A Dama de Zeus.

Elynor olha para a filha com decepção nos olhos, ela não queria esse destino para sua filha. Elynor conhece a fama de Zeus e sabe que com ele não se brinca.

— Enola, não precisa fazer isso! A culpada sou eu, preciso pagar pelos meus erros. Sua vida está só começando e a minha está perto do fim.

— A senhora tem razão, mãe. Estou nova, aguento mais coisas. A senhora não! Mas quero que saiba que apesar dos erros e de seus vícios ainda a amo muito.

Após dizer isso para a mãe, Enola se vira para Gregory e o puxa para um beijo. O beijo que ele tanto queria... Quando Enola para o beijo acaba não acreditando no que acabou de fazer.

Os olhos de Gregory brilham de desejo pela nova conquista. Enola não sabe o erro que acabou de cometer, a obsessão de Gregory pela jovem só aumentou depois desse beijo.

Depois do beijo, Gregory olha para seu segurança e diz;

— Leve a senhora Rays para o lugar que te enviei a localização. Diga que pedi tratamento vip, quero que cuidem bem dela.

— Como assim? Para onde estão me levando? Enola, o que está acontecendo?

— Me perdoa, mãe. Não tem outro jeito!

Elynor implora para que Enola a ajude, mas a filha vira seu rosto para o lado e apenas escuta os gritos da mãe arrastada pelos corredores.

— Senhor Keeling, preciso ir até minha casa pegar minhas coisas. Já que no Contrato está bem específico que terei que morar na sua residência.

— Não precisa ir até lá! Já enviei uma mensagem para a governanta da mansão e ela já cuidou de suas roupas. A única coisa que vai pegar onde morava são seus documentos. E vamos juntos.

— Acho que não precisa ficar no meu pé! Já li o que acontecerá comigo se por um acaso não me comportar ou tentar fugir... Só para saber, gosto das minhas pernas onde estão.

— Mesmo tendo sua mãe em minhas mãos, não sei se posso confiar em você! Pessoas em momentos de desespero tende a fazer loucuras.

Gregory foi até a casa em que Enola morava com sua mãe. Ao olhar a pequena casa, ele sentiu um pouco de pena de Enola e sua mãe. Mas manteve a sua pose de homem frio, ele não vai deixar que ela perceba que ele tem sentimentos.

Há cinco anos Gregory se casou com a mulher que pensou amar. Mas em sua lua de mel essa mesma mulher tentou matá-lo. Por pensar que o mesmo estava morto em cima da cama, ela fez sexo com o irmão dele por horas, com Gregory deitado ainda na cama, sangrando.

Assim que ambos adormeceram cansados, Gregory se levantou segurando firme seu ferimento e matou os dois ali mesmo. Depois disso ele decidiu não acreditar em mulher nenhuma e todas as que passassem por sua vida seriam meros brinquedos para ele.

— Senhor Keeling, podemos ir! Já peguei tudo o que preciso.

— Minha doce Chapeuzinho, não me chame de senhor Keeling! Me chame pelo meu nome.

Enola não diz nada, apenas caminha para a saída sabendo que sua noite hoje será de medo, caos e inferno. Ela não queria se entregar para esse homem, mas não tinha muitas opções.

Eles chegam na mansão e logo uma senhora de aparência gentil com cheiro de biscoitos com canela abraça Enola e se apresenta:

— Sou Analuz, sou brasileira. Mas moro aqui há 15 anos, e todos esses anos trabalhando para o Greg. Não se importe com a cara dele de mal! Greg é um bom menino.

— Greg??

— Analuz, corte essa conversa! O quarto que Enola ficará nos próximos três dias está pronto?

— Claro que sim, Greg! Posso levá-la até lá! Fica ao lado do seu quarto como me pediu.

— Eu mesmo a levo até lá! Obrigado, Analuz.

Eles sobem a escada até o segundo andar e assim que eles chegam no quarto, Enola curiosa pergunta:

— Por que vou dormir nesse quarto? Pensei que iria me obrigar a dormir com você!

— Garotinha ansiosa, nosso casamento será em três dias. Não quero antecipar nada com você agora! E se dormimos juntos não iremos dormir!

Enola fica nervosa ao ouvir o que Gregory disse e acaba revelando seu segredo:

— Eu... Eu não... Eu não tenho experiência íntima conjugal!

Ele olha para Enola e pergunta curioso e espantado simultaneamente;

— Você está querendo me dizer que é virgem?

Enola coloca as mãos em seu rosto e se senta na cama tentando esconder a vergonha. Gregory rindo fala;

— Esse é o melhor pagamento de dívida que já recebi em minha vida! Você não tem noção do que vou fazer com você, minha virgenzinha!

Ele sai do quarto batendo a porta e quanto ri alto. Enola está se sentindo péssima, ela se sente em uma gaiola dourada. Não tem para onde ir e nem o que fazer, vendeu sua alma ao demônio e agora ele quer a possuir.

Por curiosidade Enola vai até a porta e percebe que a mesma está trancada. Como ela imaginava, Gregory não vai facilitar para ela. Por que ele iria? Enola é somente uma mercadoria, nada, além disso.

Sem ter o que fazer naquele imenso quarto, Enola decide explorar o cômodo. Ali ela encontra outro cômodo imenso, o closet. Com várias roupas, bolsas, sapatos, cintos, maquiagem... Naquele cômodo tinha de tudo um pouco.

Em seguida ela entrou no banheiro e viu a banheira. Enola nunca havia usado uma banheira antes e decidiu usar pela primeira vez.

De início se atrapalhou um pouco já que não sabia como mexer ali. Mas depois que conseguiu o que queria despir-se e entrou na água quente com espuma, seu corpo inteiro relaxou.

Foi o melhor banho que ela havia tomado. Ali Enola relaxa e quase dorme, depois de um tempo de olhos fechados ela sente uma mão passear pela sua perna e se assusta abrindo os olhos.

— Você está tão sexy nessa banheira que está ficando difícil para mim esperar até depois desse casamento. Mesmo sendo daqui há três dias.

Medo e desespero invadem o coração de Enola e ela pensa;

— "Será que vai ser assim que vou perder o que lutei para guardar e entregar somente ao meu grande amor?"

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