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Minha mãe morreu...

Ela está morta, eu poderia dizer que foi minha culpa, mas o motorista bêbado dirigindo um caminhão, com certeza foi o culpado. Nos não tivemos chances e ela morreu e eu não.

Isso não significa nada, mas ao mesmo tempo significa tudo.

Meus slavus reagiram cada um de forma diferente ao me reenvontrar. Cardan ficou, emocionalmente feliz. Ele me abraçou, me confortou e acariciou de forma amorosa. Demonstrou sentimentos verdadeiros de felicidade, que me deixaram muito culpada por ter fugido dele ido para longe, sabendo que isso o machucou demais, eu não tenho ideia de como ele se sentiu quando eu estava longe, mas dor, pode ser uma boa descrição.

Bardon, entrou no quarto, ele não estava muito diferente de dois anos atrás, nenhum deles estava, eu fui a única que cresci. Ele, ficou em silêncio todo o tempo que ficou no mesmo cômodo que eu. Como uma figura apática, bem representada pela sua presença mormida.

Eu senti saudades, do Bardon carinhoso e amoroso que conhecia, eu senti que isso se perdeu. Pelo menos, comigo. Com a minha pessoa em específico e isso é um sentimento terrível de se sentir.

Illay, ele deve estar com muita raiva de mim, porque nem sequer entrou para me ver. Ele ficou, todo o tempo fora do quarto do hospital, resolvendo o funeral da minha mãe e os exames que precisei fazer. Mas ele não veio até mim, isso deve significar muita coisa.

Mas e eu? Como estou me sentindo com isso tudo? Só sinto uma grande vazio, perdi alguém que amava, a pessoa que me deu a luz e agora as pessoas que conheci e que amei, estão machucadas por algo que fiz.

A dois anos atrás, minhas ações pareciam fazer sentido, por isso fugi com minha mãe. Mas agora eu vejo, que só era uma garotinha assustada. Que estava sobrecarregada com muita coisa e agi, pelo o impulso.

O impulso que me fez supor, que eles teriam uma vida melhor sem mim. O que pode não ser uma verdadeira absoluta e agora, nossa relação está arruinada e minha mãe está m0rta.

Eu fiquei sem nada.

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__ Cardan? __ Eu o chamo durante a noite.

Mas o silêncio irrompe, ele não está aqui. Não pode ficar visitas durante a noite, amanhã ele vem me buscar sozinho, porque Illay e Bardon, não querem nem olhar para a minha cara.

Passo a noite, com o peito cheio de ansiedade. Esperando, o dia amanhecer para me reencontrar com os meu slavus. Isso me lembra da noite, antes de Illay ir me buscar no hospital psiquiátrico, eu me senti da mesma forma! Parece que nada mundo, mas tudo mudou.

Pela manhã, Cardan me pega no hospital. Eu estou cheia de hematomas, mas consigo andar normalmente. Só pelo meu ombro deslocado, que dói muito. Mas, os remédios ajudam.

Assim que chegamos na mansão, percebo a diferença. O jardim, está muito mal tratado, está com aspecto abandonado.

Eu subo as escada e abro a porta e sinto o vazio e o silêncio.

__ Cadê Illay e Bardon?__ Pergunto, sem olhar para Cardan.

Ele faz uma careta de quem está segurando uma boba nas mãos e sei, que eles se sentem terríveis perto de mim.

__ Eles estão no trabalho. __ Ele sussurra, segurando a minha mão.

__ Esqueça deles por um momento, vou levar você ao seu quarto. __ Ele diz, com um sorriso no rosto.

É difícil esquecer deles, mas vou tentar. Cardan segura a minha mão e me leva escada a cima, eu abro a porta do meu quarto e me surpreendo ao entrar.

__ Está da mesma forma que deixei.__ Falo, num tom impressionado.

__ Não mexemos em nada, quando você... fugiu.__ A palavra fugiu, pareceu ter um gosto amargo na boca dele.

Tanto que ele fez uma expressão de desgosto, ao pronunciar.

Eu me sento na cama com uma expressão de culpa no rosto, Cardan se senta do meu lado com ombros caídos.

__ Pensei que vocês desistiriam de me procurar depois de um tempo.

Cardan me observa. __ Nunca desistimos, procuramos você todos os dias nos últimos dois anos, sem parar.__ A voz dele, é carregada de angústia.

Eu mordo os meus lábios. __ Eles me odeiam.

__ Eles te amam, é por isso que doeu tanto e ainda dói. Eu finjo que não, mas você ter nos abandonado, me abandonado, doeu demais. Na noite que você sumiu, eu fiquei desesperado. O dia era agoniante sem saber onde você estava e a noite era triste, por saber que você escolheu ir.

As palavras dele, são como faca me atingindo no peito, eu choro em silêncio do seu lado e dessa vez ele não me conforta. Talvez uma pequena punição, por ter feito eles sofrerem tanto.

Posso ver como isso afetou eles, pelo o estado abandonado da casa. Que eles tanto amam, eles estavam tão tristes que não se importaram em preservar a casa de seus avós.

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Comments

Giorgia

Giorgia

Nojo dela!!!!
Sem nenhuma crise, quando antes de ter a mamãe, as tinha sem controle????

2024-03-10

0

Giorgia

Giorgia

Nem cogitou voltar para o lugar que vivia com a mãe, e ficar lá, só!!!!!....kkkkk..
Sem crise, sem bipolaridade, acertiva de seu caminho ao lado deles, na casa deles, dependente deles!!!!...
Onde está a sua necessidade de liberdade?
De ser dona do seu nariz???
Passou!!!!!??????
Cresceu ou agora o quê realmente quer, como quis ir com sua mãe, é ficar com eles????
Manipuladora esperta, você, agora nem medo e nem sonhos....kkkk
Coitados!!!!!!

2024-03-10

0

Giorgia

Giorgia

Como adoro sua personalidade... Insegura???... Imagine, cadê sua crise, cadê seu medo de ficar sozinha, cadê sua culpa pela infelicidade deles???...
Já chamando pelo mais fraco, o quê já demonstrou te perdoar....
Esperta!!!
Manipuladora.....

2024-03-10

0

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