Verônica, toma um analgésico, e vai dormir, porém, não consegue pregar os olhos, ficou pensando o que faria se estivesse grávida, será que Caveira a ajudaria, a se desfazer do problema, lhe assustava ter de viver com ele, apesar de ter gostado dele, no passado, agora se sentia apavorada só de pensar em olhá-lo, não conseguia encará-lo por mais de alguns segundos sem sentir um calafrio na espinha, imaginava sim que por ser o braço direito do dono do morro matasse pessoas, mas nunca imaginou ver alguém sendo morto na sua frente, ou pior ser obrigada a apertar o gatilho na cabeça de alguém, daquele jeito, às vezes escutava som de tiroteio, nas ruas, quando a polícia ou alguma facção rival tentava invadir e trocava tiros com os homens dali, mas o que aconteceu aquela noite a deixou transtornada, não conseguia mais vê-lo com a mesma admiração de antes.
Ao acorda pela manhã, vai para o banheiro, e faz do jeito que Caveira lhe havia dito, urina no potinho, lê kit por kit e faz os testes de cada um, da forma que era pedido, e espera ansiosamente pelo resultado, neste momento, escuta alguém batendo em sua porta.
Mas como ainda não eram 6 horas, não pensou que pudesse ser ele, havia acordado meia hora antes, para tentar ler os testes antes de Caveira e pensar no que faria:
— Quem é? — pergunta, torcendo para que não ser ele.
— Sou eu. — responde Caveira, sussurrando.
Ela abre a porta, perguntando ao vê-lo:
— Você não havia combinado, que passaria as 6 horas? — diz desviando o olhar, se sentia desconfortável e encará-lo
— Precisava ver os exames, e não dormi a noite, e então? — pergunta Caveira, sabendo que provavelmente ela já havia feito.
— Estão no banheiro, estou com medo de ver. — diz Verônica, preocupada e cansada.
— Eu vejo para você. — diz ele empurrando a porta, entrando e se dirigindo ao banheiro.
Então, ele pega pacientemente cada um dos testes, enquanto ela aguarda com expectativa, torcendo para dar tudo negativo, ele a olha sério, suspira e diz:
— Verônica, vamos para sala conversar.
— O que é? — pergunta Verônica, olhando para ele por um segundo e segurando a respiração.
— Vamos para sala para que, você possa se sentar. — diz insistindo, com uma voz séria.
— Deu positivo, não pode ser e agora?... — diz Verônica atônita, as pernas lhe falham e ela cai de joelhos no chão, se sentindo perdida.
— Vem... Levanta... — diz Caveira a ajudando a se levantar, e ir até a sala para que se sentasse.
— E agora?... Minha mãe vai me matar quando descobrir... — diz Verônica.
— Não, já disse que vou te ajudar. — diz Caveira tentando consolá-la sem jeito.
— Você vai me levar para tirar?... Não quero ser mãe desse jeito, não como aconteceu tudo. — diz Verônica esperançosa, que lhe ajudasse.
— Não, já falei, vou te assumir, vamo mora junto, para que não, seja mal falada. — responde Caveira, com uma voz séria e preocupada. — O moleque não tem culpa do que ocorreu, e de como foi feito, ele é inocente.
— Eu… não quero.... eu… — Verônica, não sabia o que falar ou dizer, ela põe as mãos no rosto e começa a chorar.
— Verônica, vou estar com você, não sou o monstro que está pintando, sei que não devia ter te chamado, e nem ter lhe feito matar aquele covarde, mas queria que visse que pode contar comigo para resolver seus problemas, que você também é forte... Estou aqui para te apoiar... eu... Verônica, confia em mim, não lhe farei mal? Sei que não sou dos melhores homens, sei que agi muito mal, mas também não sou o monstro que imagina, me dê uma chance de lhe provar isso. — diz Caveira com a voz desesperada.
Ela cai em prantos, e olha para ele pela primeira vez, por mais de um minuto, depois de muito, tempo sem querer encará-lo:
— Por favor Caveira, te imploro, não posso ser mãe dessa criança... — implora Verônica desesperada, com os olhos inchados de chorar.
— Verônica, não é só a criança que pode morrer se você fizer isso, você também pode morrer, se não acontecer de ficar estéril, ou ter outros problemas de saúde pelo resto da vida, não quero me sentir mais culpado do que já me sinto. — levanta Caveira gritando, e dando um murro na parede, quebrando-a, com o punho em uma explosão de ódio, pelo maldito que fez aquilo, se estivesse vivo, meteria pipoco nele de novo, e de novo, ia furá-lo de forma que parecesse uma peneira, a surra que aquele lixo havia levado antes de morrer era pouco.
Verônica estremece, e o olha assustada, sentindo, que ele queria esfolar alguém vivo:
— Eu... desculpe. — diz Verônica apavorada ao vê-lo daquele jeito.
Ao ver que explodiu, na frente da pessoa errada, respira fundo, arrependido e tentando se controlar, fechando o punho o mais forte que podia, o deixando branco com a força que havia colocado, e o mordendo, depois diz:
— O meu ódio não é com você, é com o maldito que fez isso, queria que ele tivesse vivo, para esfolá-lo e fazê-lo implorar para morrer, e para quando eu tivesse destilado todo meu ódio meter uns pipocos nele.... ia deixá-lo parecendo uma peneira. — diz Caveira com ódio na voz.
— É melhor você se acalmar— diz Verônica, estremecendo quase sem voz. — Não precisar se fazer responsável por mim, se não quiser, eu...
— Desculpe Verônica, perdi o controle, vou te assumir, a culpa é minha também, baixei a guarda, aquela noite e tu se deu mal, e não posso permitir que fique falada por aí. E isso não vai ter conversa. — diz ele firmemente, a pegando pelos ombros, tentando que ela o encarasse nos olhos.
— ... — ela não conseguia pronunciar mais nenhuma palavra, ela abaixa os olhos, estava muito abalada com o que estava acontecendo.
Nesse momento a barriga de Verônica ronca, não havia comido nada, desde o almoço do dia anterior.
— Tu não come a quanto tempo? — pergunta Caveira, preocupado, arqueando a sobrancelha.
— Eu só comi um pão com manteiga no almoço, ontem… — responde Verônica receosa.
— Vem, tu não vai para escola hoje, vou te levar, para comer alguma coisa e dar um rolê, se distrair até tua mãe voltar, vou falar com ela, quando voltar. O que tu quer comer? — diz Caveira, calmamente.
— Não quero... pode ir, estou sem fome. — diz Verônica, deprimida.
— Mina tu não vai ficar aqui sozinha, tenho medo do que tu, pode fazer, vem vou te pagar um prato de comida, ou qualquer outra coisa que queira comer. — diz Caveira preocupado
— O que faço com os testes? — pergunta ela, quase sem voz.
— Guarda no teu quarto, se tu, precisar mostrar para tua mãe, agora põe uma roupa, e vamos sair. — diz Caveira já, mais calmo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 57
Comments
Cidinha Monti
ela sente medo dele o k aconteceu com ela foi horrível eu sei o k é isso ficamos sem chão numa situação desta
2023-10-23
4
Mari Buganti
tô gostando da história mas não acho certo o geito que ela tá tratando ele
2023-10-11
1
Caroline Merighe
que dó por ter engravidado dessa forma,mas que bom por ter alguém pra ajudar
2023-07-09
2