Capítulo 11

Peguei um que era inteiro para a família dela, estava escrito

" Com amor para minha mãe, meu menino, meu irmão "

Outros dois

" Para a esposa do meu marido "

" Para a mãe da minha filha " 

Peguei os três, voltei a caixa no lugar e sai correndo de lá, tentei deixar tudo organizado como estava, coloquei um vestido às pressas, fui acelerando a Joana, sai até sem comer, quase tudo estava no carro mesmo, levei a Joana e o Otávio comigo, fomos bem cedinho, chegamos lá eram quase 9:00 horas, fui para a pousada, tomei banho me troquei, comi super rápido, deixei a Joana com o Otávio na pousada e fui sozinha ao velório, o Paulo nem tinha me respondido mais nada, ninguém tinha me mandando nada também, nem o Tariq. 

O velório era perto do centro, cidade mais pequena, achei facilmente, desci do carro apreensiva, estava de calça jeans, tênis e uma camiseta polo preta simples. 

Quando cheguei tinham poucas pessoas, o velório era bem pequeno, todos ficaram já me olhando, percebi que começaram falar de mim entre si, vi o caixão, algumas pessoas próximas chorando, mais ninguém era conhecido meu, olhei ao redor e não achei o Paulo, quando eu ia pegar o celular pra ligar, o João se aproximou por trás e falou que o Paulo estava sentado do outro lado sozinho, abracei o João, falei que sentia muito, ele disse que a maior preocupação era com a Ana, que estava com a pressão muito alta, me levou até o Paulo, me aproximei e ele nem percebeu, estava de cabeça baixa, sentei no banco do lado dele, segurei em sua mão, foi entrelaçando nossos dedos e falei apreensiva com medo dele reagir mau

- Oi, sinto muito pela sua perda, vim ficar com você. Não deu pra vir a noite!

Ele entrelaçou os dedos nos meus correspondendo, apertou a minha mão e respondeu chorando

- Oi Ka. Preciso de você!

Falei já chorando junto 

- Eu sei, tudo bem! Vem aqui. 

Nos abraçamos forte, falei pra ele

- Tô aqui pra você. 

Ele estava arrasado, se sentindo culpado, começou me contar como foi, pelo o que entendi, estavam brigando muito na casa deles nos últimos tempos, tentei dar um apoio, ser solidária a dor deles, os dois ficaram sentados um ao lado do outro e eu do lado do Paulo de mãos dadas todo o tempo, algumas pessoas se aproximaram pra falar com eles, tinha gente batendo papo também, dando risadas, um povo mau educado, fui pegar água, servi os dois, tentei ficar próxima do João também.

Na hora do enterro chamaram eles, notei que não queriam ficar perto do caixão, o Paulo carregou e o João não porque estava machucado ainda, ele ficou próximo a mim, acabei chorando porque lembrei de tudo da Layla, a morte dela, nossos últimos dias juntas, também pensei nos meus pais, como foi enterrar eles e de uma vez só. Me aproximei do Paulo, ele falou da Layla, disse que ela deveria estar lá no túmulo da família, disse que a Ana teve que ir para o hospital, porque não aguentou ficar lá e que estava com uma vizinha deles. Depois do enterro o Paulo disse que ia para o hospital ficar com a mãe, falei que iria junto, mais o João e uma tia deles não deixaram, porque ele estava sem dormir a dias, porque tinha ficado com o Cícero e já tinha amanhecido no velório também, perguntei se ele queria ver o Otávio, oque queria fazer, ele nem acreditou que eu tinha levado o neném, falei próxima a ele abraçada 

- Claro que eu trouxe, não ia deixar ele e eu achei que você fosse precisar da sua cria papai. Vamos lá?

Ele agradeceu, me deu um beijinho na boca, fomos para meu carro e passamos na pousada, ele não quis pegar o neném no colo porque estava " sujo ", e o Otávio estava dormindo também, deixei a Joana lá sozinha e fomos para o sítio nós três, a primeira coisa que o Paulo fez, foi ir tomar banho e trocar de roupa, abri as janelas, lavei a louça, quando ele voltou, o Otávio estava acordado no carrinho, o Paulo o pegou no colo, ele estranhou, começou chorar quis ir comigo, aquilo deixou o Paulo ainda pior, ele disse que o próprio filho nem sabia quem ele era, falei que ele estava com fome, tentei disfarçar mais era verdade, foi difícil o Otávio aceitar ficar perto dele, mais com jeitinho ele foi aceitando, fui tomar banho e dei no Otávio, o Paulo pegou ele, trocou e deitou, dormiram juntos, o Paulo dormiu direto a tarde toda, limpei a casa, fiz o jantar, acordei ele pra comer era mais de seis horas já, o João ligou pra dar notícias, disse que a Ana estava melhor, mais que iam dormir no hospital ainda e disse que era pro Paulo ficar em casa e descansar. 

