Capítulo 14

* Kaya Chinaider

Estou a quase uma hora encarando o teto sem conseguir pegar no sono, ainda não acredito que estou na casa do troglodita do Venom, e o pior que ele tenha me beijado, bem não é que tenha sido ruim, não foi os lábios dele tem gosto de whisky e menta e seu cheiro é tão bom, Penso me repreendendo em seguida, ele acaba de matar um homem a sangue frio como quem mata um bicho Kaya Chinaider, não seja maluca, me levanto entrando no banheiro, lavo meu rosto e quando volto para o quarto ouço vozes vindas da sala, uma delas parece ser de Gutem e se ele está aqui pode ser que Lesly também esteja, desço as escadas correndo para me deparar com uma cena que me deixa no mínimo transtornada, Venom está sentado no sofá, Gutem e outro homem que também estava no camarote o cercam, está muito machucado o que faz com que eu me assuste.

— Deus.

Corro em sua direção.

— O que aconteceu?

Pergunto recebendo de Venom um olhar sério.

— Não é nada.

— Que diabos vocês têm na cabeça, todos desse morro são malucos?

Digo sendo repreendida com o olhar pelo homem que se não me foge a memória se chama Dan, ele me encara depois olha feio para Venom.

— A mina te esculacha depois de tú levar uma surra por ela e você ri?

— Está assim por minha causa?

Pergunto e ele fica em silêncio, Dan caminha em direção a porta, o cheiro do cigarro que fuma é forte e diferente de tudo o que eu já senti.

— Você matou indiretamente o líder de uma das maiores favelas do Rio de janeiro pirralha, acha que tudo é simples assim? Meu irmão é um babaca, eu tinha deixado tú se fo*der.

Sai me deixando sem palavras e coberta de remorso.

— Eu preciso de um banho.

Venom se levanta e tanto eu quanto Gutem caminhamos até ele, está muito machucado.

— Mal consegue ficar de pé.

Gutem o apoia em seu corpo.

— Eu posso ajudar.

Pergunto e os dois me olham como se eu estivesse louca.

— Já Fez isso antes?

Me dou conta que não, jamais vi um homem nú na minha frente, como darei banho em um com o qual nem mesmo tenho intimidade? quer dizer, pensando bem acho que foi com ele o máximo de intimidade que eu tive até hoje.

— Nem beijar ela sabe, tô ensinando.

Venom faz graça e eu quero esganalo, o troglodita parece adorar me ver humilhada, não consigo ver minha face mas não tenho dúvidas de que deve estar vermelha como um tomate, o estapeio e ele ri, é um completo Imbecil.

— Já dei banho no meu cachorro uma vez, não deve ser difícil, eles são até parecidos.

Venom revira os olhos, se acha que vai falar o que quer porque está machucado está completamente enganado, bandido folgado.

— Tem certeza que consegue fazer isso? eu posso fazer Kaya, ele tem o dobro do seu tamanho, é um homem pesado, vai dar conta?

Venom sussurra algo mas eu o ignoro completamente.

— Ele está assim por minha causa, nada mais justo do que eu cuidar dele, onde ficam as toalhas?

— No armário do corredor.

Saio deixando os dois sozinhos, entro no quarto e em frente ao espelho amarro meus cabelos em um nó, vou até o móvel tirando dele uma toalha, quando retorno ele está sentado, escorado a cabeceira da cama.

— O Gutem já foi?

— Preciso ter ciúmes?

Reviro os olhos.

— Acho que isso é um não.

— Não, isso é um cuide da sua vida.

Ele ri, o que aconteceu com o lado cruel desse homem? acho que preferia a versão sanguinária do que essa pervertida e abusada.

— Queria saber da Lesly.

Me aproximo o ajudando a se levantar da cama, seu braço envolve meu ombro, ele me olha de um jeito desconcertante.

— O que é agora?

— Tú é muito gata sabia?

— O quanto você bebeu?

Ele sorriu, o desgraçado tem um sorriso bonito, na realidade ele é muito, muito atraente, entramos no banheiro e ele se senta sobre a tampa da privada, me Ajoelho a sua frente.

— Abra o zíper da calça.

— Assim? sem nem mesmo me convidar para jantar antes, eu sou um homem de família loirinha.

