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Logo pela manhã, Magna ligou para a família Lynn com a intenção de fazer um comunicado, então pediu para que a família estivesse presente no escritório do senhor Lynn para esclarecer uma novidade que iria abalar a todos. Curiosos com isso, todos se reuniram como foi pedido, estavam apenas esperando Magna contar a tal novidade.

— Sinto muito pela ligação repentina, mas eu precisava vir até aqui para contar algo importante. — Magna começou, estava sentada próximo a mesa do patriarca enquanto o restante da família esperavam ansiosos por isso. Koen não estava entre eles, e isso era bom para ela, mas pensando por outro lado, seria mais interessante se ele estivesse presente também.

— A senhora sempre será bem vinda, e mais uma vez peço desculpas por tudo que aconteceu — John, pai de Damian mais uma vez se desculpou pelo ocorrido, sentia-se cada vez mais envergonhado por olhar nos olhos daquela mulher que parecia ter algo muito importante a dizer.

— Nada disso, o senhor não precisa pedir desculpas. — Ela sorriu, na tentativa de fingir que não estava arrasada e raivosa com tudo isso. — Minha filha deveria estar aqui para contar a novidade, mas com tudo que aconteceu, ela não se sente muito bem por lembrar que foi abandonada no dia de seu casamento.

Neste momento, a porta abriu-se, revelando um Koen abatido e nervoso. Todos olharam para ele, surpresos e estranhando a aparência do mesmo que não estava nem um pouco agradável. Koen aproximou-se da mesa de seu pai e ajoelhou-se diante de todos, pedindo desculpas pelo erro que cometeu.

Percebendo onde aquilo iria chegar, Magna arregalou os olhos e retornou a olhar para John Lynn, percebendo que este seria o momento ideal para contar a novidade antes que Koen estragasse tudo.

— Minha filha está grávida, senhor Lynn. — Repentinamente todos olharam para ela espantados e surpresos,  inclusive Koen, que não terminou de dizer o que precisava. — Ela me contou sobre isso ontem a noite, mas sua intenção era surpreender a família contando a novidade no dia do casamento, mas com tudo isso que aconteceu, ela decidiu guardar para si mesma até o momento certo.

— Minha nora está grávida de Damian? — A senhora Lynn aproximou-se de Magna com um sorriso imenso no rosto, isso a deixou muito feliz.

— Sim, Amara. Ela está grávida de oito semanas, ela me contou que foi durante a viagem de comemoração ao aniversário de Damian! — Retribuindo o sorriso de Amara, Magna olhou para Koen, que parecia atordoado e confuso. 

— Isso é uma grande novidade, senhora Zraa. — disse John, o patriarca. Ele também não conteve um sorriso sincero ao descobrir que seria avô em breve. Mas então o sorriso se desfez por lembrar que Damian não estava mais aqui para ouvir isso, fazendo com que ficasse chateado novamente.

— Precisamos encontrar Damian o quanto antes, não podemos deixar com que Anika fique sozinha durante a gestação — Amara disse, percebendo a mudança de humor se seu marido. 

— Sinto muito por isso, nós vamos encontrar Damian o mais rápido possível. Iremos acelerar as buscas e descobrir o que aconteceu para que Damian tomasse essa decisão precipitada. — John prometeu, fazendo com que Magna se sentisse mais tranquila. 

— Isso seria muito importante para minha filha, pois apesar de tudo, ela está muito preocupada com a segurança dele — disse. — Enfim, muito obrigada pela recepção, mas preciso ir para casa para cuidar de Anika.

Após se despedirem, Magna levantou-se e ficou a encarar Koen disfarçadamente, olhando-o da cabeça aos pés por vencer a batalha antes mesmo que ele fizesse uma loucura. Ele por sua vez permaneceu cabisbaixa, remoendo aquela revelação como se tivesse sido esfaqueado cruelmente.

— O que pensa que veio fazer? — sussurrou Amely depois que Magna saiu. Ela o puxou para o corredor antes que seus pais notassem seu estado deplorável, já que com a revelação, simplesmente ignoraram a presença do filho. 