Deixei o Otávio com o Paulo pronto pra dormir, fui lavar a louça e começou chover muito forte, vi que Otávio só ia dormir se mamasse e peguei ele, o Paulo se aproximou, eu estava na sala, ele disse que ia tomar banho, sentou perto, coloquei a mão no rosto dele, fiz carinho, falei

- Vamos deitar logo, você deve estar cansado. Amanhã tudo vai estar melhor! 

Ele levou a minha mão até a boca e beijou, começou falar que eu era muito mais do que ele merecia, respondi sentida

- Por favor, não vamos falar dessas coisas.

Ele respondeu levantando 

- Obrigada por ter vindo. Eu não merecia isso, você não existe Kamile!

Levantei também, dei um selinho e respondi

- Não fala mais nada, só aproveita que estamos aqui, juntos. Eu vou embora amanhã cedo. 

Ele me olhou decepcionado, falou confuso

- Você vai? Kamile? 

Fui indo para o quarto, falei que precisava ir, ele perguntou bravo 

- Vai se casar? Kamile? P.u.t.a merda! 

Ele deu um soco na porta irritado, e foi para o banheiro, fiz o Otávio dormir, comecei chorar porque não queria deixar o Paulo de forma alguma. 

Aquela chuva forte inundou nosso silêncio e eu sabia que ele estava arrasado, da maneira mais profunda que poderia estar, como eu nunca vi antes, eu não sabia se teríamos mais chances de nos encontrar a sós e eu queria dizer muitas coisas a ele, meu grande amor, a minha metade, eu estava me afogando em meus sentimentos, eu não seria capaz de negar qualquer coisa a ele, eu faria simplesmente tudo e implorei dentro de mim, pra ele não pedir nada, ou estaria tudo acabado, casamento, contrato e a minha paz. Me peguei pensando que eu errei, como não poderia nunca, o problema maior não era casar com outro, mais sim com o Tariq, um homem que tanto os prejudicou, me perguntei se talvez, o Paulo não estivesse sempre certo, dizendo que eu queria aquilo, me casar com aquele homem terrível e com sentimentos bons por ele. Arrumei o Otávio no canto da cama, vi que o Paulo estava demorando, fui até o banheiro, bati e entrei, me aproximei lentamente, fui o tocando no rosto dele fazendo carinho, falei sentida 

- Vem, você precisa descansar, vamos deitar.

Ele acariciou meu rosto sutilmente e me deu um beijinho suave na mão, continuou no chuveiro, fui no quarto, peguei a minha toalha e a dele, fui para o banheiro já nua e entrei no chuveiro junto dele, ele estava de costas com a cabeça encostada na parede cabisbaixo, percebi que estava chorando, me aproximei e o abracei por trás, ele colocou as mãos em cima das minhas, me fazendo o abraçar mais forte e chorou muito sentido, comecei chorar junto e não sabia oque fazer por ele, em um silêncio completo ele se virou de frente pra mim, me olhando nos olhos, pedi perdão, ele foi enfiando a mão no meio do meu cabelo, embolou a mão e puxou muito forte, como quem estivesse com raiva de mim, querendo me machucar, submissa eu fechei os olhos e levei minhas mãos em seu rosto e pescoço, acariciando pedi perdão de novo, ele chegou perto quase beijando e falou sério com firmeza

- Você não deveria estar aqui.

Tentei o beijar e tomei um puxão no cabelo, pra me afastar, falei de olhos fechados

- Eu preciso de você! 

Ele me beijou intensamente, puxando meu corpo contra o seu, me senti imensamente viva, em chamas, com calafrios pelo corpo todo e um desejo desenfreado por ser feita dele, pela última vez, implorando muito por ele, o afastei um pouco, sussurrando entre os beijos

- Vem, quero você, faz amor comigo, preciso de você. Vem! Te quero. 

