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VISÃO DE BARDON.

Quando eu a vi pela primeira vez percebi o quão pequena ela era, suas feições finas e delicadas corpo magro e seios fartos me fascinaram. Não pude não me deleitar com a sua visão, tive que mandar um sinal para o meu cérebro, para reconhecer que ela é apenas uma adolescente.

Se não eu teria sucumbido a tentação...

Mas o sonho acabou, quando ela se afastou de mim com tanto medo nos olhos. Ele me rejeitou abertamente, ela me reconheceu como uma aberração.

Confesso que tenho uma aparência amendrotadora, mas não esperava aquele tipo de reação.

Não pude continuar perto dela, depois de ser rejeitado de forma tão agressiva. Eu subi as escadas de forma sorrateira até o andar de cima e me tranquei no meu quarto.

Me deitei na cama e fiquei pensando, sobre tudo o que aconteceu. Desde que ela chegou, eu estava tão ansioso.

Escuto duas batidas na porta e logo depois, Illay entra no meu quarto. Eu estou com as duas mãos atrás da cabeça enquanto observo o teto.

__ Momento ruim?__ Ele pergunta, se sentando na poltrona do meu lado.

Com a sua presença irritantemente seria, seu corpo relaxa enquanto me observa.

__ O que aconteceu mais cedo, não leve para o lado pessoal. Tudo é novo para ela.

__Você diz isso irmão, porque não foi com você. Ela tem medo de mim.

__ Ela só não te conhece ainda.

Eu me levanto bruscamente e me sento na cama.__ E se ela não quiser me conhecer.

__ Isso não vai acontecer!

__ Como você tem certeza?

__ Ela é nossa domine, é natural dela se conectar conosco. __ Ele diz firmemente.

E eu relaxo, ele tem razão. Fomos programandos para ir atrás um do outro naturalmente.

__ Certo, você tem razão.

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Enquanto comemos, Cardan bombardeia Mille com perguntas. Que ela prontamente responde, com um sorriso no rosto. Ela se abriu facilmente para Cardan, diferente de mim. Eu coloco tanto medo nela assim? Eu nunca parei para pensar sobre a minha aparência, para mim sempre fui normal. Só um pouco maior que a maioria das pessoas. Mesmo assim, a reação dela nunca mais irei esquecer.

Ela mau olha para o meu rosto, durante o jantar.

Até Cardan mencionar que eu levantei um caminhão com as mãos, não sei se ele me odeia e por isso, falou algo que vai com certeza há assustar mais ainda e vai há manter longe de mim. Estou prestes a tirar a mão de Cardan do meu ombro.

Quando os nossos olhos se encontram e não consigo desviar, do seu olhar de um profundo verde azulado, não sei se a cor dos seus olhos é verde ou azul. Só sei que é muito lindo.

Tão perfeitamente desenhada, as maçãs do seu rosto são bem redondinhos que dá um ar ainda mais infantil para ela.

Mille finalmente desvia o olhar do meu e respira fundo se reencostando na cadeira. Não entendo, porque ela teve essa reação, mas fico mais triste ainda.

__ Sim, porque as minhas gavetas estão vazias?__ Ela pergunta, mudando totalmente de assunto.

__ Que gavetas?__ Cardan pergunta, relaxado na sua cadeira.

__ As das calcinhas, não compraram nenhuma para mim.

Eu engasgo com a comida ao escutar as suas reclamações, não é todo mundo que fala tão abertamente desse tipo de assunto. Bebo um pouco de água para engolir a comida e desfaçar a minha reação. Cardan assume um tom avermelhado nas suas bochechas e Illay, demonstra a sua mania de fica acariciando a coxa com o dedo.

__ Eu irei comprar. Não precisa se preocupar. __ Illay a responde.

__ Sutiã também?__ Ela gesticula mostrando os seus seios fartos.

Não tem como não olhar para eles, são enormes e caberiam perfeitamente na minha boca.

Bardon, para de pensar besteira. Quando Mille percebe que chamou atenção para os seus seios ela recua envergonhada.

A expressão de Illay fica com um grau de intensidade um pouco elevado, esse tipo de assunto mexe com um homem. Ainda mais quando se tem a sua parceira tão perto e não poder a tocar porque ela é só uma garotinha.

É um sentimento horrível de impotência, algo que não sinto a muito tempo. Eu queria tocar a maciez da sua pele e beijar todo o seu corpo. Mas só quando ela tiver 18 anos. Esperar esses 2 anos será um grande tormento.

__ Sim, irei comprar sutiãs também. Agora coma.

__ E sobre a escola, quando poderei ir?__ Suas perguntas não cessam.

__ Iremos ver ainda, qual escola se adequaria mais para você.

__ Você quer dizer, uma escola que aceitaria alguém com uma doença mental como eu.__ A pergunta dela foi certeira.

Illay fica sério, mexendo o seu dedo na sua coxa.

__ Não foi isso que ele disse!__ Finalmente falo algo, minha voz soa rude.

Porque falei sem pensar, a expressão de raiva no rosto de Mille se intensifica. E eu me arrependo de ter falado com ela dessa maneira, tão sombria.

__ O que você sabe, você nem fala comigo. Por que resolveu falar agora?__ Seu tom, está bastante bravo.

__ Olha como você fala comigo!__ Declaro, já ficando chateado também.

Essa garotinha impertinente, precisa aprender a falar com as pessoas direito.

__ Vocês dois, parem com isso já!__ Ilay diz, num tom autoritário.

E eu sei que ele está ficando bravo também, coma nossa pequena discurssão. Eu respiro fundo, quando percebo os olhos de Mille ficando cheios de água.

Eu esqueci por um momento, que ela tem uma doença que a faz mudar de humor muito rápido. E que talvez o pequeno chilique que ela deu, foi sua doença falando.

Ela se levanta da mesa com os olhos marejados e eu não posso, não me sentir culpado por ter gritado com ela.

Mille faz biquinho e bate os pés, antes de subir para o seu quarto.

__ Parabéns Bardon, se antes ela tinha medo de você, agora ela também te detesta.__ Cardan declara, me culpando.

__ Eu irei falar com ela...

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