capítulo 12

Capítulo 12

Hannah

Quando despertei, não abri meus olhos, mas senti que meu corpo estava colado a algo quente e forte.

Era o corpo do Thomas.

Dei um pulo da cama, ficando de pé e abaixei minha camisola que estava enrolada ao redor da minha cintura. Ainda com minha visão se ajustando ao quarto que estava escuro, porém com alguns raios de sol entrando pelas frestas das cortinas, vi o sorriso malicioso esculpido no rosto dele.

- Está acordado? Por que não saiu de cima de mim? - perguntei brava com as mãos fechadas em punho ao lado do corpo.

- Sim estou acordado e não tinha com eu sair de cima de você, sendo que era VOCÊ que estava em cima de mim, suas mãos, suas pernas... - ele falou erguendo as sobrancelhas e alargando ainda mais seu sorriso.

- Eu jamais iria para cima de você! Aposto que foi você quem me puxou para seus braços! - falei irritada  e cruzei os braços.

- Querida Hannah, você pode fingir que não me quer, mas seu corpo busca o meu! - ele disse rolando para fora da cama, seus músculos pareciam ainda maiores e vi que ele estava com uma ereção marcando na cueca, senhor... por que ele tinha que ser assim tão forte e bonito?

- Meu corpo não busca pelo seu, você que é convencido demais! - falei com indiferença.

- Diga o que quiser, mas a noite em que passamos me disse tudo que eu precisava saber, é só questão de tempo para que você se renda a mim!

- Acha que uma noite comigo diz tudo a meu respeito? Por favor, querido, se toca! - falei revirando os olhos.

- Ah, eu me toco e muito, pensando em você gemendo e de quatro na beira da cama! - ele se aproximou enquanto falava, Thomas ficou bem próximo, mas não me tocou.

- Seu nojento! - bufei dando um passo para trás e me desequilibrei, mas rapidamente, Thomas me pegou pela cintura e me puxou para seus braços.

- Pare de fugir daquilo que você quer... - ele falou no meu ouvido com sua voz rouca e quase me perdi naqueles seus braços fortes e naquele peito malhado com a tatuagem emoldurando seu corpo.

- Fugir do que eu quero? - perguntei com raiva - sabe o que eu quero? Sumir daqui, não ser mantida em cativeiro! - falei quase berrando e Thomas teve a audácia de sorrir.

A raiva tomou conta de mim e quando me dei por conta, já tinha metido a mão na cara dele. Thomas fechou os olhos e suspirou alto. Mas não se abalou, nem me soltou.

- Você deveria parar de me bater, eu nunca levantei a mão para você Hannah. Mas um hora você pode não me pegar num bom dia e posso não responder por mim! - ele me advertiu.

- Isso é uma ameaça? - perguntei entre os dentes, sem um pingo de medo dele.

- Não! - ele falou apenas isso.

- Então me solte! - exigi, tentando empurrar o peito dele com minhas duas mãos, mas foi o mesmo que tentar mover um caminhão.

Thomas ficou me olhando nos olhos por alguns segundos, o que me deixou completamente sem fôlego. Mas ele me soltou logo em seguida, senti o ar frio percorrer a frente do meu corpo.

- Sabe que as pessoas vão sentir minha falta, não sabe?

- Sei que você perdeu o emprego e que seu namorado a traiu e terminou com você, tudo isso semana passada. Sei também que você não fala com seus pais a um tempo e que tem a mania de sumir por alguns períodos de tempo e logo reaparece! - falou ele cruzando os braços e pareceu que seus músculos iam explodir de tanto que se intensificaram.

- Como... como sabe todas essas coisas? - perguntei gaguejando.

- Eu tenho olhos e ouvidos em toda a parte, fora que olhei seu celular! - disse ele e eu arregalei os olhos - você posta muitas coisas nas redes sociais e conta muitas coisas a sua amiga- disse ele.

Deus... Georgina... Ela nem deve estar sentindo minha falta, porque eu tinha dito a ela que queria sumir no mundo para que as pessoas sentissem minha falta, ele com certeza viu essa conversa e deve ter achado isso a seu favor.

- Como teve coragem de olhar meu celular? E como conseguiu minha senha?