— Vai ficar de gracinha? te deixo nesse banheiro e vou embora.

Ele se levanta ficando de pé, abre o zíper da calça e me encara de um jeito safado, viro o rosto tocando com as pontas dos dedos na barra de suas calças as desço para baixo fazendo com que se embolem em seus tornozelos, ele está descalço o que facilita que eu a arranque de seu corpo.

— Acho que isso não vai rolar desse jeito, preciso de ajuda para chegar no box.

O olho desconectada, ele está só de cueca, uma boxer branca que marca descaradamente o enorme volume dentro dela, minha cara nesse momento deve ser de uma completa imbecil já que não consigo desviar meus olhos dele, seu corpo é extremamente forte, coberto por tatuagens em quase todo ele.

— Pode se levantar?

Ele tapa a ereção em sua cueca com as mãos.

— Tô começando a ter umas ideias bem cretinas contigo nessa posição.

— Você é mesmo um safado.

Me levanto e ele sorri, se apoia em mim e caminhamos juntos até o chuveiro, entro ao seu lado, ele se escora na parede, ligo a água e no exato momento que faço isso ele me puxa para debaixo dela.

— O que está fazendo?

Grito socando seu peito, ele segura meus braços em frente ao corpo.

— Já tinha ouvido falar que gatas não curtiam água, mas isso é um exagero.

— Babaca.

O bato e ele geme alto.

— Desculpa, bati muito forte?

Ele nega, já está machucado e não consigo esquecer que de certa forma isso é por minha culpa, Venom segura meu rosto entre as mãos, estou sem reação, não consigo afasta-lo.

— O que eu disse.

Ele sussurra em meus lábios.

— Sobre não saber beijar.

Uma de suas mãos tocam a parede de azulejos atrás de mim, me encosta contra ela estamos completamente molhados.

— Eu menti, essa boquinha é uma delícia, e tú...

Ele toca o decote do meu vestido, agora colado ao meu corpo.

— É muito gostosa.

Seus lábios são levados de encontro aos meus, sua língua invade minha boca dando voltas de um jeito lento, as mãos de Venom apertam minha cintura escorrendo por minhas coxas, seu toque e firme e parece queimar em minha pele, quando arranca o meu vestido eu preciso me conter, minha respiração está acelerada e meu coração disparado no peito.

— Eu não posso.

— Mais quer, o proibido é mais gostoso patricinha, tu não faz ideia de quanto prazer esse vagabundo pode te dar.

Diz em sussurro quando sua boca toca o meu pescoço, sua língua desliza por minha clavícula e pousa sobre o meu seio, sua mão agarra forte um deles enquanto o outro e envolvido por sua boca faminta, ele suga meu mamilo mamando devagar, toca a lateral da minha calcinha puxando com força, o contato do tecido molhado com minha pele deixa um ardor doloroso quando sede, ele é bruto de um jeito sexy e eu sou um garota idiota, disse que jamais me entregaria a ele estou aqui completamente nua a ponto de fazer uma besteira, em um segundo de lucidez eu me afasto, ele me olha com olhos em chamas, mordisca o lábio inferior passando as mãos pelos cabelos.

— Sabe que está adiando o inevitável burguesinha, é questão de tempo para tú estar dando pra mim, vai gemer no meu cara*lho como todas as mulheres que eu quis nesse morro fizeram.

— Você é um imbecil.

Cubro o corpo com as mãos, me dando conta de acabo de dar a ele exatamente o que queria, razão.

— Sim eu sou, e mesmo assim você tá aqui, peladi*nha na minha frente e doida pra me dar bem gostoso.

Tento sair do box e ele me agarra.

— Belo traseiro.

Sussurra em meu ouvido e depois bate de leve com um sorrisinho safado no rosto.

— Eu disse que terá que implorar para tre*par comigo, já está pronta?

— Vai sonhando.

— Sim, os sonhos eróticos mais quentes do chapadão, fod*endo a loirinha da sete em todas as posições do kama*sutra.

Saio do banheiro morrendo de ódio, eu sou uma completa idiota, como eu cai na lábia desse.

— Babaca.

Grito e posso ouvi-lo gargalhar, maldito bandido abusado, gostoso mais que não vale um centavo.

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