capítulo 7

Capítulo 7

Hannah

Tudo ficou escuro por alguns segundos, senti como se tivesse saído do meu corpo, eu ainda sentia as mãos daquele homem em mim, mas era como se meu cérebro tivesse desligado, eu não tentei mais lutar.

Até que a porta do meu lado se abriu e alguém puxou aquele homem de cima de mim. Então eu pisquei várias vezes e sacudi minha cabeça, depois desci do carro. E vi a situação.

Thomas estava apenas de bermuda, com todos os seus músculos à mostra. Ele desferiu intermináveis socos no rosto daquele homem, que já estava com sangue acumulado ao lado da boca e com os olhos inchados. Thomas não parou até que o homem pareceu estar desmaiado, depois ele puxou um revólver de calibre pequeno que estava preso na lateral da sua bermuda, apontou para a cabeça do homem e disparou sem sequer pestanejar, me deixando ainda mais assustada.

Coloquei minhas mãos na frente da minha boca e arregalei os olhos. Aquele homem estava morto.

O barulho foi ensurdecedor. Thomas jogou a arma no chão ao seu lado e veio até mim. Eu estava desnorteada e perdida ainda. Ele falou comigo, me sacudiu e acho que talvez até gritou. Mas eu estava em completo choque, não consegui fazer nada. A não ser olhar para o cadáver daquele homem a pouco menos de dois metros de mim.

Thomas me pegou em seus braços e me carregou para dentro até o quarto em que passamos a noite.

Eu simplesmente não conseguia me mover. Ele sentou na cama comigo e me deitou ali. Depois vi quando ele andou de um lado para o outro, passando as mãos pela sua cabeça, ele parecia bravo, parecia furioso. Depois de algum tempo, não sabia exatamente se havia se passado minutos ou talvez até uma hora, Thomas se aproximou e tentou tocar meu rosto, foi aí que eu voltei a mim. Me assustando com sua proximidade.

- Não me toque! - falei baixo e dei um tapa na sua mão.

- Lembrou como se fala! - ele disse me deixando confusa, mas devia ser algo a ver com eu não ter dito nenhuma palavra, ou sequer me movido.

- Você... você... matou aquele homem? - perguntei e minha voz saiu falhada, eu sabia a resposta, eu tinha visto.

- Ele ia estuprar você! - Thomas falou com ódio quase palpável, fechou seus olhos e vi que suas mãos ficaram em punho. - Que merda Hannah, você ia fugir?

- Achou que essa noite de prazer iria me fazer esquecer que me SEQUESTROU? - gritei a última palavra e Thomas se aproximou.

- Não levante sua voz para mim, eu não respondo bem a isso! - ele disse e eu apenas bufei, não estava mais nem aí.

- Você me sequestrou e acha que pode me dizer o que fazer? Acho que vai ter que me matar, assim como matou aquele homem! - falei cruzando os braços e o olhei com nojo.

- Vou tolerar isso porque você acabou de quase ser estuprada e não está pensando direito! - ele disse indo para a porta - nos falamos quando você se acalmar!

Thomas abriu a porta, tirou a chave que estava pelo lado de dentro, me fazendo arregalar os olhos. Assim que ele encostou a porta, ouvi o clique.

Ele tinha me trancado ali.

- NÃO! - gritei dando um pulo da cama e comecei a esmurrar a porta, com toda a minha força.

Não sei quanto tempo eu gritei e esmurrei a porta, mas em certo momento minhas forças se acabaram e eu sentei no chão ao lado e chorei, até que meus pulmões doessem, até que a raiva fosse tomada pela tristeza.

Ouvi o clique da porta destravando e peguei um vaso de flores que estava num aparador ao meu lado, fiquei de pé esperando que Thomas entrasse.

Mas desisti assim que vi uma senhorinha rechonchuda de avental entrando acompanhada de um segurança. Ela viu quando eu larguei o vaso. Seu rosto foi de alívio e preocupação ao meu olhar, eu devia estar de fato um horror.

A senhora segurava uma bandeja cheia de comida nas mãos.

- Pode ir Mont! - ela falou em tom de autoridade -  vou ajudar ela a tomar banho e se vestir, quando eu terminar chamo você!

O tal Mont nos deu uma última olhada  e se retirou. Ela esperou alguns segundos e se aproximou. Mas viu quando enrijeci o corpo e logo parou me observando com cuidado.

- Não precisa me ajudar com o banho e nem a me vestir, não sou criança! - avisei ela.

- Me chamo Marga e não iria ajudar você nisso, só queria que aquele brutamontes nos deixasse a sós.

- Por que? - perguntei desconfiada.

- Porque preciso dar a você alguns avisos! - ela falou e foi até a bandeja que ela tinha deixado em cima da cama, serviu leite do bule numa xícara e depois colocou café - quer açúcar?

- Não... - falei baixo e ainda muito desconfiada dessa senhora.

- Primeiro aviso - ela disse se aproximando novamente e me entregou a xícara, cheirei disfarçadamente e depois bebi - Não teste a paciência do senhor Noskosi, ele costuma ser bondoso com todos, mas se for testado, ele explode com facilidade. Segundo aviso se fazer de prostituta no meio de um bando de homens que ficam mais tempo aqui no campo, do que na cidade, não vai dar certo. - ela falou o que eu já havia descoberto, tarde demais. -  Terceiro aviso, Thomas deve estar neste exato momento pensando se vai ou não matar quem mais participou do atentado... enfim, não fique surpresa caso haja mais mortes, então não faça mais isso, mas também não se culpe. Não é como se algum deles fosse inocente! - ela falou me olhando e parou para respirar - tentar fugir desse jeito e ainda quase ser estuprada, não podia dar em outra coisa. E Thomas é o chefe, ele jamais poderia deixar isso passar em pune. Ele precisa mostrar quem manda e deixar claro que se tocarem em você, estarão todos mortos! - ela parou para respirar mais uma vez, e seguiu. - Meu conselho mocinha é que aceite seu destino, Thomas é um bom homem e logo você irá se apaixonar por ele. Não dificulte as coisas. E o quinto e último, Thomas quer você, ele precisa de você.

Me quer? Precisa de mim? Ah por favor, não é como se ele estivesse apaixonado por mim, obcecado talvez, mas só.

- Está me dizendo que devo simplesmente aceitar que fui sequestrada e seu chefe é meu dono? - perguntei incrédula.

- Sim, é o que estou dizendo!

- Por que você não me ajuda a fugir? - perguntei com raiva e minha voz saiu fina e esganiçada.

- Não posso, querida. Se pudesse juro que ajudaria! - ela falou e pareceu sincera. Vi quando a culpa e a pena percorrem seu rosto.

xxxx

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Para quem não está entendo, este livro é sim o antigo "O chefe da máfia" mas precisei excluir, por isso não terminei no antigo e precisei trocar de nome. Agora seguirei com os novos capítulos utilizando o nome "Sequestrada, Máfia Noskosi". Quem estava lendo antes, eu havia publicado até o capítulo 15. Então até o fim da semana tudo deve normalizar.

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Comments

Zete Campos

Zete Campos

tô amando essa história parabéns autora pelo seu trabalho. Quero que se apaixone ela e ele lindo casal.

2024-09-10

0

debora ribeiro

debora ribeiro

já tinha aceitado kkkkkkkk

2024-05-15

0

Kariny Kelly

Kariny Kelly

nossa eu já tinha casado kkkkk

2023-12-07

2

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