Capítulo 2: Os abusos de Sebastião

Cassandra estava se sentindo ainda muito triste com saudades de sua mãe. Como não tinha conseguido dormir direito, não acordou cedo como de costume e acabou despertando a ira de Sebastião.

Ele bateu com força na porta do quarto onde Cassandra dividia uma cama de solteiro com seu irmão, fazendo com que ela pulasse da cama assustada.

— Cassandra, você está perdendo a hora! Meu café já deveria estar na mesa — falou Sebastião com uma voz rude.

— Já estou indo preparar!

— Me faça também uma omelete para eu comer com pão.

A garota sabia que não adiantava protestar, então levantou-se e foi para a cozinha.

Sebastião, no entanto, não era nada fácil de se lidar. Ele exigia tudo perfeito e no tempo certo. Se a comida não estivesse bem temperada ou se o café não estivesse quente o suficiente, ele não hesitava em xingar e até mesmo bater em Cassandra, deixando seu corpo cheio de hematomas e vergões.

Aos poucos, os abusos de Sebastião se tornaram mais frequentes. Além de obrigar Cassandra a fazer todas as tarefas domésticas, ele também a obrigava a lavar toda a roupa da casa e a tomar conta de Diogo o tempo todo.

Cassandra se sentia constantemente sobrecarregada, pois embora ela fosse a mais velha, ainda era apenas uma criança. Ela não tinha ninguém para se abrir e contar sobre os abusos que sofria, já que suas amigas e vizinhos também passavam por situações difíceis.

Certa tarde, quando Sebastião chegou em casa bêbado e agressivo, Cassandra se trancou no quarto com seu irmão, com medo do que poderia acontecer. Ela segurou firme a mão de Diogo e tentou acalma lo quando começou a chorar, mas no fundo, ela também estava tremendo de medo.

Sebastião, o padrasto de Cassandra , era um homem alto e magro com uma barba malfeita e olhos escuros que pareciam vasculhar o interior da alma de qualquer um.

Sebastião falava muita besteira mais como estava muito bêbado não dava para entender direito o que ele falava.

Ele chamava por Cassandra mais ela fingia não estar ouvindo.

— Cassandra, vem aqui sua moleca, quero comer estou com fome.

Ele continuou a chamar por Cassandra, mais ela continuou imóvel abraçada com Diogo seu irmão.

Cassandra ficou aliviada quando finalmente escutou ele a roncar.

Agora ele estava dormindo, demoraria para então acordar.

— Tatá eu estou com fome! — Diogo exclamou choramingando.

— Fique aqui quietinho eu vou lá buscar comida para você.

Cassandra saiu do quarto com todo o cuidado para não fazer barulho, foi até o fogão e pegou um prato de sopa que tinha preparado e levou para o quarto.

Os dois comeram a sopa, e depois foram dormir.

Frequentemente, ela se lembrava da lembrança de sua mãe, que sempre dizia que ela era forte e corajosa, mas Cassandra não conseguia se sentir assim sob o controle opressivo de seu padrasto. Ela sentia falta dela todos os dias e ansiava pelo seu amor e conforto.

Mas, apesar desses sentimentos de tristeza e desamparo, Cassandra tinha uma centelha de determinação e esperança dentro dela. Ela sabia que, de alguma forma, ela precisava encontrar um caminho para escapar dessa situação e encontrar um lugar onde ela pudesse viver livremente e feliz.

Cassandra odiava o dia de domingo, pois seu padrasto não ia trabalhar, ficava o dia todo brigando e obrigando ela a trabalhar, isso quando não saia e chegava bêbado.

Ela levantou da cama ele ainda estava roncando.

Cassandra preparou o café, lavou toda a roupa e colocou no varal.

— Cassandra olha a situação dessa camisa, você deixou ela manchada.

— Me desculpe, vou tentar tirar esta mancha.

— Desculpa não vai me trazer outra camisa menina descuidada.

Sebastião deu um tapa muito forte nas costas de Cassandra, fazendo ela desequilibrar e bater o nariz na ponta da mesa que logo começou a sangrar.

— Tatá você está com sangue no nariz.

— Vai logo lavar este nariz, e tenta tirar esta mancha da minha camisa, por que se você não conseguir, não vai ser só seu nariz que vai sangrar não.

Cassandra foi até o banheiro lavou o nariz, mais foi um corte profundo, e demorou a parar de sangrar.

Diogo ficou perto dela, preocupado com a irmã.

— Tatá está doendo muito seu machucado?

— Não está doendo não, logo vai sarar viu?

Diogo saiu do banheiro e foi até onde seu padrasto estava e disse:

— Você é muito mal, machucou a Tatá, não gosto mais de você.

— Já que você não vai gostar mais de mim, não vou lhe dar este presente que comprei ontem para você.

— Você comprou presente para mim?

—Sim, eu comprei mais já que não gosta de mim não vou te dar.

— Cadê o presente deixa eu ver.

Sebastião pegou um pequeno embrulho e mostrou para Diogo.

— Aqui está, mais não vou te dar.

— Eu gosto muito de você, mais não bate mais na Tatá não, eu fico triste.

Diogo pegou o embrulho e abriu, era um carrinho, ele ficou muito feliz.

— Você gostou do presente?

— Eu gostei muito é bonito.

— Então me dá um abraço, eu acho que eu mereço.

Diogo foi até Sebastião e deu um abraço nele.

Sebastião pegou o garoto no colo e ficou brincando com ele.

Diogo até esqueceu do machucado da irmã.

Cassandra agora estava no tanque tentando esfregar a camisa de Sebastião para ver se a mancha saia.

Depois de passar sabão e esfregar um pouco ficou feliz por que a mancha tinha desaparecido.

Ela foi até onde Sebastião estava brincando com Diogo e falou:

— Eu consegui limpar sua camisa, vou colocar ela no varal agora.

— Ainda bem que conseguiu, e hoje no almoço eu quero comer macarronada, vê se capricha no tempero, ultimamente sua comida está ficando sem tempero.

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Comments

Eliane Barbosa da Silva

Eliane Barbosa da Silva

tomara que o dono do morro pegue este escroto e faça picadinho de carne de Sebastião, pois é um agressor de merda este desgraçado .

2024-11-15

1

Cleise Moura

Cleise Moura

Que sofrimento dessa menina ela só tem 8 anos tadinha

2024-09-08

0

Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves

Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves

mas que c****** comprando um menino que é apenas uma criança para ficar do lado dele e contra a irmã dele que nojo

2024-08-31

0

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