Cassandra estava se sentindo ainda muito triste com saudades de sua mãe. Como não tinha conseguido dormir direito, não acordou cedo como de costume e acabou despertando a ira de Sebastião.
Ele bateu com força na porta do quarto onde Cassandra dividia uma cama de solteiro com seu irmão, fazendo com que ela pulasse da cama assustada.
— Cassandra, você está perdendo a hora! Meu café já deveria estar na mesa — falou Sebastião com uma voz rude.
— Já estou indo preparar!
— Me faça também uma omelete para eu comer com pão.
A garota sabia que não adiantava protestar, então levantou-se e foi para a cozinha.
Sebastião, no entanto, não era nada fácil de se lidar. Ele exigia tudo perfeito e no tempo certo. Se a comida não estivesse bem temperada ou se o café não estivesse quente o suficiente, ele não hesitava em xingar e até mesmo bater em Cassandra, deixando seu corpo cheio de hematomas e vergões.
Aos poucos, os abusos de Sebastião se tornaram mais frequentes. Além de obrigar Cassandra a fazer todas as tarefas domésticas, ele também a obrigava a lavar toda a roupa da casa e a tomar conta de Diogo o tempo todo.
Cassandra se sentia constantemente sobrecarregada, pois embora ela fosse a mais velha, ainda era apenas uma criança. Ela não tinha ninguém para se abrir e contar sobre os abusos que sofria, já que suas amigas e vizinhos também passavam por situações difíceis.
Certa tarde, quando Sebastião chegou em casa bêbado e agressivo, Cassandra se trancou no quarto com seu irmão, com medo do que poderia acontecer. Ela segurou firme a mão de Diogo e tentou acalma lo quando começou a chorar, mas no fundo, ela também estava tremendo de medo.
Sebastião, o padrasto de Cassandra , era um homem alto e magro com uma barba malfeita e olhos escuros que pareciam vasculhar o interior da alma de qualquer um.
Sebastião falava muita besteira mais como estava muito bêbado não dava para entender direito o que ele falava.
Ele chamava por Cassandra mais ela fingia não estar ouvindo.
— Cassandra, vem aqui sua moleca, quero comer estou com fome.
Ele continuou a chamar por Cassandra, mais ela continuou imóvel abraçada com Diogo seu irmão.
Cassandra ficou aliviada quando finalmente escutou ele a roncar.
Agora ele estava dormindo, demoraria para então acordar.
— Tatá eu estou com fome! — Diogo exclamou choramingando.
— Fique aqui quietinho eu vou lá buscar comida para você.
Cassandra saiu do quarto com todo o cuidado para não fazer barulho, foi até o fogão e pegou um prato de sopa que tinha preparado e levou para o quarto.
Os dois comeram a sopa, e depois foram dormir.
Frequentemente, ela se lembrava da lembrança de sua mãe, que sempre dizia que ela era forte e corajosa, mas Cassandra não conseguia se sentir assim sob o controle opressivo de seu padrasto. Ela sentia falta dela todos os dias e ansiava pelo seu amor e conforto.
Mas, apesar desses sentimentos de tristeza e desamparo, Cassandra tinha uma centelha de determinação e esperança dentro dela. Ela sabia que, de alguma forma, ela precisava encontrar um caminho para escapar dessa situação e encontrar um lugar onde ela pudesse viver livremente e feliz.
Cassandra odiava o dia de domingo, pois seu padrasto não ia trabalhar, ficava o dia todo brigando e obrigando ela a trabalhar, isso quando não saia e chegava bêbado.
Ela levantou da cama ele ainda estava roncando.
Cassandra preparou o café, lavou toda a roupa e colocou no varal.
— Cassandra olha a situação dessa camisa, você deixou ela manchada.
— Me desculpe, vou tentar tirar esta mancha.
— Desculpa não vai me trazer outra camisa menina descuidada.
Sebastião deu um tapa muito forte nas costas de Cassandra, fazendo ela desequilibrar e bater o nariz na ponta da mesa que logo começou a sangrar.
— Tatá você está com sangue no nariz.
— Vai logo lavar este nariz, e tenta tirar esta mancha da minha camisa, por que se você não conseguir, não vai ser só seu nariz que vai sangrar não.
Cassandra foi até o banheiro lavou o nariz, mais foi um corte profundo, e demorou a parar de sangrar.
Diogo ficou perto dela, preocupado com a irmã.
— Tatá está doendo muito seu machucado?
— Não está doendo não, logo vai sarar viu?
Diogo saiu do banheiro e foi até onde seu padrasto estava e disse:
— Você é muito mal, machucou a Tatá, não gosto mais de você.
— Já que você não vai gostar mais de mim, não vou lhe dar este presente que comprei ontem para você.
— Você comprou presente para mim?
—Sim, eu comprei mais já que não gosta de mim não vou te dar.
— Cadê o presente deixa eu ver.
Sebastião pegou um pequeno embrulho e mostrou para Diogo.
— Aqui está, mais não vou te dar.
— Eu gosto muito de você, mais não bate mais na Tatá não, eu fico triste.
Diogo pegou o embrulho e abriu, era um carrinho, ele ficou muito feliz.
— Você gostou do presente?
— Eu gostei muito é bonito.
— Então me dá um abraço, eu acho que eu mereço.
Diogo foi até Sebastião e deu um abraço nele.
Sebastião pegou o garoto no colo e ficou brincando com ele.
Diogo até esqueceu do machucado da irmã.
Cassandra agora estava no tanque tentando esfregar a camisa de Sebastião para ver se a mancha saia.
Depois de passar sabão e esfregar um pouco ficou feliz por que a mancha tinha desaparecido.
Ela foi até onde Sebastião estava brincando com Diogo e falou:
— Eu consegui limpar sua camisa, vou colocar ela no varal agora.
— Ainda bem que conseguiu, e hoje no almoço eu quero comer macarronada, vê se capricha no tempero, ultimamente sua comida está ficando sem tempero.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Eliane Barbosa da Silva
tomara que o dono do morro pegue este escroto e faça picadinho de carne de Sebastião, pois é um agressor de merda este desgraçado .
2024-11-15
1
Cleise Moura
Que sofrimento dessa menina ela só tem 8 anos tadinha
2024-09-08
0
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
mas que c****** comprando um menino que é apenas uma criança para ficar do lado dele e contra a irmã dele que nojo
2024-08-31
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