- Aproveitei enquanto você estava dormindo, usei sua digital, mandei algumas mensagens para que ninguém se preocupasse. Mas não achei o número do seu pai. Só da sua mãe e ela não anda respondendo suas mensagens, enfim... seu pai ainda mora na Colômbia? Sua mãe é americana, certo?

- Como sabe todas essas coisas? - perguntei e minha voz saiu fina e rouca, eu estava com muita raiva. E realmente preocupada.

- Já disse, tenho informantes, mas também fiz minhas pesquisas no dia em que deixei você na sua casa. Agora me diga, seu pai se chama Juan Rodriguez?

- Não, é Jorge o nome dele! - falei franzindo as sobrancelhas - por que quer saber?

- Conheço um Juan Rodriguez e fiquei na dúvida, só isso!

- Você com certeza não conhece meu pai! - falei bufando.

- Por que vocês não se falam mais? - ele perguntou interessado, me olhando nos olhos, ainda com aqueles braços enormes cruzados.

- Isso não é da sua conta, brigamos por uma bobagem, logo vamos nos acertar, principalmente quando ele sentir minha falta! - falei abrindo um sorriso de vitória - e ele vai mandar o mundo todo atrás de você!

- Veremos... - ele falou sem se abalar nadinha. Depois foi em direção ao banheiro.

Desgraçado, filho da mãe, ele não tinha medo, parecia não ter medo de nada.

Eu estava apertada, então fui até o banheiro e fiquei na porta, ele estava escovando os dentes.

- Preciso usar o banheiro! - falei baixo.

- Pode usar!  - ele falou tirando a escova de dentro da boca.

- Não vou usar na sua frente, me dê licença! Ou será que nem ao banheiro posso ir sozinha? - disse brava e ele sorriu. Idiota.

- Claro que pode! - ele passou por mim, tão perto que virou levemente o corpo e seu peito forte passou bem próximo ao meu rosto, me fazendo sentir o cheiro do seu perfume amadeirado. Estava bem fraco, mas devido a proximidade eu pude sentir.

Usei o banheiro, me demorando bastante, para irritar ele. Porque eu já tinha notado que ele gostava de tomar banho de manhã.

Quando saí do banheiro, ele estava encostado no batente da porta de braços cruzados, por que ele vivia de braços cruzados?

- Não gostaria de demorar mais alguns minutos? - ele perguntou claramente irritado.

- Na verdade, amanhã vou levar o dobro de tempo! Antes de você poder usar! - falei passando por ele e senti que seu olhar me acompanhou.

- Bom para você, porque vou para a cidade hoje e só voltarei daqui dois dias! - ele disse.

- Vai me deixar dois dias trancada dentro do quarto? - perguntei me aproximando a largos passos de Thomas, ficando próxima. O que me fez lembrar do quanto eu era pequena, comparada àquele homem que deveria ter dois metros de altura.

- E se eu deixar, o que vai fazer? - ele perguntou segurando um sorriso.

- Vou quebrar tudo e se conseguir, coloco fogo na sua casa, quando você voltar não vai haver nada além de cinzas aqui! - disse entre os dentes.

- Eu desafio você a fazer isso e não morrer queimada no processo! Essa casa é de madeira, uma fagulha é suficiente para que a casa queime inteira em poucos minutos! Você não conseguiria chegar à porta sem que antes o fogo a alcançasse!

Fiquei muda, imaginando a cena. Eu morreria, ele tinha razão, mas Thomas ficaria muito bravo, o que no fim, seria uma vitória para mim, mas que eu não poderia aproveitar!

Thomas abriu um sorriso vendo que fiquei sem argumentos e se virou indo para o banheiro.

- Para sua sorte, estou de bom humor e vou deixar você livre... pela casa claro, pode explorar o jardim se quiser também! - ele disse.

Fui atrás dele e entrei no banheiro. Thomas me olhou por cima do ombro e começou a tirar a sua cueca, sem se importar que eu estava ali.

Por que ele tinha que ser assim? Atrevido e... com o corpo de um Deus?

--

Priscilla

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Comments

Ana Lécia Dias Miranda

Ana Lécia Dias Miranda

ai também tou achado que ele é mafioso

2024-05-27

0

Kariny Kelly

Kariny Kelly

será que o pai não é da máfia ?

2023-12-07

3

Valdeci Morais

Valdeci Morais

Está chato

2023-06-07

0

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