Onze e trinta da noite, a mãe de Verônica estava dormindo, então esta sai de fininho de casa, para não se atrasar, ao chegar Eduardo estava chegando em sua esquina.
— Vamos, ponha essa touca, para que ninguém veja seu rosto no caminho e comente amanhã. — diz Eduardo.
— Obrigado Coruja. — diz Verônica, colocando a touca.
Os dois se dirigem ao local do julgamento, ao chegar lá Caveira estava acompanhado de dois capangas, com o estuprador arrebentado jogado no chão, só com um lençol cobrindo o corpo, esperando que Coruja chegasse acompanhado de Verônica, para receber a sentença.
— Finalmente você chegou, tire a touca, para que a última coisa que esse maldito veja antes de ir para o inferno, seja a vítima do crime dele. — Diz Caveira.
— Mas você disse… — diz Verônica, com uma voz chorosa, e receosa ao ver quem havia lhe abusado, e o estado que este se encontrava, mas é interrompida.
— Não se preocupe, ninguém aqui vai abrir o bico. – diz Caveira, se aproximando dela e arrancando a touca. — Aqui... Pegue... — diz Caveira tirando sua arma e entregando, para ela, e a levando mais próximo do lixo que a havia machucado. — Você decide, o que fazer, e qual será a sentença.
O bandido olha para ela, com um olhar de pânico, ao ver o bandido todo estourado de perto fica assustada, e recua dizendo com a voz chorosa e com a arma tremendo nas mãos:
— Não vou conseguir, eu não consigo tirar a vida de outro ser humano.
— Ele não é um ser humano… — diz Caveira com a voz furiosa, se pondo atrás dela, pegando as mãos dela para firmá-la, apontando a arma para cabeça do bandido e a forçando a apertar o gatilho sem pestanejar dizendo. — ... Ele é um demônio.
Ao aperta o gatilho e ver o bandido cair morto, solta a arma, que cai ao chão, e depois ela se desvencilha de Caveira virando-se para este chorando em pânico, logo depois sai correndo, não acreditava que a pessoa que tanto admirava, podia ser tão cruel a ponto de obrigá-la a tirar a vida de alguém sem pensar, não era o herói que tanto admirava, ali estava vendo o lado sombrio dele, nunca pensou em vê-lo daquele jeito.
Caveira não a segue, sabia que já a havia perdido, por completo, após ver a atitude dela, não era o tipo de garota que seria forte o suficiente e aguentaria namorar um homem como ele, era apenas uma criança em corpo de mulher, mas ainda assim uma criança.
“ É melhor a partir de hoje me manter longe dela, depois desta noite me verá como um monstro, mas talvez seja melhor assim, quem sabe encontre alguém melhor e tenha um futuro fora daqui.” — pensa ele com o coração partido, vendo que a havia forçado demais, e se arrependendo de não ter feito aquilo ele mesmo.
No outro dia, Verônica vai para escola, mas não conseguia tirar a imagem do homem sendo morto da cabeça dela, havia tido pesadelos a noite toda.
Coruja vêm até esta na entrada da aula, a mando de Caveira, e tenta conversar, pois este também não conseguiu dormir a noite inteira, por não conseguir tirar da cabeça o rosto horrorizado dela.
Caveira nunca havia se sentido assim, por ninguém.
— Está tudo bem com você Verônica? — pergunta Eduardo, friamente.
— Claro, não se preocupe. — diz ela de forma seca, com os olhos vermelhos de ter chorado a noite, ainda bem que sua mãe não tinha visto, pois havia acordado muito cedo para trabalhar.
Verônica ignora, Eduardo, e qualquer um que viesse a mando de Caveira, falar com ela respondia a qualquer deles por monossílabos.
Tenta não transparecer para mãe, o quão abalada estava se sentindo, e a mesma não tinha tempo de reparar, pois trabalhava muito, e geralmente quando chegava do trabalho, estava tão cansada e atarefada em casa que acreditava que era apenas cansaço da filha.
Passam-se quase duas semanas após a festa Funk, e Verônica começa a apresentar cólica abdominal, mas achava que poderia ser apenas uma cólica, antes da menstruação, porque estava atrasada, e andava se sentindo enjoada ultimamente também, mas acreditava que poderia ser o calor.
Aquele dia enquanto estava indo para casa, no horário do almoço passa por um boteco que estava servindo feijoada, ao sentir o cheiro fica enjoada, e quase vomita na rua, sua amiga Juliana que a estava acompanhando, acha estranho, porém não comenta nada.
As duas seguem para suas respectivas casas, ao chegar Verônica vê que antes de sair para o trabalho sua mãe havia deixado o almoço pronto, e era feijoada, por coincidência, ao abrir a panela e sentir o cheiro, Verônica não aguenta e corre para o banheiro, vomitando tudo que tinha no estômago, então escovou os dentes e foi na padaria, não ia conseguir almoçar, não suportava nem sentir o cheiro daquela comida.
