Capítulo 18: Consequências de tentar machucar um inocente.

Caveira ao vê-la sair da suíte, diz:

—  Que bom, agora que está de banho tomado, vá descansar. —  diz ele, com um sorriso, estava gostando de ver que Verônica estava começando a se sentir em casa. —  Quer que pendure sua toalha?

—  Não, não precisa, vou pendurá-la na porta do guarda-roupa, prefiro mantê-la em meu quarto por enquanto. —  diz ela, nervosamente, mordendo novamente o lábio inferior.

Caveira repara que é a segunda vez que estava fazendo aquilo, achava tão sexy, mal imaginava que era o tique dela, achava que fosse apenas nervoso dela por estar falando com ele.

—  Tudo bem, não precisa se preocupar, vou respeitar sua decisão, até que se sinta confortável e em casa. —  diz Caveira com um sorriso.

Ela não estava parecendo a gatinha selvagem que havia brigado com ele no dia anterior, estava um pouco nervosa, mas era normal até se sentir mais confortável, e parecia mais feliz, apesar de estar cansada.

—  Vou descansar. —  diz ela fechando a porta, para guardar as coisas que havia levado consigo no guarda-roupa, achava melhor que deixar na mochila, juntamente com a colher, e o isqueiro que havia pego, Caveira andava tanto que era bem provável que pensasse que perdeu na rua, não ia desconfiar estar com ela.

Ela deita e decide dar uma cochilada, mas no meio da tarde acorda corre para o banheiro social mesmo, e põe para fora tudo que havia comido.

Caveira que estava na sala assistindo um, filme com Coruja, pula imediatamente para ir socorrê-la, ao ouvir o som dela vomitando.

—  O que está acontecendo, está tudo bem com você? —  diz ele alarmado, sem saber como ajudá-la, achando que fosse a comida que fez para ela.

—  Tá tudo bem, foi só um enjoo repentino daqui a pouco passa, agora me deixa não quero que me veja assim... É normal na gravidez —  diz ela constrangida o expulsando do banheiro, depois lava a boca, e o rosto. Estava com um mal-estar horrível, sua amiga havia avisado que teria um leve mal-estar, mas estava bem, pelo menos sabia que estava fazendo efeito, mais dois dias e estaria resolvido, teria de suportar.

Caveira a esperou do lado de fora, quando esta saiu, este viu que ela estava pálida, e com a boca roxa, imediatamente põe a mão na testa dela e vê que estava fria.

—  O que você está sentindo? —  diz Caveira assustado.

—  Não é nada, é só um mal-estar passageiro. —  diz ela mordendo novamente o lábio inferior, bem na hora que Coruja apareceu.

Porém, este ficou em silêncio ao reparar que esta estava mentindo, não queria preocupar mais seu irmão, ia aproveitar que ficariam a noite sozinhos e arrancaria dela, o que estava aprontando.

—  Verônica você está gelada, isso não é normal. —  diz Caveira em pânico.

—  Claro que é, acabei de colocar o almoço para fora. —  diz ela novamente tentando, mas não conseguindo deixar de morder seu lábio inferior.

—  Vou ligar para uma pessoa para me informar. —  diz ele pegando o celular se dirigindo a sala.

Enquanto Coruja a fica olhando, sério:

—  O que você está aprontando? —  pergunta ele, a intimando.

—  Nada. —  diz Verônica sem conseguir evitar o tique.

—  Olha mina, pensa bem o que tu tá fazendo, meu mano gosta muito de você, desde a noite do baile que não pensa em outra mina que não seja você, ele tem sofrido por duas semanas inteiras, depois do julgamento, se sentindo muito mal do que fez, ficou, dias se embebedando, sem querer ficar sóbrio, me custou muito fazer com que voltasse a razão e parasse com isso, quando consegui, descobriu que você estava mal e já desconfiando o que fosse, ao descobrir sua gravidez, não pensou duas vezes e te assumiu, além de gostar muito de você têm outros motivos, que não tenho o direito de dizer, mas não faça nada para se machucar, nem a essa criança, senão ele não se perdoará, e se sentirá pior do que já se sente, e pode até fazer uma loucura... não quero nem imaginar... —  diz Coruja nervoso.

—  Eu não estou fazendo nada. —  diz ela, e o tique vem de novo.

—  Não vou discutir, mas sei que mente... —  diz Coruja, puto, dando as costas, e voltando para sala

Caveira estava ao telefone, conversando com sua professora que o orientou a monitorá-la, pois é normal enjoar, e vomitar na gravidez, e Verônica podia estar pálida e gelada por causa disso, orientou ele a dar um chá de camomila para acalmar o estômago e aquecê-la em um cobertor, caso apresentasse mais algum outro sintoma como sangramento, dor muito forte, era para correr com ela para o hospital.

Ele correu imediatamente para pegar um cobertor:

—  Venha Verônica senta aqui no sofá e se cubra com esse cobertor, temos de recuperar um pouco sua temperatura. —  diz ele com uma voz preocupada, depois se dirige a Coruja. —  Mano fica de olho, na temperatura dela, e verifica se ela recupera a cor, vou fazer um chá de camomila, para tentar acalmar o estômago dela...

—  Olho, sim, mano, fica sussa... —  diz Coruja, e assim que Caveira vira as costas, Coruja balança a cabeça olhando com raiva para Verônica.

Verônica abaixa a cabeça e fica quietinha encolhida debaixo do cobertor, tentando esconder o mal-estar, que estava sentindo.

Caveira faz o chá segundo as orientações da professora, e retorna cinco minutos depois com a xícara de chá em mãos a entregando para Verônica:

—  Tome devagar Verônica, você vai se sentir melhor. —  diz ele super preocupado, entregando a xícara de chá a Verônica. —  Você teve algum sangramento, ou está com alguma cólica, meu anjo?

—  Não. —  diz ela sem jeito, se sentindo culpada de deixá-lo preocupado, mas teria de continuar com o que estava fazendo, era para o bem de ambos.

Coruja fica em silêncio se remoendo, sabendo que esta menina estava mentindo e escondendo algo, descobriria de algum jeito fosse o que fosse, seu irmão estava cego por ela, então não diria nada para não discutir com ele.

Mas ao acabar o chá ela corre novamente para o banheiro, e coloca o chá e bílis com sangue, para fora, o que deixa Caveira, mais preocupado.

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