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O resto do dia na escola eu fiquei pensativa, eu confio em Illay. Sei que ele nunca me compraria como se eu fosse uma mercadoria, uma posse. Mas e se, ele não for quem eu estou pensando.

Eu mau o conheço, ele poderia ser capaz de fazer coisas terríveis para conseguir o que quer e o que ele quer nesse momento, o que eles querem, sou eu.

Enquanto almoçamos, eu fico a maior parte do tempo em silêncio o que não é costume meu. Eles parecem desconfiar um pouco do meu silêncio repentino, mas não me fazem mais perguntas.

Eu estou com medo, medo de que as minhas preocupações se tornem realidade. E se o que a minha mãe disse for verdade, como devo reagir a isso. Com certeza, ficarei decepcionada, mas não sei se passará disso.

Por isso não tenho coragem de perguntar, não quero encarar a verdade.

No outro dia eu me encontro com minha mãe no estacionamento da escola novamente, nos conversamos e botamos o papo em dia. Temos muitas coisas em comum, a sua cor preferida é azul como a minha. Esses pequenos detalhes me enchem de alegria, no próximo dia continuamos nos encontrando.

Algumas vezes ela aparecia com um ou dois hematomas novos, e isso me corrói por dentro. Por minha incapacidade de ajudar, não tenho poder.

O medo extremo toma conta de mim, medo de perder a minha mãe, pelas, mãos do meu pai. Logo agora que tenho ela de volta para mim, só de pensar nisso meu corpo todo treme.

Uma semana fazendo isso de sair no meio da aula para ficar com minha mãe, eu já estava ficando acostumada. Enquanto, conversamos sobre um filme que eu assisti, eu vejo de longe Illay de braços cruzados olhando para o carro.

__ Merda!__ Exclamo.

__ O que foi?__ Minha mãe pergunta.

Eu aponto para Illay, com os dedos tremos.__ Meu parceiro.

Os olhos da minha mãe se estreitam, enquanto ela o observa de longe com uma expressão séria.

Eu respiro fundo, quando ele caminha em nossa direção com o diretor da escola. Suas pernas poderosas e expressão terrível, me causam calafrios.

Eu saio de dentro do carro e caminho em sua direção, deixando minha mãe para trás.

__Eu posso explicar!__ Falo.

__ Você achava que não descobririamos as suas pequenas fugas? Acha que somos idiotas?__ O tom de voz dele é bravo, muito bravo.

__ Eu...__ Minha voz treme e eu engasgo com as palavras.

__ Ela não é sua propriedade para você mandar e desmandar nela.__ Minha mãe declara atrás de mim.

Seu olho roxo e hematomas no corpo, faz ela parecer miserável.

__ Mãe!__ Exclamo, tentando a conter, não quero que ela brigue com o meu slavus.

Eles podem se dar bem? Né?

__ Quem é você para dizer isso? A mulher que abandonou a própria filha num hospício. Não tem direito de se meter.

Illay declara, sua voz impaciente me deixa fraca, ele está terrivelmente bravo.

__Illay. __ Sussurro, tentando o acalmar.

Minhas mãos vão para à sua barriga e eu tento tirar a sua atenção da minha mãe, eu odeio ver eles brigando.

__ Você é que não tem direito sobre ela, ela é uma pessoa! Deveria ter autonomia sobre a sua própria vida.__ Minha mãe se aproxima mais e tudo vira uma bagunça.

__ Deixe que eu decida isso!__ Illay declara, isso me mat@ por dentro. A forma como ele falou é como se eu não tivesse escolha, as únicas escolhas que tenho é aqui ele acha melhor.

Ele segura o meu pulso e me arrasta para longe da minha mãe, eu fico em estado catatonico após ver a verdade. Que ele tem o mesmo pensamento que o meu pai, o de posse. Que eu sou uma posse deles.

__ Diaga para ela a verdade!__ Minha mãe grita.__ Diga que você a comprou do seu pai.

Meu coração gela, tudo parece girar. Eu observo o rosto sério de Illay, que não muda com a acusação. Ele não está nem aí, para o que minha mãe falou. Porém, eu estou!

Eu paro de andar no meio do caminho, meus olhos se enchem de água e eu sinto a chave virar. Quando a minha doença toma o controle de mim e todo o meu emocional se tornam uma bagunça.

__ É verdade Illay? Você me comprou do meu pai?__ Eu choramingo, uma dor toma conta do meu peito e eu arfo.

Um soluço ecoa da minha garganta, eu olho bem no fundo dos olhos dele e eu sei, sei que o que minha mãe disse é verdade. Posso ver pelos, seus olhos azuis profundos que ele realmente fez isso comigo.

Eu bato no seu peito com toda a minha força, o que não é muito.__ Seu traidor. __ Eu exclamo.

Com a voz rouca e fraca, eu fico pálida. Como ele pode fazer isso comigo? Eu o amo e ele me tratou como se eu fosse um objeto.

__ Já chega.__ Ele diz, segurando os meus pulsos. __Vamos conversar em casa.

__ Eu não quero conversar com você. __ Eu bato e chuto, enquanto choro.

Minha mãe tenta vir até mim, mas Illay e o diretor que estão assistindo tudo há afastam de mim.

Illay está com uma expressão de culpa, enquanto eu bato nele. Ele me segura pela cintura e me joga em seus ombros, me arrastando para longe como se eu fosse um saco de batata. Ele faz isso com muita facilidade.

__ Me solta__ Eu grito.

__ Só quando chegarmos em casa.

__ Deixe minha filha ir. __ Minha mãe grita, tentando o parar.

Mas Illay é grande e muito mais forte que eu e ela junta, não importa o quanto eu imploro e me debata, ele não liga e continua em frente.

Ele me coloca dentro do carro e me prende com o cinto de segurança, de forma bruta. Meus cabelos caem pelo meu rosto e eu fico uma completa bagunça.

Nos brigamos todo o caminho de volta para a mansão, no caso eu briguei, porque Illay ficou em silêncio todo o tempo.

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Comments

Clesiane Paulino

Clesiane Paulino

ele fez isso pra afastar o carniça do teu pai se perto de ti🤬🤬🤬🤬

2025-01-27

0

Edna César

Edna César

isso acontece com 99% dos homens.
é normal quando não causa abusos

2024-12-18

0

Elisangela Maria

Elisangela Maria

acho que isso tudo é mentira

2025-02-02

0

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