capítulo 13

Capítulo 13

Thomas

Ver a Hannah brava e fingindo que não acreditava que ela mesma tinha vindo para cima de mim, foi no mínimo engraçado, mas tentei me controlar ao máximo.

Eu queria mesmo era ficar lá com ela até o dia em que viria falar com aquele investigador, mas com meus homens sendo presos, eu precisava falar com suas famílias e principalmente dar novas ordens.

Na casa do campo, avisei Mont para não tirar os olhos da Hannah, ela era esperta e com certeza aproveitaria que eu não estava e tentaria fugir, eu não podia correr esse risco, tinha muita coisa em jogo. E deixei meus outros homens bem avisados que se tocassem nela, quando eu voltasse, eles não teriam nem chance de se explicar, só de imaginar alguém fazendo mal a ela, meu sangue já fervia.

Hoje fui até a casa das famílias e deixei dinheiro suficiente para que eles pudessem se manter por quanto tempo precisasse, dinheiro para advogados e um extra, para qualquer coisa que quisessem. Eu levava a lealdade muito a sério e deixei claro, que se continuassem do meu lado, eu seria ainda mais grato. Não quis deixar nenhuma ameaça, tive medo que isso acabasse se voltando contra mim.

No fim do dia, eu estava cansado, odiava ter que me fazer de bom moço, Nick tinha vindo até minha casa da cidade para beber comigo. Eu gostava da sua companhia, éramos amigos a tanto tempo, que eu já não lembrava mais quando foi que nos conhecemos, era bom poder confiar em alguém, principalmente longe da Hannah.

Estávamos falando sobre seu cunhado.

- Como você lida com o seu cunhado policial? - perguntei curioso, enquanto servia Whisky para nós, no meu escritório. Minha casa da cidade, era mais moderna, mais luxuosa. Tudo em tons de branco e cinza, como uma arquiteta havia sugerido, arquiteta essa que eu passei uma noite incrível, mas que não me tirava os sentidos como a Hannah.

- Cara, vou dizer a você que ele dificultou as coisas no começo. Mas que agora, eu tenho meus negócios e ele segue sua vida como capitão de polícia e pai de duas crianças, visito minha irmã as vezes e mantemos tudo na encolha, Cass é tranquilo, eu só não conto nada a ele, mas se por acaso eu cair na sua mão e ele estiver acompanhado, daí me ferro, mas eu cuido bem dos negócios, você sabe disso! - Falou Nick e realmente era verdade, ele era ótimo em importar e exportar as minhas cargas.

- Mudando de assunto, conhece algum Jorge Rodriguez da Colômbia? - perguntei enquanto me sentava na minha cadeira, Nick arqueou as sobrancelhas e bebeu seu Whisky.

- Cara, que pergunta aleatória... mas não! Jorge Rodriguez não! - ele disse pensativo - Mas... Juan Rodriguez sim!

- Pois é, Juan Rodriguez também conheço! - falei estreitando os olhos.

- Já fizemos negócios com os Rodriguez, mas o chefe era Juan, com toda a certeza, por que? Algum Jorge entrou em contato com você? - ele perguntou me observando.

- Não... não! Eu me lembro dos negócios que fizemos com os Rodriguez e lembro que no fim as coisas não terminaram bem! - falei.

- Por que está me perguntando isso então?

- O sobrenome da Hannah é Rodriguez e pesquisei sobre os pais dela, mas não consegui descobrir nada, só que sua mãe é americana e seu pai colombiano!

- É só coincidência, não seja paranóico como o Anthony! - ele falou rindo.

- Deus... sabe que às vezes acho que estou ficando como ele! - falei lembrando de quando fizemos negócios juntos e o Anthony desconfiava até da sua sombra, sempre com uma granada pendurada num cinto ou num colete.

- Nem brinca, vai acabar ficando maluco! - disse o Nick - sabia que ele descobriu um filho bastardo né?

- Fiquei sabendo, Máximo o nome dele não é? - perguntei lembrando de ouvir meus homens comentando a respeito.

- Sim... casou com uma das meninas que resgatei, acredita?

- Fiquei sabendo disso também!

- Você é tão fofoqueiro quanto eu, só não assume! - ele falou rindo novamente e eu apenas revirei os olhos.

O que eu podia fazer se meus homens comentavam a respeito dessas coisas, quando eu estava junto, não ia tampar meus ouvidos igual uma criança birrenta.

Eu e Nick conversamos até bem tarde e depois fui dormir, tinha ligado para o investigador, avisando que o encontraria amanhã, ele prontamente aceitou, com certeza estava ansioso para me interrogar e me pegar em alguma fala tendenciosa.

**

Na manhã seguinte, lá estava eu numa delegacia, sentado num banco aguardando a mais de meia hora. Eu tinha certeza que essa espera toda era proposital, para me irritar e talvez até me desestabilizar, mas mal sabia ele que eu tinha o dia todo. Embora estivesse louco para voltar para a casa de campo e ver Hannah.