Ele me segurou pela garganta e me beijou, comecei o tocar intimamente, olhando em seus olhos fui o mast.u.rba.ndo com firmeza, ele soltou minha garganta, parei de beijar, me abaixei e o coloquei em minha boca, suguei com toda minha força, alternando as chupadas com lambidas, ainda o tocando com as mãos também, ele agarrou suas mãos em meu cabelo e o puxou como nunca fez antes, quase me fazendo engasgar foi enfiando tudo na minha boca até a garganta, continuei chupando cada vez mais rápido e fui interrompida, por um puxão forte no cabelo, que me fez levantar e o beijar, como se não houvesse amanhã, nossas línguas e lábios estavam conectados em uma sincronia perfeita desenfreada, como sempre foi aliás. Em um passe de segundos, ele me encostou na parede com força, bati a cabeça e costas, até parei de beijar alguns instantes, ele se aproximou de mim, foi pegando minhas pernas, abrindo sem demora e se enfiando no meio, me ergueu em seu colo empurrando meu corpo contra a parede e me pene.trou o mais fundo que pode, com toda força, meu coração pareceu parar quando eu o senti dentro de mim daquela forma, meus batimentos foram disparando, fechei os olhos, o ar faltou e gemi alto, cada vez mais, conforme ele me pegava forte como quem me odiasse, envolvi meus braços em volta dele, o arranhando e tentei beijar, ele virou o rosto e eu fechei os olhos, entregue a aquele desejo imenso, o sentindo me invadir como nunca havia feito antes, meteu com muita força e foi incrível, eu queria aquilo, fui goz.ando em minutos agarrada a ele, o encharcando e querendo mais, tive orgasmos múltiplos e ele gozou em mim, eu pude o sentir pulsando, unido a mim sendo um só e cheguei ao clímax de novo, junto dele, com as costas esfoladas e o corpo mole em seus braços, submissa, me aproximei pra beijar e ele finalmente me beijou, soltou minhas pernas, fiquei em pé, ele ficou próximo, abraçando beijando muito, grudado a mim, como quem precisasse de meu beijo para sobreviver, ele começou chorar muito, balançou a cabeça que não, falei não deixando ele se afastar

- Paulo, calma, eu tô aqui, amor tá tudo bem. Respira! Ei, calma, por favor. 

Ele falou " desculpas " respondi pegando o shampoo

- Eu preciso de você, confio em ti, sei que não vai me machucar. Vem aqui. 

Comecei dar banho nele, tomei também, e não falei mais nada, depois de um tempo fomos saindo do chuveiro, eu o peguei pela mão e fui no quarto do João, coloquei ele sentado na cama e tirei a toalha, sentei no colo dele e o beijei, o senti ficando excitado, sentindo a necessidade de o ter o máximo possível, o coloquei dentro de mim, comecei rebolar lentamente o sentindo, ele foi deitando e me deixou por cima, começamos nos beijar e eu go.zei chorando, por o amar demais e ter sido fraca para o perder, o nosso sentimento era real e único, mesmo sem falar nós sabíamos, era uma despedida e a mais dolorosa de todas.

Ele me beijou muito, exausta deitei em cima dele abraçada, ele falou que me amava, respondi indo deitar e o puxando pra cima de mim

- Você é o meu amor Paulo César. Me perdoa por não ter sido tudo oque você sempre mereceu! 

Ele foi beijando meu pescoço, chupando os s.e.i.o.s descendo puxando meu corpo pela cintura contra o dele, me apertando, ia começar me chupar, parou e voltou pra cima, falei 

- O que foi? Não tá com cabeça pra isso? A gente pode só dormir!

Ele respondeu sério

- Você está dormindo com ele Kamile? 

Balancei a cabeça que não de imediato, ele respondeu se sentando na cama

- Não mente pra mim Kamile, fala a verdade! Ao menos uma vez.

Falei que não tinha acontecido nada, que eu não tinha porque mentir, que gostava dele e estava lá por ele, fui beijando carinhosa, ele me rejeitou, se deitou, falei ajoelhada próxima a ele 

- Eu sempre serei sua, independente do que aconteça, você tem tudo de mim, meu coração é seu. 

Eu estava quase chorando, ele me puxou pra cima, me guiando pra sentar em seu rosto, segurei na cabeceira da cama, ele começou me chupar, tocando toda minha intimidade com as mãos e me penetrou com os dedos por trás, me levando a níveis altíssimos de prazer, eu estava muito excitada, falei saindo de cima do rosto dele

- Vem e me pega por trás, de quatro, me mach.uca! 

Ele foi levantando, se ajoelhou atrás de mim, me coloquei em posição toda empinada, fui abrindo o bumbum e pedi me tocando atrás 

- Vem, eu quero! 

