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Meus Três Noivos Destinados (Livro 2)

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10

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__ Filha.__ A voz dela é chorosa.

__ Vai embora daqui.__ Falo trincado os dentes e serrando os pulsos.

Ela segura o meu braço e eu puxo com toda a minha força. Meu corpo esquenta de raiva e estou prestes a explodir.

__ Me escute por favor. __ Ela sussurra, como se não quisesse que mais ninguém nos escutasse.

Eu grito furiosa.__ Quem é você para, querer que eu lhe escute. Você não é nada para mim.

A comoção finalmente chama a até dos meus slavus, que descem as escadas rapidamente.

__ O que está acontecendo aqui? __ Illay pergunta confuso.

__ Quem é essa mulher?__ Cardan questiona.

Eu choro muito, o soluço ecoa da minha garganta. Como essa mulher ousa, depois de tanto tempo vim atrás de mim. Como se nada tivesse acontecido, como se eu ter passado 2 anos naquele lugar não foi nada para ela.

__ É a minha mãe!__ Declaro com a voz fraca.

Eu respiro fundo, para conter o choro. Mas não consigo, é como se tivessem aberto algo e eu não conseguisse fechar.

Minha mãe cai de joelhos no chão. __ Por favor, me escute só dessa vez?

Seu pedido soa como uma sentença para mim, é terrível e eu não quero continuar a vendo.

__ Como você entrou aqui. Esse lugar é privado.__ Bandon praqueja.

Ele me segura contra o seu peito e me conforta, Bardon me tira da vista dessa mulher e me leva para o meu quarto. Eu choro e choro muito até não ter mas lágrimas para chorar.

Como essa mulher ousa vim aqui, agora que estou tão feliz com os meus slavus. Tão confortável com a minha nova vida, como ela ousa ser tão descarada.

__ Ela já se foi! __ Ellay declara.

Eu finalmente posso relaxar.

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Uma semana passa, eu passei os últimos dias muito cabisbaixa. Meus slavus tentaram me animar, mas as lembranças da minha mãe me contaminaram e me arrastaram para o fundo do poço.

Hoje é finalmente o dia que vou para a escola, eu visto o meu uniforme. Uma saia que vai até o joelho, uma meia calça branca e um moletom. Illay me leva para a escola de freiras, onde vou estudar. Suspeito que eles me colocaram nessa escola, porque não tem garotos.

Eu deveria ver isso como uma insegurança? Eu rio ao pensar isso, afastando os pensamentos sombrios que tenho da minha mãe que não vejo desde o dia do chilique na frente da mansão.

No primeiro dia, uma garota chamada Matilda faz uma tuor pela escola me mostrando tudo, nos logo nos tornamos amigas. Na primeira aula tivemos aula de religião, o que eu não gostei muito. Mas a segunda aula foi bem pior, é matemática. Enquanto estou prestando atenção na aula, algo me faz olhar pela grande janela do meu lado.

Um calafrio atravessa meu corpo e todos os meus pelos se arrepiam, eu vejo a mulher que me deu a luz em frente a minha escola. Parada na frente do seu carro velho, que parece ter saído dum ferro-velho.

Eu tento ignorar mais não consigo, o que essa mulher tem a me dizer de tão importante? Depois de tanto tempo?

Eu levando a mão. __ Professora, posso ir até a enfermaria?

__ Não está se sentindo bem?

__ Não.

A professora me deixa ir, ela sabe da minha condição. Minha doença, todos sabem e mesmo assim me acolheram nessa escola. O que é favorável para mim, inventar desculpas para sair.

Eu saio da escola e caminho até o carro da minha mãe, ela já estava dentro quando cheguei perto. Eu abro a porta e entro, com uma expressão séria.

Eu respiro fundo, sem olhar para o rosto da mulher que me deu a luz. Porém, ela não diz nada, o silêncio é ensurdecedor.

Os segundos passam e as lágrimas escorrem pelo meu rosto em silêncio, eu fungo e olho para ela que também está chorando como se sentisse muito por tudo.

__ Fale, o que tem para falar! __ Declaro, com a voz fraca.

Ela funga e parece pensar um pouco. __ Ao invés de falar, eu gostaria de mostrar para você.

Ela da, as costas e levanta a blusa, eu vejo vários hematomas. Não pequenos, mas toda a sua costa está manchada. Eu nem sei se isso é humanamente possível.

Eu toco nas costas dela com cuidado, e engulo seco.__ Quem fez isso com você.

Meu choro se intensifica, dessa vez eu não sei dizer porque estou chorando.

Ela se vira para me encarar, com olhos marejados. __ Não era sobre isso que eu queria falar, quando é a primeira vez que conversamos depois de tanto tempo, mas você precisa saber. Que eu lutei por você, o máximo que pude.

As lágrimas dela escorrem e eu sinto uma pontada no meu peito. __ Fale.__ Eu declaro.

__ Foi seu pai, ele me bate todos os dias desde que você era muito pequena, talvez você não lembre.

E eu realmente não me lembro disso, tenho vagas memórias de quando morava com os meus pais por causa do trauma de ter sido abondonada.

__ Eu lutei para ter você comigo, mas seu pai me impediu de ir te visitar. Ele é um monstro, que tirou o meu bebê de mim.__ Ela acaricia a minha bochecha.

Meu coração acelera, isso é verdade? Ela está falando a verdade? Não, eu não posso acreditar nela depois de tudo.

__Eu não acredito em você.

Falo, já saindo do carro, quando ela segura o meu pulso.

__ Eu posso provar.__ Ela diz, com confiança.

Então, eu espero, quero ver se o que ela diz é verdade. Ela tira várias cartas da bolsa e me entrega, são requerimentos na justiça. Datados desde que fui pro hospital psiquiátrico, todos dos últimos dois anos. Ela tentou me tirar de lá, mas não conseguiu. Porque ela era uma domine, tudo relacionado a ela era controlado por meu pai.

Minhas lágrimas voltam a cair e eu a abraço, um abraço de 2 anos de atraso. É como se um pedaço de mim, tivesse voltado, eu soluço e fungo muito.

__ Eu vou dar um jeito nisso, os meus slavus podem nos ajudar.

__ Não você não pode falar com eles!

__Porque não?__ Pergunto confusa.

Ela parece resseosa em me falar.

__ Se você tiver algo a dizer, diga.

__ Filha, eu não confio neles. Eles são como o seu pai, eles acham que somos posses deles.

__ Não é verdade, eles não pensam isso de mim.

__Filha, eles te compraram do seu pai.__ Ela declara.

__ Isso não é verdade.__ Falo, com um nó na garganta.

__ Então, pergunte a eles.

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