Capítulo 15

Ao ver seu marido gritando de dor, Sarah entrou em pânico e não suportou ver o estado em que seu marido estava ferido por causa dela. Ela notou que suas unhas arranharam profundamente a mão de André, deixando-o sangrando.

— Desculpe! Eu não fiz de propósito! — disse Sarah, sentindo-se muito culpada. André permaneceu em silêncio e logo começou a limpar o sangue com algodão. Ela não suportava ver seu marido lutando para cuidar do ferimento causado por suas unhas. Então, imediatamente segurou a mão de André e foi ela quem cuidou do machucado.

André apenas olhou para sua esposa enquanto ela cuidava de sua ferida, entregando-lhe um antisséptico.

— Ai...— De vez em quando, André gemia de dor quando sentia a ferida arder ao receber o remédio de Sarah. Por acaso, os dois se olharam, e Sarah parecia constrangida, na verdade, ela se sentia muito culpada por ter machucado a mão de seu marido.

Depois que Sarah limpou e tratou o arranhão, ela pediu desculpas ao marido por estar emotiva.

— Eu peço desculpas! Eu não tinha a intenção de machucar o senhor. Tudo isso é por minha culpa, estou chateada com o senhor. Por que o senhor foi até o campo? O senhor não precisava ir, eu já sabia que resposta deveria dar ao Alex. Eu não iria aceitar o amor dele.— Sarahparou por um momento, recuperando o fôlego para expressar seus sentimentos enquanto continuava cuidando do machucado na mão de André.

E quanto à atitude de André? É claro que ele ainda estava em silêncio, apenas olhando para o rosto inocente de sua esposa. De alguma forma, ele sentia que olhar para Sarah o acalmava e tranquilizava. Por um instante, um sorriso se formou nos lábios de André. Mas ele rapidamente o apagou quando Sarah o olhou. Enquanto cobria o ferimento do arranhão, Sarah desabafou e expressou sua desilusão para André.

— Eu fico brava com o senhor não porque eu realmente odeio o senhor. Mas sim porque eu não gosto da atitude do senhor, interferindo tanto nos meus assuntos pessoais. O senhor mesmo sabe que nosso casamento é por obrigação, certo? O senhor não queria se casar comigo. O senhor ama minha irmã, e eu entendo isso. Mas, por favor, entenda meus sentimentos também. Eu ainda sou jovem, senhor. Ainda quero conversar com meus amigos, ir ao shopping, sair com eles. Mas o senhor sempre me proíbe. Como se eu tivesse que ser uma esposa perfeita. — Sarahterminou de aplicar o remédio no machucado de seu marido.

Ela se levantou para devolver o frasco ao seu lugar. André continuou observando o comportamento de sua esposa enquanto estava sentado em sua cadeira. Parece que a raiva de Sarah havia diminuído. A garota voltou a se sentar na frente de André, cansada, com as mãos apoiadas na mesa, apoiando a cabeça sobre as mãos. Então André tentou segurar a mão de Sarah e a segurou firmemente.

Imediatamente, Sarah levantou o rosto e ficou muito surpresa ao sentir que a mão de André estava tocando e segurando a sua com firmeza. Sarah tentou puxar a mão, mas era impossível se soltar das mãos de André.

— André, o que o senhor quer? Solte a minha mão! — exclamou Sarah, parecendo muito nervosa, especialmente quando André começou a aproximar a mão da esposa de seu rosto e acabou beijando-a suavemente.

Sarah arregalou os olhos quando André beijou sua mão. É claro que Sarah se sentiu muito desconfortável quando os lábios de André encostaram no dorso de sua mão.