Na padaria Caveira estava tomando uma cerveja ao vê-la de longe só fica filmando, e vê que estava comprando um único, pão com manteiga, e café, achou estranho, mas continuou olhando. Estava com a consciência pesada pelo que havia ocorrido, e andava preocupado, mas havia prometido a si mesmo se manter afastado dela. Mas decide fazer, algo por ela, pensando que talvez sua mãe estivesse curta de dinheiro:
— Aí o que têm de almoço hoje. — pergunta ao dono da padaria, que era boteco também.
— Hoje é Buchada. — responde o atendente.
— Vê uma marmita, para a mina sentada, lá fora, eu pago, não fala nada, que fui eu que paguei.
O atendente, vai levar a marmita para Verônica:
— Eu não pedi nada. — diz ela, confusa.
— Mas o dono me mandou entregar esta marmita por conta da casa. — diz o funcionário do boteco.
Ela abre, só que ao sentir o cheiro, sente-se enjoada, e põe a mão na boca:
— Agradeça, mas não estou com tanta fome assim. — diz Verônica, enjoada.
— Se você não almoçar, vai acabar passando mal com esse tempo. — diz o atendente.
— Estou sem fome, mas agradeço. — diz Verônica, se levantando e indo embora.
O atendente volta com a marmita:
— E aí o que rolou, mano. — pergunta Caveira, preocupado.
— Ela disse estar sem fome, mas pela cara de nojo que fez até parece estar embuchada. — diz o atendente em tom debochado.
— Cuidado com a língua, ou a corto fora e dou para os cães comerem. — diz Caveira se levantando, furioso, acendendo um cigarro, pensando o que faria, se fosse verdade o que o atendente havia dito.
Estava se culpando, pelo que havia ocorrido, mas Verônica estava evitando qualquer um que mandasse para saber dela, mas precisava saber como estava realmente aquela garota, ia ter de ir pessoalmente falar com esta, então decidi ir atrás dela.
Quando Verônica repara que estava sendo seguida por Caveira, começa a apressar o passo tentando evitar que a alcançasse, não conseguia mais, olhá-lo depois do que aconteceu, quanto mais falar com o mesmo, este ao reparar que o estava evitando, corre atrás dela e a alcança, a puxando pelo braço, Verônica tenta se soltar, mas ele era mais forte:
— Me solta Caveira, está me machucando. — diz ela ansiosamente, tentando evitá-lo.
— Calma menina, preciso falar com você. — diz Caveira, preocupado diminuindo o aperto no braço dela.
— Não tenho nada para falar com você. — diz ela se soltando finalmente dele, e saindo correndo.
Não ia conseguir falar com ela daquele jeito, e estava preocupado de que realmente estivesse grávida, a mãe dela se soubesse ia dar uma surra grande nela, ou expulsá-la de casa, ou fazer coisa pior, precisava tirar essa dúvida de algum jeito.
— Oi Caveira está tudo bem? — pergunta Juliana, curiosa ao vê-lo com o semblante preocupado.
— Não, estou bem não, preciso muito trocar uma ideia com a Verônica, mas ela tá me evitando, a todo custo. — responde Caveira.
— Quer ajuda? Pois também estou preocupada com ela— responde, a amiga.
— Qual tua ideia? Manda aí. — diz Caveira vendo que provavelmente seria mais fácil, se tivesse ajuda de alguém próximo à Verônica.
— Amanhã, não vamos ter as duas últimas aulas, minha mãe vai sair e nós duas temos um trabalho escolar para fazer e entregar, combinamos de fazê-lo em minha casa.
— Bom, vocês vão direto da escola? — pergunta Caveira.
— Sim, depois que almoçarmos, minha mãe vai ter de sair para levar meu irmão no médico, creio que vá demora em torno de umas duas horas, você sabe como é no posto, assim que ela sair, espero uns dez minutos, e dou alguma desculpa, para dar uma saída e deixá-la sozinha em minha casa, para que vocês conversem a sós — responde Juliana.
— Vou ter de esperar até amanhã, para trocar uma ideia com ela… mas é melhor que nada então, agradeço a ajuda aí, tó, não é muito, mas dá para comprar um doce, não muda de ideia não viu, mina. — diz Caveira sério, dando uma nota de cinquenta para a menina.
Verônica chega em casa, exausta, ultimamente, andava se sentindo muito cansada, e não era a primeira vez que enjoava nas duas últimas semanas, teria de consultar um médico sem sua mãe saber, para que não se preocupasse pelo seu estado de saúde, sua mãe trabalhava muito, não queria deixá-la preocupada, mas os vizinhos eram uns, língua solta, para quem ela poderia pedir, sem que sua mãe soubesse?
Enquanto estava pensando deitada em sua cama depois de um banho, refrescante acaba adormecendo.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
S Ramos
estupros com gravidez, podem ser interrompidos. Difícil criar um bebê de alguém que só a machucou e tirou a virgindade a força... Deus me livre de ficar vendo a criança todos os dias e ficar lembrando do episódio para sempre 😭
2024-12-31
3
Jossileide cardeal
ei verônica seu baile funk já começou errado agora uma BB pra tu cuidar sendo fruto de um estupro
ainda bem que tem o caveira
2023-07-21
2