Quando estava beirando uma hora de espera, vi um homem de camisa xadrez, jaqueta de couro preta e distintivo pendurado no pescoço, vir até mim segurando uma pasta de papéis nas mãos.

- Senhor Thomas Noskosi? - ele perguntou parando a minha frente, então fiquei de pé.

- Sim, eu mesmo! - falei colocando as mãos nos bolsos da minha calça preta. Senti que ele me olhou estranho.

- Sou Delano Norton! - ele falou e apertou minha mão, me olhando com seriedade, se pensou que aquilo iria me assustar, estava muito enganado - pode me acompanhar por favor!

- Claro!

Segui logo atrás dele, vi que muitos policiais fardados e outros vestidos com roupas parecidas com as de Delano, ficaram me olhando e alguns até cochicharam. Eu era conhecido, tinha as minhas empresas de tecnologia, mas provavelmente, já deviam ter ouvido os boatos sobre eu ser o chefe da máfia Noskosi.

Entramos numa sala pequena, nada muito grande, mas com uma mesa e suas cadeiras, havia uma pequena janela atrás da mesa.

- Sente-se por favor! - disse ele se sentou. Fiz o mesmo.

- Então Norton, sobre o que gostaria de conversar? - perguntei cruzando meus dedos em cima das minhas pernas e apoiando minhas costas na cadeira, o mais relaxado possível.

- Serei direto! Nenhum de nós tem tempo a perder. Sei que é o novo chefe do seu cartel, sei que seu pai morreu recentemente num confronto com outros mafiosos, sei que você trafica armas e drogas. Vou pegar você de um jeito ou de outro, pode ser do jeito fácil, ou do difícil. Vou deixar que escolha, mas saiba, um dos seus homens vai abrir o bico, se não esses que já prendemos, outros que iremos prender, vamos fechar a cerca ao seu redor o máximo que conseguirmos, eu não vou parar até que você esteja atrás das grades, junto com os Valente, os Kalanmar e os Guinters. Vou dar a você a chance de me contar todos os esquemas e negócios ilegais aos quais vocês fazem junto, se cooperar, posso reduzir sua pena! Caso contrário, vai apodrecer na cadeia, isso se eu não conseguir pena de morte para vocês todos!

- Primeiro, não faço ideia do que você está falando, todos estes sobrenomes são dos meus amigos sim, não nego. Mas não estamos ligados a esquemas ilegais. Tudo que fazemos a atuar no ramo da tecnologia, como bem sabe! - falei com toda a calma do mundo, as palavras dele não me abalam em nada, porque se ele tivesse algo, nós todos já estaríamos presos numa cadeia de segurança máxima - segundo, você não pode sair por aí nos acusando destas coisas sem provas, isso pode dar um processo bem caro para você, mas como sou generoso vou ignorar suas acusações!

- Me poupe Noskosi, não somos crianças! Pode se fingir de bom moço, de homem de negócios e até mesmo de pai de família, mas eu jamais vou cair nessa, eu sei que vocês são mafiosos, é questão de tempo até que eu consiga as provas que preciso! - ele falou estreitando os olhos e ficou de pé - mas se não quer cooperar, infelizmente também não serei bondoso no futuro, sua chance passou, vou tentar com seus amigos, quem sabe um deles seja mais esperto e resolva aceitar a redução de pena!

- Boa sorte! - falei ficando de pé e sorri para ele - se era só isso, estou indo, preciso ir ver minha noiva!

- Noiva? Estou ansioso para conhecer a felizarda, ou devo dizer coitada?

Eu apenas respirei fundo e caminhei até a porta.

- Cuidado com as palavras Norton! - falei calmamente.

- Está me ameaçando Noskosi? - ele perguntou e me virei para olhar em seus olhos, ele estava furioso.

- Jamais Norton, apenas avisando, não gostaria que nada de ruim acontecesse a você ou sua família! - disse abrindo a porta - nos vemos por aí Delano!

Ouvi quando ele suspirou alto, claramente iria ficar paranóico agora, mas eu não iria fazer nada contra ele ou sua família, desde que ficasse bem longe de mim e dos meus negócios, caso contrário, as coisas poderiam mudar...

xxxx

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Seus votos, curtidas e comentários também são muito importantes para a divulgação do livro ❤️.

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Comments

Maria Silvestre

Maria Silvestre

kkkkkkkkkkkkkkk

2023-10-16

3

Gilvania Santos

Gilvania Santos

kkkkk que comece os jogos

2023-08-07

2

Soraya Zaidan

Soraya Zaidan

Ahhh querida Priscilaoliv tem outros romances contando as sagas deles? Me fala que já anoto pra ler depois desse.🥰🥰🥰

2023-07-03

0

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