André lembrou de um dos seus alunos que frequentemente não fazia as tarefas. Sarah Marcondes, é uma aluna da turma 12A que frequentemente era punida por ele por nunca fazer as tarefas que ele tinha dado. Além disso, Sarah também é irmã de Gabriela. A mulher com quem ele iria se casar.
— Sarah? Você é a Sarah, certo? — Perguntou André com ênfase. Sarah não conseguiu negar. Afinal, de alguma forma André sabia que ela não era a irmã mais velha.
Devagar, ela retirou o véu que cobria o rosto.
— Sim, senhor, sou eu, Sarah! — Respondeu a garota nervosa e assustada.
Ao ver que não era Dinda na sua frente, mas Sarah, André rapidamente vestiu a roupa de novo, depois de estar sem camisa na frente da mulher que ele achava ser Gabriela.
— Merda! Porque você está aqui? Onde está a Gabriela? — Perguntou ele, começando a mostrar sua expressão assassina.
— Desculpe, senhor. Fui instruída a substituir minha irmã como esposa do senhor. Peço que não me castigue... — Implorou a garota enquanto encarava o rosto de André que parecia estar ficando irritado.
— O quê? Substituir a sua irmã? Onde está Gabriela, afinal? — André perguntou novamente, arregalando os olhos. Fazendo Sarah imediatamente fechar os olhos com as mãos.
— Para de arregalar os olhos assim! É feio, sabia? E não tem mais ninguém aqui. — Reclamou Sarah, falando sem pensar. Não se importava se era o próprio professor.
André cerrou os punhos e começou a bater na parede com a mão. Sarah espiou o que ele estava fazendo entre os dedos.
— Meu Deus! Ele está batendo na parede, sendo que ela não fez nada de errado. Imagine eu... Oh meu Deus! Proteja-me desse professor estranho! — Ela rezou em seu coração.
Não demorou muito e ouviram batidas na porta do quarto vindo de fora. Eram os pais de André, que ouviram o barulho dele batendo na parede. O som estava alto porque o quarto deles era ao lado.
— André? O que está acontecendo, meu querido? O que foi esse barulho?— A voz de sua mãe, que costumava chamar o nome do filho, foi ouvida. André parou por um momento ao ouvir os pais do lado de fora da porta.
Ele olhou para Sarah, que estava encolhida no canto do quarto, com um sorriso no rosto. Enquanto ela observava a expressão do seu professor de matemática com um olhar malicioso.
— Meu Deus, ele está me olhando com ódio! Será que vai me matar? Oh meu Deus, estou encrencada. — Pensou ela.
Depois de encara-la com ódio, André abriu a porta do quarto e, é claro, não aceitou ter sido enganado daquela maneira.
Nádia e Antonio Varella viram o filho deles abrir a porta com uma expressão irritada.
— André, o que está acontecendo, meu filho? — Nádia olhou para trás de André, curioso sobre o que estava acontecendo no quarto do filho.
André perguntou firmemente aos pais sobre o casamento dele com Sarah. Ele entrou no quarto novamente e a trouxe para mostrar aos pais.
— Ei, o que vocês vão fazer comigo? Pare, pare, eu não quero ser forçada, ok? Eu ainda sou nova, entendeu? Não é bom, é amargo e não tem nada de bom! — Sarah gaguejava enquanto André a levava para encontrar seus pais.
Sem dizer nada, André a empurrou na frente dos pais dele e mostrou o verdadeiro rosto da garota que ele havia casado.
É claro que os dois ficaram muito chocados ao verem a cara da sua nora se transformar na de Sarah. Deveria ser Gabriela a nora deles.
— Sarah! — Exclamaram os pais de André.
Sarah parecia sorrir, mas estava muito assustada.
— Pai e mãe, vejam! O que é isso? Por que Sarah é minha esposa? O que realmente aconteceu? Certamente esse casamento não é válido, porque eu casei com essa criança, não com Gabriela. Onde está você, Gabriela... Haaaaaa! — André gritou alto ao mencionar o nome da amada. Sarah instantaneamente tampou os ouvidos porque não gostava do som dos gritos.
— Pare com isso, senhor. Pare de gritar! Você não consegue ficar quieto? Meus ouvidos estão doendo. Criança?, Incrível como você me chama de criança. Já sou grande e ainda me chamam de criança... Maldito assassino! — Respondeu Sarah, incomodada por ser chamada de criança. Por alguma razão, os pais de André começaram a rir quando ela mandou ele calar a boca.
Imediatamente, André olhou intensamente para ela e disse.
— Hei! Onde está a Gabriela? Por que ela não está aqui? Você só quer roubar o lugar dela, não é? Você está com inveja da sua irmã porque ela ia se casar com um professor do serviço público como eu. Não é verdade? Por isso você planejou esse casamento, admita!
