Capítulo 14

— Droga! Porque fiquei excitado? — resmungou André, sentindo suas calças apertando, ele se sentiu desconfortável na parte de cima das coxas enquanto descia da moto. Em seguida, ele entrou na casa e imediatamente trocou suas roupas molhadas e se acalmou.

Enquanto isso, Sarah já estava em seu quarto, trocando suas roupas. Sarah, que não suportava o ar frio, rapidamente tirou seu uniforme molhado e vestiu um baby doll branco. André também trocou de roupa no quarto ao lado. Desde a partida de seus pais para fora da cidade, eles dormiam separados e nunca compartilhavam um quarto. Depois de trocarem suas roupas, André decidiu sair para fazer um chá quente, pois o ar ainda estava frio e a chuva do lado de fora não havia parado.

André foi para a cozinha e fez um chá quente. No entanto, ele estava confuso procurando a panela para ferver o chá preto. Ele procurou por ela, mas não encontrou a pequena panela que costumava usar para ferver a água do chá.

— Onde está a panela de novo? — Andréainda estava confuso e coçava a cabeça procurando a panela para ferver o chá. Nesse momento, Sarah entrou na cozinha e instantaneamente viu seu marido confuso procurando a panela para ferver o chá.

Como Sarah  sabia que seu marido estava procurando uma panela, mesmo ainda chateada, ela encontrou uma panela para ele. De repente, André se surpreendeu ao ver sua esposa pegando o saco de chá em suas mãos.

— Pronto, sente-se. Deixe-me fazer o chá! — disse Sarah com um rosto emburrado. Mas ela continuou cumprindo a tarefa de fazer um chá quente para  André.

André então se sentou, esperando sua esposa enquanto observava a expressão de Sarah. Por um momento, ele olhou fixamente para o rosto de Sarah, que ainda estava carrancuda. Sentado com seu jeito frio característico, André tentou conversar com sua esposa para amenizar o clima.

— Você ainda está chateada? — perguntou  André casualmente.

Sarah, que naquele momento estava mexendo o chá quente, apenas ficou em silêncio sem responder nada. Ela não tinha vontade de falar com seu marido que a havia deixado irritada hoje. André ainda estava paciente aguardando sua esposa responder à pergunta.

Assim que o chá ficou pronto, Sarah colocou imediatamente uma xícara de chá na mesa diante de seu marido. Depois disso, ela saiu da cozinha com uma expressão fria. No entanto, André segurou sua esposa para impedi-la de sair. Sarah olhou para a mão de André segurando-a.

— Eu quero ir para o quarto, estou cansada! — disse Sarah, soltando sua mão do aperto de André.

— Eu quero conversar com você, por que você se encontrou com o Alex novamente? Eu já disse para não ficar perto daquele garoto, você não ouviu minhas ordens? Você quer ser uma esposa rebelde? — exclamou André, fazendo Sarah perder ainda mais a paciência.

Ela soltou sua mão com força e disse ao seu marido com firmeza.

— O que? Esposa rebelde? Ok, talvez agora sejamos marido e mulher. Mas, lembre-se de uma coisa! Primeiro, já me disse que iria se divorciar quando minha irmã voltasse. E é claro que esse casamento é apenas uma fachada, pois eu também não quero ver meus pais tristes. Em segundo lugar, você também já disse que me libertaria para ir com meus amigos e você nunca iria me proibir. Você esqueceu de tudo isso? — Sarah parou por um momento para fazer uma pausa e respirar. Enquanto isso, André ainda estava sentado, ouvindo o desabafo de sua esposa. — E agora, por quê? Por que você fica bravo quando estou perto de Alex? Eu não entendo o que está tentando dizer. Eu sei o que tinha que fazer para responder o pedido de Alex. Não era necessário que você fosse até o campo e me envergonhasse na frente de todos. Foi muito constragedor, afinal na escola você é apenas meu professor, nada mais!— continuou Sarah.

De repente, André interrompeu as palavras de Sarah.

— Mas eu sou seu marido, eu não quero você perto do Alex! —,respondeu André com expressão séria. Mais uma vez, Sarah ficou mais irritada e começou a mencionar a convivência de seu marido com a professora na escola.

— Marido? Hahh... Ok, então agora o senhor me reconhece como esposa, certo? Mas, se o senhor é um bom marido, por que fica de conversinha com aquela professora? Isso é adequado para um marido fazer? Quando sua esposa está vendo isso bem na frente dos olhos? Mas eu não fiz nada, não me importo, pois não quero me envolver nos assuntos do senhor. O engraçado é que quando eu falo com o Alex, isso é observado por muitos olhares. O senhor fica bravo e age como se estivesse controlando minha vida. Eu odeio o senhor, sabe? — disse a garota com os olhos começando a marejar.

— Eu e a professora,somos apenas colegas de trabalho e nos tratamos cordialmente, é algo normal entre nós. Por que você está com raiva? — respondeu André com tom sério. E assim, as palavras de André só fizeram com que Sarah perdesse ainda mais o controle de suas emoções. Ela não sabia por que sentia dor quando André estava próximo da orientadora.

— Sim, com certeza você prefere conversar com ela, afinal, ela é mais bonita, mais sexy, mais madura. Enquanto conversar comigo, com certeza constrange o senhor pois, de acordo com o senhor, eu sou apenas uma criança inexperiente, além de ser uma aluna com dificuldades em matemática, ah, esquece! Eu quero dormir. Não quero perder tempo discutindo sobre esse problema! — exclamou Sarah enquanto se afastava.

André tentou segurar sua esposa para impedi-la de ir embora, pois ainda tinha muitas coisas para conversar com ela. No entanto,Sarah não queria, ela lutou e resistiu até que, sem perceber, suas unhasaharranharam a mão de seu marido, causando um pequeno ferimento. Nesse momento, a mão de André apertou firmemente a mão de Sarah para que ela permanecesse ali.

— Me largue! — gritou Sarah, tentando soltar sua mão.

— Aaahhh! — Espontaneamente, André soltou a mão de Sarah e verificou a ferida em sua mão causada pelo arranhão de sua esposa. Sarah ficou muito surpresa ao perceber que seu marido foi acidentalmente ferido pelas suas unhas e notou o sangue escorrendo do arranhão.

— Meu Deus, André... Ele está machucado? Por que eu fiz isso? Com certeza ele está sentindo muita dor, como fui tola! — Lamentou a garota.

...CONTINUA...

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