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Eu saio do carro da minha mãe com a mente pesada, muitas coisas para pensar e resolver. Eu pensei que teria uma vida normal, agora que estou livre do hospital psiquiátrico. Que eu estudaria e teria amigas, que me formaria e teria uma vida feliz com os meus slavus. Mas minha mãe, está pedindo para eu abandonar tudo por ela. Abandonar a minha vida, minha escola e meus slavus, não sei se sou capaz de fazer isso.

Eu subo até o segundo andar e entro pela janela, meus olhos encontram um par de olhos azuis aceano, cruéis e impaciente. Seus olhos azuis, estão brilhando de raiva.

__ Onde você estava?__ Seu tom de voz é cruel e ríspido.

Eu respiro fundo.__ Saí para respirar um pouco de ar fresco.__ Minto.

Seu rosto imparcial no escuro, com ele sentado na poltrona de forma relaxada é tão amendrotador. Mordo os meus lábios ansiosa e com medo de ser pega na mentira.

Illay se levanta da poltrona e caminha em minha direção, com passos poderosos. Eu me afasto para trás, até o meu corpo se chocar com a parede atrás de mim. O quarto está todo escuro, sendo iluminado apenas pela luz do luar.

Illay se aproxima o suficiente para eu sentir a sua respiração em mim, ele é tão grande e passa uma imagem tão cruel.

O silêncio é mormido e me causa calafrios. __ Você é uma coisinha desobediente, não é?

__ Você é que é muito controlador.__ O rebato.

Ele estala a língua com sarcasmo.__ Faço isso para te proteger.

__ Eu não preciso de proteção. __ Silibo.

Ele sorri incrédulo.__ Você é a pessoa, mais frágil que já conheci.__ Ele desliza o seu dedo pelo meu ombro, de forma predatória. __ Tanto fisicamente, como psicologicamente. Você negar isso, não muda esse fato. Tudo o que fiz foi para te proteger e mesmo assim, você me repreende por isso.

__ É claro que sim, eu sou uma pessoa. Não sou uma enstenção de vocês, tenho os meus próprios desejos e vontades. Não me trate como se fosse sua posse.

__ Você é minha posse, você é minha Mille. Cada parte do seu corpo me pertence. __ Ele declara sem remorso.

Eu bato no seu peito, uma e duas vezes.__ Você é um babaca.__ Praquejo.

Me afasto e ele me puxa pelo pulso. __ Sou um babaca, pense o que quiser de mim. Mas não vou deixar que ninguém te machuque, nem seu pai ou sua mãe, ninguém.

__ Não fale da minha mãe __ Grito com raiva. __ Você não conhece um terço da sua história, para falar dela.

__ Não conheço e nem quero!__ Ele grita de volta.

Cardan e Bardon, atravessam o meu quarto atordoados.

__ Porque vocês estão gritando uma hora dessas?__ Bardon, pergunta com uma voz sonolenta.

Seus olhos inchados de quem acabou de acordar e voz rouca. Cardan não está muito diferente de Bardon, ele também devia estar dormindo.

__ Essa criança que não sabe ficar quieta num canto. __ Illay declara, seu tom de voz irritado e irregular me deixam louca.

Respiro fundo, meus olhos furiosos, vou para cima dele para bater. Bardon me segura pela cintura, enquanto me debato raivosa. Meus olhos se inundam de raiva e eu sinto, todos os tipos de sentimentos conturbados. Raiva, ódio, tristeza, medo e etc.

É quando sei que não sou mais eu e sim a minha a minha doença falando, eu soluço e me debato com mais força.

__ Calma!__ Bardon, tenta me segurar, mas eu estou tendo um ataque de raiva. Algo que acontece comigo de vez enquando, quando não consigo controlar os meus sentimentos.

Illay me encara com temor e culpa, enquanto tenta segurar os meus braços. Eu grito, em um desabafo, botando toda a dor para fora.

Eles me seguram contra a cama e seguram o meu corpo, de forma que não consigo me auto machucar. Eu quero me bater, bater no meu corpo sentir dor só assim me sentiria melhor.

Não consigo controlar a minhas raiva, eu bato e bato em mim mesma, até ficar com manchas roxas, eles não conseguem me segurar totalmente. O toque deles na minha pele, também me deixam com hematomas. Quando eles só estão tentando eu fazer parar, depois de muito tempo me debatendo eu paro.

Só paro.

Meu corpo está cansado e eu respiro com dificuldade, meu rosto está vermelho e estou arranhada. As expressões dos meus slavus são de dor, eles ficam em silêncio enquanto me alcamam.

__Tudo bem!__ Illay diz, deslizando seus dedos pelo o meu cabelo. E acariciando a minha cabeça com cuidado. As lágrimas descem do meu rosto e eu me inundo em angústia, choro como nunca chorei antes.

__ Desculpa.__ Eu sussurro.

__ Tudo bem, meu amor. Estamos aqui com você. __ Bardon diz, com um tom de angústia na voz.

Os olhos escuros de Cardan, brilham com lágrimas ao me ver dessa forma. Completamente destruída e a expressão de culpa de Illay me destrói.

Eu percebo, que sou a ruína das suas vidas. Eu deveria desaparecer e deixar eles para trás, pelo o bem deles. Sou quebrada e não mereço o amor deles.

Eu deveria só desaparecer com a minha mãe, será melhor para todos.

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Comments

yuki

yuki

e lá vai ela fazer besteira

2024-04-15

0

Jessika Danta

Jessika Danta

tô achando que a mãe dela também tem essa doença 😔

2024-03-24

0

Giorgia

Giorgia

Vai filha, mas não volta, mesmo qye os condene a solidão, pois não poderão mais se relacionarem, enquanto vc na estiver morta.... Vai, infelizmente, até eles te encontrarem e te perdoaram, afinal o enredo é este....
Desculpem, mas eu não sou do tipo que passa a mão, sou do tipo que procuro ajudar a encontrar a verdade para viver e ser feliz....
Vamos continuar a ler...

2024-03-10

0

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