A Garotinha e o Mafioso.

Gregory olha para Enola, agora um pouco mais sério. Ele joga o carro para o acostamento e para, em seguida sai e tira ela de dentro do carro levando para dentro da mata. Os seguranças apenas cercam o local para garantir a segurança do casal.

Após andar puxando Enola por poucos minutos Gregory a encosta em uma árvore e levanta seu queixo com o dedo para que ela olhe em seus olhos e fala;

— Isso é o que acontece quando tento confiar nas pessoas... Será que agora você entende? Estou fazendo tudo o que te prometi e em troca só quero você em minha vida... Não estou exigindo seu amor, porque isso não é algo que se possa exigir de uma pessoa. Mas precisa ser sincera quando alguém é sincero com você! — apesar de saber que Enola estava aprontando ouvir ela dizer deixou Gregory um pouco chateado.

— Desculpa... Você arrancou minhas asas e eu reagi mal por instinto. — Enola fala para ele olhando em seus olhos.

— Me desculpa por cortar suas asas, mas foi o único jeito que encontrei de não deixá-la voar para longe de mim e ter sua atenção. — ele abraça Enola que o aperta como se quisesse quebrar os ossos dele, o ferimento no ombro de Gregory começa a sangrar.

Ao sentir ele gemer Enola se afasta e vê a mancha vermelha na blusa de cor clara.

— Seu ombro, preciso cuidar disso! — mas ele não quer pensar nisso agora.

— Como ficaremos agora, Enola? Será que posso te dar outro voto de confiança? — ela não apenas responde que sim como beija Gregory.

Dessa vez ele consegue sentir que o beijo é sincero, sem interesse ou segundas intenções. Ele a pega no colo e voltam para o carro, sua forma de dirigir mudou, não tem mais aquela pressa toda.

Enola brinca com o vento colocando a mão para fora do carro. Ela olha para o céu e sorri, seu sorriso é leve, pela primeira vez ela respira aliviada. Sua mãe está sendo tratada, ela tem alguém que cuida dela, que a protege e começa a se perguntar mentalmente;

— "Como fui capaz de lutar contra algo que agora vejo com outros olhos? Lutei por mim e minha mãe sozinha por tanto tempo, é difícil acreditar que agora não preciso mais. A forma como ele entrou em minha vida foi totalmente errada... Mas a turbulência trouxe a calmaria que eu precisava!" — ela olha para Gregory e passa seus dedos no rosto dele.

Ele sorri, quando chegam no refúgio Enola cuida do ombro de Gregory e depois toma um banho e deita na cama que agora passará a ser sua. Ela dorme a tarde toda, como se estivesse colocando seu sono em dia.

Gregory se trancou no seu escritório, ele tinha muito trabalho para fazer. A noite cai, ela acorda com ele sentado ao lado dela passando a mão em seus cabelos e ela pergunta;

— Que horas são? — ele deita e dá um beijo nela enquanto fala;

— Você precisa levantar e descer, não comeu nada ainda e precisa jantar. Passa um pouco das sete da noite. — ela puxa ele para si e pergunta;

— Você quer ser minha janta? — Gregory a beija e eles ficam ali se amando por alguns minutos.

Depois que Enola tem seu prazer e Gregory também eles tomam um banho juntos e descem. Mas Enola se incomoda com o fato dele voltar para o escritório e fala para Analuz;

— Me ajude a levar a comida dele e o vinho para o escritório, já que ele não pode comer aqui comigo vamos jantar no escritório! — Analuz dá risadas e ajuda Enola.

Ao vê-las entrar com os pratos e as bebidas Gregory se levanta e pegunta;

— O que estão fazendo? Estou no meio de uma vídeo chamada! — Enola não se importa e diz;

— Tenho certeza que a pessoa com quem está falando já jantou! Não vou jantar sozinha! — ela já mostra para ele que não vai deixar o trabalho atrapalhar a vida deles juntos.

— Kale, te ligo daqui há alguns minutos. Tenho algo muito importante para fazer agora. — Kale apenas dá uma risada alta e diz;

— Prioridades, meu amigo, prioridades! — Kale desliga e Gregory ajuda as duas a arrumar a mesa do escritório.

Analuz sai e deixa os dois sozinhos, enquanto come eles conversam, ambos estão se sentindo mais íntimos agora. Não tem nada entre eles, uma vida familiar ainda é uma novidade para Gregory, mas não para Enola.

— Então, agora terei que fazer todas as refeições ao seu lado? É isso mesmo? — ele pergunta enquanto passa a mão no braço de Enola que responde;

— Sim! Não faz sentido comer sozinha quando meu marido está em casa! E não faça isso novamente. — surpreso com a resposta de Enola, ele fala;

— Se eu soubesse que você iria dizer isso teria gravado! É bom estarmos na mesma página. — ela se levanta e se senta no colo de Gregory de frente para ele e fala;

— Você não faz ideia. — um beijo romântico surge entre eles.

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