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Eu subo as escadas rapidamente, elas range com o meu peso. O cheiro de madeira inunda as minha narinas, me deixando um pouco tonta. Esse cheiro de casa velha é muito bom, eu adoro esse tipo de ambiente.

Enquanto subo tento de todas as formas esquecer o que aconteceu no jantar, mas não consigo. A memória fica martelando dentro da minha cabeça.

Eu confesso que fui muito rude com Bardon, não deveria ter agido daquela forma. Fui muito desagradável, não deveria ter esse tipo de atitude com ele e com ninguém.

Porém, não consigo evitar as minha mudanças de humor constante, são irritantes até para mim.

Eu me sinto feliz por um momento e em outro, me sinto terrível. É difícil lidar com essas mudanças de humor.

Eu me deito na minha cama macia e me aconchego, o cheiro da tinta fresca me causa um pouco de náuseas. Porém, é muito bom ter uma quarto só para mim, algo que é meu.

A minha respiração constante e mas regular, me deixa um pouco mais calma.

Duas batidas na porta chama a minha atenção, Bardon entra no meu quarto em toda a sua glória. Seu corpo é realmente grande, suas pernas são poderosas e os músculos do seu braço são de outro mundo. É como observar uma espécie nova de ser humano. Eu reviro os olhos com a visão, não sei se contemplo a sua aparência amendrotadora ou se fico aterrorizada.

__ Posso conversar um pouco com você?__ Ele pergunta. Sua voz é grossa e causa um arrepio na minha espinha.

Meu corpo esquenta com o ronronar, que sai da sua garganta. Seus cabelos dourados são como fios de ouro, é viciante de se assistir.

Eu concordo em conversar com ele com a cabeça, não estou muito confiante para falar, essa é a verdade.

Bardon se senta na cama bem do meu lado, de forma que eu possa olhar diretamente para o seu rosto perfeito.

__ Eu deveria me desculpar com você. A forma como eu falei, foi desnecessária.__ Ele engole seco.

Meus dedos deslizam sobre a colcha e se agarram na mão dele, viajando pelo seu pulso. Sinto todo o corpo dele enrigecer por debaixo da minha pele.

__ Eu que deveria me desculpar, fui rude e muito emocional. Por causa de uma simples frase.__ As palavras quasem não saem da minha garganta.

Meu peito se enche de angústia e de uma grande vontade de desistir de tudo, sei que é minha doença falando. Por isso respiro fundo e me recomponho.

__ Você não tem culpa de ser emocional, é assim que a sua doença funciona. __ Bardon declara.

E eu não posso deixar de me sentir péssima, por ter minha doença mencionada. Eu odeio ser assim, tão frágil. Queria ser forte, como uma mulher Dravidiana é. Mas não consigo, sou muito quebravel. Alguém que não se pode tocar com muita força ou precionar, se não se desmonta por inteiro.

__ Talvez eu tenha culpa de ser assim, talvez se eu tentasse eu poderia me controlar.

Repito o que meu pai me dizia, que a minha doença era frescura e se eu quisesse poderia controlar ela. Mas eu nunca consegui, não importa o quanto eu tentasse. Nunca conseguia cumprir as expectativas do meu pai. Foi por isso que ele me abandonou num hospital psiquiátrico. Foi por isso que ninguém da minha família veio me visitar, porque sou defeituosa.

Praquejo com as memórias do meu passado não tão distantes.

__ Isso não é verdade, não tem como controlar algo assim. E você não tem culpa de ter nascido com essa doença, ninguém escolhe nascer assim. Mille, apesar deu há achar perfeita do jeito que você é, mesmo assim, eu sei que é difícil lidar com essa doença. Eu vou cuidar de você e prometo ser mais compreensível possível com você.

O corpo dele rexala e seus dedos viajam até os meus cabelos loiros, ele acaricia uma mecha e coloca atrás da minha orelha.

Eu mordo os meus lábios, com o quão confortável é ter ele me confortando.

__ Obrigado, por me achar perfeita, mesmo todos sabendo que não tenho nada de perfeita.

__ Só disse ó que vejo.

Eu solto uma pequena gargalhada, meu corpo finalmente relaxa e eu respiro com facilidade. É bom estar com a consciência tranquila e não ter pensamentos sombrios.

__ Você acha que Illay irá me perdoar por ter sido rude com ele?__ Levanto a sombraselha, com a pergunta.

__ Só saberemos se você perguntar diretamente para ele!__ Bardon declara, com uma sorriso no rosto.

Eu me levanto da cama e dou um pulinho, Bardon segura na minha cintura enquanto me levanto. Não sei o que ele está pensando, mas todos os seus músculos se tornaram rígidos com o seu toque na minha pele.

__ Vamos, preciso dar um pedido de desculpas.

Meu sorriso vai de orelha a orelha, com o qual mais leve eu estou me sentindo.

Nos saímos do quarto e nos deparamos com Illay, encostado na parede do corredor. Nos esperando sair, seus braços estão covardes sobre o peito e eu fico hipnotizada com a visão.

Seu corpo é grande também, não tão grande quanto o de Bardon, mas é de amendrotar também.

Não é a toa que aqueles caras no estacionamento sé afastaram de mim tão rápido.

Eu respiro fundo e Bardon me da um pequeno empurrão nas costas. Fazendo eu cambalear em sua direção, a atenção de Illay vai toda para mim e isso me desconcerta.

__ Tem algo para me dizer?__ Ele me questiona.

Eu balanço a cabeça confirmando que sim.__ Quero pedir desculpas por mais cedo, fui muito rude.__ Meus braços, estão atrás das minha costas.

Illay acaricia a minha cabeça com cuidado e desliza os seus dedos pelo, os meus cabelos.

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Comments

Giorgia

Giorgia

Pior que bipolaridade, não dá ao portador, a noção de que o humor mudou... É natural, uma alteração bioquímica, comportamental e emocional do paciente....

2024-03-09

1

Andressa Silva

Andressa Silva

🤗🤗🤗🤗🤗

2024-01-31

2

Joana Darc Rocha Carvalho

Joana Darc Rocha Carvalho

cadê às fotos dos grandões🥰💙💙💙

2023-10-02

2

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