— Eu… eu… — Koen não soube o que responder de imediato, gaguejou no início e então sua irmã o sacudiu para que ele acordasse para a vida. — Eu… iria contar aos nossos pais.

— Você o que? Koen, o que deu em você? — Amely não acreditou no que ouviu, então suspirou e o levou para um local mais tranquilo e arejado. — Escuta, nossos pais acabaram de descobrir sobre a gravidez de Anika, se descobrissem que vocês tiveram um caso, o que acha que iria acontecer?

— Eu não sei, eu apenas quis seguir o seu conselho — respondeu ele angustiado, agora não sabia qual era a intenção de Amely, que tanto insistiu para que ele contasse a verdade.

— Tudo bem. Me escute, o papai já não está muito bem ultimamente. Se ele souber de algo assim, sabe-se lá o que vai acontecer com ele .— ela disse, ao mesmo tempo em que tentava acalmar o irmão. — Apenas… espere até que Damian retorne, então converse com ele e esclareça a situação, ok?

— Então está dizendo que eu devo ficar calado observando tudo? Eu não posso deixar Anika ter o que quer. — Koen se revoltou, lembrar de todas as coisas que ela disse o fazia ficar cada vez mais furioso.

— Eu sei, eu também não posso. E também eu sei o que eu disse, e eu sinto muito por pressionar você daquele jeito. Mas é para o bem do papai, entende? — Amely suspirou, percebendo que não teria solução até revelar o que descobriu. — Ontem a noite eu ouvi a conversa do papai com a mamãe, ele não está bem. O que Damian fez piorou seu estado de saúde. 

— O quê? O papai está realmente doente? — Koen piscou os olhos algumas vezes seguidas, ele não poderia acreditar no que estava acontecendo. 

— Sim, ele está muito estressado ultimamente. E ouvir que Anika está grávida o deixou mais aliviado, até a mamãe percebeu isso. 

— E se o filho for meu? — Koen perguntou, lembrando-se de todas as vezes em que dormiu com Anika e o que isso poderia significar, então ouviu sua irmã suspirar profundamente.

— Pelo que me lembro, você disse que não estava mais se envolvendo com ela. Mas eu já sabia, você realmente não presta. — Amely cruzou os braços após ver Koen se sentir ainda mais culpado, se encolhendo para não receber um sermão de sua irmã mais nova. — Enfim, não nos resta escolha até Damian aparecer, e o bebê nascer. Ainda assim, tenho que conseguir provas contra ela e a família. 

— Neste caso, pode contar comigo — Koen estava se sentindo melhor após conversar com sua irmã, e também estava disposto a ajudá-la no que fosse preciso.

— O que aconteceu? Achei que estivesse do lado daquela mulher, o que me faz acreditar que dormiram juntos ultimamente. — Amely olhou para ele na expectativa de conseguir fazê-lo confessar, mas em todo caso… — Então como posso confiar em você? É só questão de tempo até você descobrir os meus planos e sair correndo até ela.

— Me desculpe, de verdade. — Koen segurou as mãos de sua irmã, olhando-a nos olhos para demonstrar que estava sendo sincero. — Eu sei que errei, e por causa disso eu sofri as consequências. Anika não me contou nada que pudesse colocá-la contra a parede, exceto pelo fato de termos um caso. Mas o que ela disse sobre mim realmente me fez perceber o quão egoísta ela era, o quanto estava me enganando. Eu juro que quero ajudar, mesmo que eu não saiba dos seus planos.

— É mesmo? Bom… eu preciso pensar sobre isso —  Amely respondeu, afastando-se do mesmo. — Vai levar um tempo até me acostumar com isso, mas você é meu irmão e… vou lembrar disso se eu precisar de sua ajuda. 

Koen balançou a cabeça, confirmando. Ele sabia que sua irmã não confiava nele o bastante para deixar com que ele ajudasse. Mas ele precisava de tempo também para assimilar tudo isso, principalmente o estado de saúde de seu pai. Em todo caso, ele ficou aliviado por não ter contado a verdade aos seus pais, ele não se perdoaria se algo tivesse acontecido. Já bastava se culpar eternamente pelo que fez com o irmão.

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