Um Trabalho Perigoso.

Enola e Gregory protagoniza mais uma cena de amor tórrido no escritório dele, dando uma pausa somente para jantar e voltando ao que estavam fazendo até que Gregory fala;

— Sei que quer ficar aqui comigo... Mas tem um lado do meu trabalho que você não vai gostar então prefiro que não fique aqui! — ela olha para ele e diz;

— Se estamos juntos acho que está na hora de me mostrar um pouco do seu mundo! — mas Gregory quer protegê-la, ele passa a mão no rosto de Enola e olhando nos olhos dela explica;

— Garotinha, meu mundo é muito sombrio, cruel, não é lugar para você! Prefiro te manter como está... Já foi difícil para você me aceitar, não quero te afastar. — ele a beija como se quisesse devorar sua alma.

— Tudo bem, por hoje você venceu. Vou ficar lá na cozinha com a Analuz. — ela dá um último beijo em Gregory e chama Analuz para ajudá-la a tirar as coisas do escritório.

Na cozinha Analuz mostra para Enola o quanto está feliz por ver que os dois estão se dando bem e enche Enola de perguntas;

— Você já desistiu de ir embora mesmo ou é apenas mais um de seus planos? Vocês andam bem ativos, está tomando remédio? Ele permitiu que você saia da mansão acompanhada dos seguranças? — somente agora Enola percebeu que não está se cuidando como deveria e pergunta para Analuz;

— Será que dá tempo de me previnir? Não sei se um filho seria bom para o nosso relacionamento agora! Estamos tentando conhecer um ao outro ainda! — Analuz olha para Enola e coloca o pano de prato em cima da bancada enquanto diz;

— Tem mulheres que não engravidam logo de cara... Acho que depende muito do período fértil. Só saberemos alguma coisa mês que vem. — ela passa a mão na cabeça de Enola que fica pensativa e olha na direção da porta de saída da cozinha.

— Analuz, já aconteceu algo com ele nesse mundo da máfia que o deixou no hospital lutando para sobreviver? — Analuz olha preocupada para Enola que não tira os olhos da porta.

— Menina, está apaixonada pelo Greg? — Enola olha rapidamente para Analuz e se engasga com a própria saliva ao dizer;

— Cof, cof, cof... Eu... Claro que não, Analuz! — ela limpa a garganta para falar com mais clareza. — Só estou curiosa, preciso saber como é a rotina dele para não tomar sustos... Só isso. — Analuz olha para Enola e fala;

— Você quer a verdade... Entendo. Ele já voltou ferido muitas vezes, esse é o refúgio favorito dele por ser no meio da floresta. Gregory gosta da natureza. Mas ele já foi parar no hospital que tem apenas para mafiosos do submundo gravemente ferido, meu menino luta pela vida desde muito novo. — Enola vê que a história é longa.

— Onde estão os pais dele? — Analuz olha para Enola e fala apreensiva;

— Menina, jamais pergunte pelos pais dele! Está me ouvindo? Nunca! Jamais! Tudo o que quiser saber sobre isso saberá por mim quando ele sair para trabalhar, nunca com ele na casa! — Analuz parece estar muito nervosa e Enola tenta entender, mas sabe que agora com Gregory em casa isso se torna impossível então muda o rumo da conversa.

— Ele tem muitos inimigos? — um pouco mais tranquila Analuz fala;

— Quando o viu pela primeira vez e sentiu o quão persuasivo, dominador e autoritário ele é tenho certeza que também não o iria querer como amigo. Mas respondendo a sua pergunta, sim, meu menino tem muitos inimigos e apenas um deles consegue tirar Gregory do sério. — Analuz fica em silêncio e alisa a barriga em um lugar em especial.

— Analuz, aconteceu alguma coisa com você? — Enola está preocupada com a forma como Analuz encara o vazio e passa a mão em sua barriga.Ela levanta a blusa e mostra para Enola uma cicatriz de oito centímetros.

— James é um homem cruel, Enola! Que você nunca caia nas mãos dele, a partir do momento que ele perceber que você é especial para o Greg vai ter prazer em tortura-la. E vai rir a cada ferida que abrir em seu corpo, apenas para te ver chorar e sentir prazer em saber que o Gregory está sofrendo por saber que está nas mãos de um maldito sádico cruel. — uma lágrima escorre do olho de Analuz, Enola quase consegue ver o que aconteceu com ela.

— Não precisa falar sobre isso, se não te faz bem! — elas se olham e Analuz diz;

— Essa é outra conversa que só teremos quando ele estiver fora... Ele até pode ser durão, mas ainda é um ser humano. — Enola abraça Analuz e depois se despede para ir dormir.

Ela fica parada por um tempo na porta do escritório, apenas olhando e pensando na próxima vez que ele chegar ali com algum outro ferimento... Somente agora a ficha dela caiu e percebeu que ele tem um trabalho perigoso.

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