Seja Boazinha, Garotinha.

Enola olha para a tela com atenção e percebe que a mãe está presa a cama, a diferença entre ambas é que Enola está presa pelo tornozelo e Elynor está completamente presa a cama.

— Por que fez isso com a minha mãe, seu maldito desgraçado?

— Porque você não está se comportando bem, garotinha. Seja boazinha, minha garotinha e eu serei bonzinho com a sua mãe. — Gregory fala enquanto dá um sorriso frio e sinistro para Enola.

— Você é um monstro, não deveria ter atravessado nossas vidas. — Enola fala se sentindo derrotada.

— Está enganada, garotinha... Foram vocês que atravessaram minha vida. Você conseguiu minha atenção e agora você é minha!

— Pare de me chamar assim! Não sou uma garotinha!

— Para um homem da minha idade você é quase uma Baby. Então, vai continuar sendo minha garotinha.

Enola vira o rosto para o outro lado ignorando o que Gregory está falando... Então ele da a ordem;

— A Analuz vai descer e quando voltar quero que coma tudo o que ela vai preparar para você!

— E se eu não comer? — Atrevida Enola pergunta.

— Simples, sua mãe sofrerá junto com você! Está nas suas mãos Enola. Analuz, pode trazer a refeição dela... Me ligue se ela não se alimentar direito.

— Sim, senhor Keeling.

Gregory olha uma última vez para Enola e depois desliga. Ela deita e joga um travesseiro no rosto e grita.

— Menina, você está jogando fora uma ótima oportunidade de ter uma vida boa ao lado do seu marido!

— Mas ele vai enjoar de mim e me mandar embora quando isso acontecer! Não quero me apaixonar por ele, Analuz... Não posso me apaixonar por ele.

— Vou dizer algo para você que pode te ajudar a pensar melhor nisso... Gregory Keeling nunca chegou ao ponto de se casar com nenhuma mulher que ele conheceu. Se ele se casou com você, talvez não tenha a intenção de te deixar.

Analuz sai deixando Enola sozinha e usa esse tempo para pensar. Ela tem seus medos, acredita que ele matou seu vizinho e amigo, Luke. Mas também ela pensa que sem a ajuda dele não pode fazer nada pela sua mãe para que ela se livre do vício.

— Tenho que dar um jeito de ser alguém legal com ele, para que confie em mim e me devolva a liberdade que preciso. Mas ao mesmo tempo tenho que proteger meu coração, eu não posso amar o Gregory.

Analuz volta com a comida e Enola come sem reclamar, ela continua pensando até que Analuz pergunta;

— Pensou no que eu falei, menina?

— Sim, Analuz... Não é fácil entregar sua dignidade nas mãos de um psicopata obsessivo.

— Até onde sei todos os seres humanos são capazes de amar... Até os psicopatas que fingem não ter sentimentos para fazer o que precisam.

— Como assim, Analuz? Isso não é possível!

— Menina, tudo o que Deus criou nessa terra é capaz de amar. Do contrário ele não criaria.

Enola fica ali olhando para Analuz enquanto ela explica algumas coisas para ela, sua forma especial de ver a vida.

Já na Grécia, Gregory deseja estar com a sua esposa, mas precisa ficar ali até terminar o que foi fazer.

— Olha só, se não é o grande Greg!? — Lucius, mafioso da Itália e grande amigo de Gregory fala.

— Já pedi para me chamar de Gregory, Lucius. Não gosto quando abreviam meu nome!

— Como vai sua linda e jovem esposa? Não tem medo que uma mulher da idade dela procure um homem mais jovem que você?

Gregory coloca a mão em sua arma, mas tenta se segurar e fala;

— Se você não quiser uma bala no meio da testa esqueça a minha esposa! Sabe que não sou flor que se cheire, Lucius... Não se meta com ela.

— Calma, meu amigo. Não vou sequestrar sua esposa, mas você sabe que se o James descobrir vai jogar muito sujo com você.

James é um velho conhecido de Gregory de quando ele era criança e batia carteira pelas ruas, eles eram do mesmo grupo de batedores de carteira e os melhores nisso.

A rivalidade entre ambos começou na adolescência quando eles foram testados por um casal da máfia, Gregory ganhou e James acredita fielmente que ele trapaceou.

— James só conseguirá encontrar minha esposa se passar por tudo o que preparei para ele em meu refúgio principal. O que dúvido muito.

— Nisso tenho que concordar, nem eu que sou seu amigo sei onde fica esse refúgio.

— Nunca ouviu dizer que não se deve confiar nem na sua própria sombra?

— Isso é ridículo! Nossa sombra sempre está com a gente em qualquer situação.

— Não, Lucius. Fique no escuro e verá que ela só estará com você se houver luz. Do contrário, você está sozinho! Agora me diz, como vai confiar nela se ela some quando mais precisa dela?

Lucius apenas observa o sorriso que Gregory dá ao provar que está certo e ele errado. Logo chega mais um convidado, mas esse será difícil para Gregory engolir.

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