Ao ouvir as acusações dele, é claro, que Sarahnão ficou quieta. Ela respondeu, pois as palavras dele a deixaram irritada.
— Senhor Varella, cuidado com o que diz. Se não fosse pelos meus pais, eu não aceitaria me casar com você. Além disso, nem passa pela minha cabeça me casar com um cara como você. Deixe-me contar, foi minha irmã quem deixou a casa. Ela disse que não quer ser sua esposa, é claro que ela não quer. Deve ter sofrido abusos com você. Se as paredes são espancados, imagine a esposa? Além disso, senhor, eu nunca invejei minha irmã por ter um futuro marido como o senhor. Afinal, o que há para se invejar nisso? O senhor já está velho. Enquanto eu sou jovem, bonita, radiante, ainda há muitos rapazes interessados em mim. Não ache que não tenho pretendentes.
Sarah respondeu sarcasticamente, cheia de raiva. Enquanto Nádia e Antonio apenas observavam ambos com perplexidade, movendo os olhos alternadamente em direção a André e depois para Sarah.
Ao ver os dois brigando dessa forma, Nádia e António finalmente decidiram casá-los novamente. Afinal, André precisava de uma esposa, já que Gabriela não queria se casar com ele, sua irmã mais nova poderia substituí-la. Os dois haviam se apegado as filhas de Flávio Marcondes. Além disso, a idade de André já estava avançada. Seus pais queriam que ele tivesse uma esposa logo.
— Chega! — A voz de Antonio fez com que os dois parassem de discutir. Ele olhou alternadamente para André e Sarah. E então o homem de meia idade disse a eles.
— Muito bem, decidimos que vocês irão se casar novamente... — Antes que ele pudesse terminar de falar, André cortou sua fala.
— Mas, pai!
— Não tem... mas. Se Gabriela não quer se casar com você e prefere priorizar sua carreira, então deixe isso para lá. Significa que você e ela não são compatíveis. E agora seu futuro é com Sarah. Concordamos que você deve se casar com ela. Além disso, você já está maduro o suficiente para se casar, ou você quer ficar solteiro para sempre? Disse Antonio com firmeza.
Sarah só conseguiu observar, e ficou chocada com o que Antonio disse. — Meu Deus, André realmente nunca foi popular? Meu Deus, a vida dele é tão trágica, ele foi amado pela minha irmã e logo depois foi abandonado. Coitado. — Ela pensou o olhando.
Inconformado com as palavras de seu pai, André rejeitou veementemente essa decisão.
— Não, eu não pretrendo me casar com ela. O que está acontecendo? Ela é minha aluna na escola, não posso me casar com uma criança, não sou um pedófilo, pai! — Protestou André.
Ao ouvir as palavras de seu filho, Nádia tentou convencê-lo. André nunca contestava as ordens e decisões de sua mãe, então era ela quem iria persuadir seu filho a se casar com Sarah.
A mãe era a fraqueza de André. Ele acabou cedendo e teve que concordar com o pedido de seus pais.
— Tudo bem, eu caso. Mas, há uma condição.
— Qual condição, filho? — Perguntou Nádia.
— Quero que esse casamento seja mantido em segredo. E não esperem que eu vá amá-la, eu amo Gabriela e quando ela voltar, me divorciarei de Sarah para ficar com ela.
No final, os pais dele concordaram com as condições impostas pelo filho, a fim de que ele quisesse se casar. Pois fazer André se casar era algo extremamente difícil, superando até mesmo a dificuldade de mover montanhas para o oceano. Eles manteriam o casamento em segredo, mas tinham a esperança de que André acabasse desistindo de se divorciar de Sarah.
Naquela mesma noite, os pais de André conversaram com os pais de Sarah, contando que o casamento dos jovens precisaria ser repetido, pois agora André já sabia que a noiva não era Gabriela, mas sim Sarah.
— Eu aceito o matrimônio de Sarah Marcondes, filha de Flavio Marcondes, com dote composto por conjunto de utensílios de oração e 100 barras de ouro, pago em dinheiro à vista.
Ambos os pais estavam felizes com o casamento de seus filhos. Senhor Flavio e dona Lili pediram desculpas aos pais de André, já que partida de Gabriela havia causado esse casamento forçado.
Enquanto os pais se perdoavam e se alegravam, era diferente para o casal recém-casado. Eles se olhavam como estranhos completos e ambos permaneceram em silêncio.
— Nunca vou tocar nessa criança. Eu não sou um pedófilo!
— Meu Deus, que pesadelo. Como pude casar com um homen assim? Ah, se continuar assim, posso morrer agora!—
Ambos pensaram em silêncio.
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Atualizado até capítulo 58
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