Capítulo 13

Cassandra estava radiante em seu vestido de rendas rosas, que realçava sua beleza natural. Ela se olhava no espelho, admirando cada detalhe do seu visual impecável. Seus cabelos estavam presos em um coque elegante, com algumas mechas soltas que emolduravam seu rosto delicado. Ela se sentia como uma princesa, pronta para viver um conto de fadas.

— Minha criança linda, você já cresceu o tempo passou, e está se tornando uma linda jovem, você é muito especial para mim Cassandra.

— Vovó, eu te amo tanto sou tão grata a você, obrigado por esta festa linda.

— Você merece muito mais, pois a sua presença tem tornado meus dias mais felizes e menos solitários.

A festa de debutante de Cassandra estava prestes a começar e ela estava ansiosa para encontrar seus amigos. Ela sabia que seria uma noite inesquecível, cheia de emoções e surpresas. Enquanto se preparava, ela pensava em tudo o que havia passado para chegar até ali. Os ensaios, as escolhas de decoração, o vestido perfeito... Tudo havia sido planejado com muito carinho e dedicação pela sua avó Fabíola.

Tudo estava perfeito, desde as flores até as luzes que iluminavam o ambiente. Ela se sentiu ainda mais especial ao ver que todos os seus amigos da sala de aula, alguns professores, amigos íntimos de sua avó estavam lá para celebrar com ela.

A noite foi repleta de momentos emocionantes. Ela também dançou a valsa com um dos seus professores, e depois com seus amigos, que a fizeram rir e se divertir. A música estava animada e todos estavam se divertindo muito.

Mas o momento mais emocionante da noite foi quando Cassandra recebeu uma surpresa de seus amigos. Eles haviam preparado um vídeo com mensagens de amor e carinho, que a fizeram chorar de emoção. Ela se sentiu amada e abençoada por ter pessoas tão especiais em sua vida.

— Vocês me fizeram chorar de emoção, que vídeo lindo, obrigado a todos vocês.

Ao final da festa, Cassandra se despediu de todos com um sorriso no rosto e um coração cheio de gratidão. Ela sabia que aquela noite ficaria para sempre em sua memória como um dos momentos mais felizes de sua vida. E ela estava certa. A festa de debutante de Cassandra foi um sucesso e ela se sentiu como uma verdadeira princesa.

Os dias, meses e anos foram passando.

O amor de Fabíola por Cassandra era muito grande, ela agradecia todos os dias por Cassandra ter aparecido em sua vida.

Já seu irmão Diogo agora com quatorze anos, ainda vivendo na favela na casa de China.

Alfred filho de China tinha construído uma amizade muito forte com Diogo, ele tinha ele como um irmão mais novo.

China havia passado várias responsabilidades para seu filho Alfred agora com vinte e um anos, e Alfred deixava sempre Diogo o auxiliar nas tarefas que seu pai passava para ele.

— O que você está fazendo Diogo?

— No momento nada estou de boa.

— Vamos comigo, pegar o dinheiro dos pontos?

— Vamos sim!

Era sempre assim, Diogo sempre acompanhava Alfred, e ele gostava se sentia importante.

Mais Alfred com seu temperamento prepotente afrontou uma das facções vizinhas naquele dia.

Por causa da sua postura prepotente, Alfred começou a afrontar as facções vizinhas com declarações de superioridade e ameaças. Ele acreditava que, sendo o filho do dono do morro, tinha o direito de fazer o que quisesse e não precisava respeitar os territórios das outras facções.

Durante uma reunião entre as lideranças das facções, Alfred se levantou e disse que o morro liderado por seu pai era o único que merecia respeito e que as facções vizinhas deveriam se submeter a eles. Os outros traficantes ficaram chocados com a audácia de Alfred, e alguns deles começaram a considerar o morro liderado por China uma ameaça.

Essa atitude desafiadora de Alfred resultou em uma série de confrontos entre as facções, colocando em risco a vida dos moradores do morro e levando seu pai a intervir para acalmar as tensões.

China, o dono do morro, sempre teve orgulho do seu filho Alfred, que até os seus quinze anos era um rapaz educado e humilde. Contudo, a partir dos seus vinte e um anos, Alfred começou a se tornar prepotente e arrogante, causando preocupação em China.

China reconhecia nesse comportamento uma ameaça à liderança do morro e tentava a todo custo controlar a situação. Mas, mesmo assim, a falta de humildade de Alfred o levou a criar atritos com as facções vizinhas,

Em um momento crítico, quando a paz entre as facções estava prestes a se quebrar, China teve que intervir e colocar seu filho em seu devido lugar, demonstrando sua autoridade e liderança.

China chamou Alfred em seu escritório para uma conversa séria. Ele se sentou em sua cadeira e olhou para o filho com seriedade. Alfred, por sua vez, não parecia muito à vontade ali. Ele se mexia na cadeira, como se quisesse estar em outro lugar.

— Alfred, estamos tendo problemas com as facções vizinhas, e eu não estou satisfeito com a forma como você está conduzindo as coisas.

— O que eu estou fazendo de errado? —Perguntou Alfred desafiador.

— Você está sendo arrogante e prepotente, como se o fato de ser meu filho te desse o direito de impor as coisas aos outros mas não funciona assim. respondeu China.

— Mas eu sou seu filho, eu deveria ter algum tipo de autoridade. — Argumentou Alfred.

— Ser meu filho não te dá autoridade sobre ninguém, você precisa aprender a respeitar as pessoas e as outras facções, e se você continuar agindo assim, você vai colocar em risco não apenas a sua vida, mas também a de todos aqui no morro.

Alfred baixou a cabeça, sentindo-se constrangido.

— Eu não queria causar transtornos. disse ele, visivelmente arrependido. —Eu só queria demonstrar a minha autoridade.

— Não é assim que as coisas funcionam aqui. disse China. Aquela atitude tem que acabar.

— Eu vou tentar ser mais consciente. —comprometeu-se Alfred.

— Eu espero isso de você, Alfred. Você é meu filho, a pessoa em quem eu deveria poder confiar. É hora de você crescer e se responsabilizar por suas atitudes. —Finalizou China, antes de dispensar o filho.

China teria que encontrar um equilíbrio para proteger seu filho, sem colocar em risco a segurança do seu negócio.

No final, Alfred teria que decidir entre manter sua prepotência e seguir trilhando um caminho perigoso ou assumir a responsabilidade e se transformar em alguém mais consciente e comprometido com a liderança do morro

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