontrar Diogo ela tivesse que ver o verme do Sebastião ela iria passar por isso, ainda mais que agora ela não era mais a garota inocente, daquela época.

Ela saberia lutar contra o Sebastião, pois ela havia se transformado em uma mulher forte, capaz de enfrentar qualquer obstáculo que visse pela frente.

Depois de algumas semanas de buscas o detetive descobriu onde Diogo estava.

Cassandra ficou muito triste e feliz ao mesmo tempo triste por Diogo ainda estar morando na favela, enquanto ela desfrutou de uma vida boa por todo esse tempo na companhia de Fabíola.

Mais ela estava feliz em poder rever seu irmão novamente.

O detetive entregou o endereço de onde Diogo estava.

Ela não via a hora de rever seu irmão e poder abraçar ele novamente.

Cassandra então seguiu as instruções do detetive e foi até a favela onde Diogo estava morando, e onde ela também morou por um longo período em sua infância.

Ela caminhou pelas ruas estreitas e sinuosas, observando as casas modestas ao longo do caminho. Ela viu o quanto a vida em um lugar assim era difícil e se perguntou como seu irmão estava lidando com todas essas adversidades.

Mais Cassandra não estava entendendo, aquele endereço estava levando ela na casa habitada pelo dono do morro.

Ela não conseguia acreditar que Diogo estaria morando em um lugar que parecia tão perigoso.

Cassandra chegou em frente o grande portão de ferro e perguntou para um dos seguranças.

— Moço, por favor eu estou a procura do meu irmão, me disseram que ele está morando aqui nesta casa.

— Seu irmão, mocinha eu acredito que você deve estar enganada, aqui é a residência do China, ele mora com o filho.

— Eu também acho que o detetive se enganou, mais muito obrigado mesmo assim.

O outro segurança ouvindo a conversa perguntou para Cassandra:

— Moça como chama seu irmão?

— Diogo, o nome dele é Diogo.

— Moça você não está enganada não, o Diogo mora aqui sim, depois que o padastro dele morreu o China o acolheu aqui.

— O Sebastião morreu na cadeia fiquei sabendo.

— Sim, ele morreu na cadeia por ter abusado da enteada dele.

Cassandra sentiu uma mistura de sentimentos, alívio por não precisar encontrar Sebastiao, mais triste também pois mesmo por ter causado tanto mal a ela, não desejava a morte dele.

— Moço você poderia chamar ele para mim?

— Eu acho que ele saiu, mais espere um pouco deixa eu verificar com o China.

O segurança chamou o China pelo rádio e explicou a ele que Cassandra estava lá fora, explicou também que ela era a irmã de Diogo.

China pediu ao segurança para deixar ela entrar.

O segurança levou então Cassandra para dentro da casa.

China estava esperando ver uma jovem mal vestida maltrapilha, mais ficou deslumbrado, Cassandra era uma jovem muito bonita e muito elegante.

— Entre por favor, Diogo saiu com meu filho para uma missão, mais volta para o almoço, você pode esperar por ele se quiser.

— Obrigado, é que já faz muitos anos que não vejo meu irmão, coloquei um detetive para descobrir onde ele estava, e descobri que ele está morando aqui.

— Sim, O Sebastião morreu na prisão e eu cuidei dele por algum tempo, hoje ele mora e trabalha comigo

— Eu agradeço imensamente por ter cuidado do meu irmão estes anos todos senhor, mais ele trabalha fazendo o quê?

— Cassandra é o seu nome né?

— Sim senhor meu nome é Cassandra.

— Seu irmão tem sido o braço direito do meu filho Alfred, ele trabalha levando e trazendo coisas.

Cassandra não ficou satisfeita com a resposta vaga de China. Ela queria saber mais sobre o que exatamente seu irmão estava fazendo e se ele corria algum perigo.

— Mas que tipo de coisas ele transporta, China? É algo ilegal? Meu irmão sabe o que está fazendo?

China fixou o olhar em Cassandra por um instante antes de responder:

— Sim, são coisas ilegais. E ele sabe. Mas ele precisa do dinheiro e meu filho precisava de um ajudante confiável. Ele tem sido útil para nós.

Cassandra ficou chocada com a confirmação de que seu irmão estava envolvido com atividades criminosas e que sua vida estava em risco na favela.

— Então eu quero levar meu irmão para morar comigo, na realidade eu vim aqui para isso.

— Então Cassandra, quando Diogo veio para está casa ele tinha oito anos, e meu filho quinze anos, os dois ficaram muito apegados um com o outro, são como irmãos.

A porta se abriu, Cassandra viu entrando dois lindos rapazes, um era Alfred musculoso várias tatuagens pelo braço que eram bem visíveis, o outro era Diogo também forte e musculoso pois os dois frequentava juntos a academia.

Cassandra finalmente encontrou seu irmão Diogo depois de 14 anos separados. Ela se emocionou ao vê-lo novamente e queria abraçar ele e dizer o quanto o amava. Ela ficou parada diante dele por um momento, sem saber o que dizer.

Diogo exclamou, incrédulo,

—Tatá? É você mesmo? Quando o segurança me disse que minha irmã estava aqui eu não consegui acreditar.

Cassandra deu um passo à frente e abraçou o irmão, sentindo a energia quente do corpo dele contra o seu. Ela queria chorar de alegria, mas manteve as lágrimas sob controle.

— Sim, Diogo, sou eu. Vim até aqui para encontrar você. disse ela, emocionada.

Diogo parecia estar olhando para um fantasma, incapaz de acreditar que sua irmã mais velha estava na sua frente. De repente, toda a emoção que ele vinha segurando explodiu, e ele começou a chorar incontrolavelmente.

— Tatá, eu senti tanto a sua falta. soluçou ele. Eu pensei que nunca mais ia te ver, que você nunca mais iria voltar.

Cassandra acariciou as costas do irmão e tentou acalma lo.

— Eu estou aqui agora, Diogo. E eu nunca mais vou deixar você. Eu prometo.

Os dois se olharam nos olhos por um momento, suas emoções intensas e complexas. Cassandra se deu conta de que agora tinha uma missão em sua vida, ajudar o irmão a superar tudo o que havia vivido durante os anos que passou sem ela.

Ela sabia que não seria fácil, mas estava disposta a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudá-lo. E ela começou a planejar como poderia ajudá-lo a recomeçar a vida dele, longe do tráfico de drogas e dos perigos que acompanhavam aquela forma de vida.

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