Ao chegarem no carro, Caveira abre a porta do carona ao seu lado, para que Verônica entrasse, esta se senta calada, então ele lhe põe o cinto de segurança, preocupado, e se dirige até o banco do motorista, se senta, liga o motor do carro, enquanto Verônica, olhava para baixo, ele corta o silêncio, perguntando com a voz rouca, sem tirar a atenção do trânsito:
— Mina você está mais calma agora?
— O que você acha que eu tenho? Será que peguei alguma doença grave daquela noite? — pergunta Verônica com a voz fraca e preocupada, e com lágrima nos olhos.
— Você pode confiar em mim, mais uma vez Verônica? — pergunta Caveira com voz séria, porém ansioso.
— O que é? — diz Verônica.
— Promete, que vai manter a calma? — pergunta Caveira acendendo um cigarro, enquanto estavam parando no semáforo do trânsito.
— Está bem. Você sabe o que tenho? — pergunta ela receosa.
— Sim... Acho que sei o que você pode ter, e seria melhor primeiro confirmarmos, antes de levá-la ao médico — diz Caveira, sério.
— E o que é? — pergunta ela, em pânico.
— Acho que você... Pode estar grávida. — diz Caveira, a olhando sério.
— O quê??? — diz ela angustiada. — Minha mãe vai me matar....
— Não vai, não. Eu não vou deixar isso acontecer, vamos a uma farmácia, e vou te comprar um teste de gravidez, longe da comunidade, sua mãe só volta amanhã à tarde certo?
— Sim, se não tiver nenhum imprevisto... Mas e se… — diz Verônica, antes de ser interrompida.
— Se você estiver grávida, lhe prometo, que vou te assumir, não vou deixar você ser falada, será nosso segredo, direi a qualquer um que pergunte que esta criança é minha. — diz Caveira.
— Mas... Por que você faria isso? Você está louco? — pergunta Verônica, assustada com o que ele havia falado.
— Talvez porque simpatize com você, ou porque desde daquela noite tenho me culpado pelo que aconteceu, se não tivesse te levado, ou se não tivesse tirado os olhos de você, se tivesse prestado mais atenção, talvez não tivesse nessa situação, não sou o monstro que você pensa. — diz ele jogando o cigarro pela janela do carro, manobrado o carro no estacionamento da farmácia e olhando para ela. — Fique aqui, vou comprar o teste de gravidez, você o fará amanhã pela manhã, que é mais garantido de o resultado dar certo, passo na sua casa antes que vá para a escola, para vermos o teste juntos, torçamos para ser apenas uma desconfiança falsa.
Ela faz positivo com a cabeça, Caveira sai do carro e entra na farmácia, enquanto Verônica fica quieta dentro do carro, pensando que aquele monstro que vira na noite do julgamento agora estava sendo tão doce, seu coração estava disparado, mas, ao mesmo tempo, tinha muito medo dele, pois a fez matar uma pessoa sem pestanejar.
Ele entra na farmácia e logo é atendido pelo farmacêutico:
— Boa noite senhor, em que posso ajudá-lo?
— Me veja cinco dos seus melhores testes de gravidez, e um coletor de exame. — diz Caveira com a voz séria, mas um pouco constrangido.
— Certo senhor, você quer todos da mesma marca? — pergunta o farmacêutico surpreso.
— Não, me veja marcas diferentes. — diz Caveira.
— Certo senhor, sai 115 reais. — diz o farmacêutico.
— Tudo bem aqui está. — diz Caveira, entregando duas notas de cem.
— Não senhor, você deve se dirigir ao caixa. — diz o farmacêutico.
— Certo, me desculpe. — diz Caveira, pegando o cesto com os testes, e o coletor e se dirigindo ao caixa sem jeito, nunca pensou em ter de comprar algo do gênero.
Ele paga e retorna para o carro:
— Aqui está, amanhã pela manhã você vai coletar sua urina, e fazer o teste, segundo o que cada kit ensina, antes de fazer leia as orientações, vou passar na sua casa pelas 6 da manhã, se você tiver grávida, vou conversa, com sua mãe e te levar pro, meu cafofo.
— Caveira, não é melhor, tentar... você sabe. — diz Verônica.
— Você está dizendo, abortar? — pergunta Caveira, ligando o carro, e procurando não encará-la.
— Isso. — diz Verônica sem pensar.
— Conversaremos sobre isso depois, de termos o resultado. — diz Caveira, pensando que poderia estar errado sobre sua desconfiança.
Os dois retornam, calados e ele a deixa na frente de casa, esta solta o cinto, sem olhar para ele em silêncio, não tinha coragem de encará-lo, apesar dele a estar ajudando, depois de tudo que havia passado, e visto, abre a porta do carro e sai em silêncio, sem conseguir pronunciar uma única palavra, e este não insisti em forçá-la a falar, assim que sai ele arranca com o carro e vai embora.
Verônica, manda uma mensagem para Juliana, para saber do trabalho, que deveriam entregar no outro dia, como fariam, no que sua amiga lhe responde:
“ Você e Caveira tinham assuntos a resolver, fiz o trabalho, e coloquei seu nome, quando minha mãe chegou, disse que já havíamos, terminado.”
“ Obrigado fico te devendo uma” — responde Verônica
“Não tem problema, você conseguiu ir ao médico? O que você tem? E o que Caveira queria falar com você?” — pergunta a amiga.
“Não, mas amanhã conversamos, na escola, e eu te conto” — Verônica, manda essa mensagem, e desliga o celular.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Tânia Campos
Verdade,
Ele está tão se sentindo culpado que quer assumir ela e a criança!!!
Bandido bonzinho!!!
2025-01-22
1
Jossileide cardeal
ainda bem que ela não ficou brava
2023-07-22
4