Ele começou por os dedos atrás penetrando devagar, me penetrou na frente, falei " machuca / vai mais forte " ele me pegou com força segurando na cintura e quando eu ia alcançar o êxtase de novo, ele tirou e colocou atrás de uma vez, com precisão e força, gemi de dor e prazer, ele foi estocando devagar entrando e saindo, puxou meu cabelo muito forte e me deu um tapão no bumbum, me pegou com força, me fazendo gemer alto e gozamos juntos, aquilo nunca tínhamos feito antes, ele saiu de dentro de mim, com medo de ter o sujado fui levantando, com as pernas bambas exausta, me fechei no banheiro, comecei me limpar tomei banho, quando sai ele entrou, nos beijamos, fui arrumar a cama e coloquei uma camisola que tinha deixado lá nas coisas dele, deitei no colchão no chão, ele logo veio e deitou comigo, só de cueca, perguntou se eu estava bem, eu entendi que era fisicamente, falei que sim, deitamos abraçados, acabamos dormindo um pouco, acordei e fui tirando a camisola, subi em cima dele o acordei com beijos, ele já acordou excitado, se colocou dentro de mim rapidamente, logo me colocou deitada, ficou por cima, a gente não queria parar de ficar, fizemos quase a noite toda, ficamos muito tempo só beijando agarrados, trocando carinho, foi realmente incrível, super diferente, a gente se curtiu muito e aquilo era devastador. Chorei de tristeza, sabia que aquilo era uma despedida, ele não ia me aceitar pela metade e eu nem podia fazer aquilo, ficar casada com um e dormindo com o outro, tomamos banho juntos de manhã, ele falou abraçado comigo por trás

- Porque você veio? 

Falei que pra ficar com ele, ele saiu de perto e respondeu

- Você vai continuar com ele, não vai? Fala a verdade.

Desliguei o chuveiro me enrolei na toalha e respondi

- Sim. É complicado!

Ele respondeu irritado

- Complicado né, você quer que eu faça o que enquanto isso? Te espere?

Falei que nunca pediria aquilo a ele, que apesar de gostar muito dele, eu achava que não era pra ser, que as nossas vidas tinham que se cruzar e dar frutos, mais não permanecerem juntas, fui para o quarto me vestir, ele respondeu

- Você veio aqui pra terminar de uma vez é isso? Depois de tudo o que aconteceu, você vai embora como se não tivesse a menor importância as coisas entre nós Kamile?

Respondi quase chorando

- Não deixa tudo mais difícil por favor, você sempre vai ser o pai do meu filho e o que sinto por você vai ficar guardado aqui. 

Ele me abraçou e falou super chateado

- Te amo Kamile, sinto muito que não tenha te amado o suficiente como você merecia. Você é a mãe do meu filho e sempre vai ser a mulher da minha vida! 

Ficamos abraçados em silêncio, deitamos juntos pra dormir, era 5:00 da manhã, não falamos mais nada, nós dois sabíamos que só íamos nos ferir mais e mais falando sobre nossa situação terrível.

Depois acordei no susto com o meu celular tocando, era a Eduarda desesperada, ela falou nervosa 

- Oi Ka, Kamile? Tudo bem? Tá me ouvindo? Acabei de chegar na sua casa, no dia do seu casamento e soube que você não está aqui desde ontem, oque está acontecendo Kamile?

Respondi sonolenta 

- Oi Eduarda. Fica calma, antes da hora do almoço eu tô ai, depois a gente conversa. Tá tudo bem! Tô ouvindo sim.

Ela perguntou se eu realmente ia, disse que estava sozinha e eu podia falar a verdade, respondi

- Já falei que vou. Fica tranquila! Tchau beijos, preciso desligar. Confia em mim! 

Assim que desliguei o Paulo perguntou quem era, falei que era a minha irmã, ele respondeu levantando 

- Quem vai casar hoje? Eu ouvi ela falando de casamento. Kamile?

Fiquei quieta, o Otávio acordou, fui deitar com ele, comecei dar mama, o Paulo falou extremamente decepcionado 

- Você não ia nem me contar? 

Falei sem jeito envergonhada 

- Não sei.

Ele saiu do quarto não disse mais nada, logo entrou começou se trocar e falou

- É melhor você ir embora logo, estão te esperando, a noiva não pode faltar não é?

Eu nem podia falar nada, estava toda errada e sabia disso, levantei, troquei o Otávio, fui colocando roupa querendo chorar, arrumei as coisas, ele já estava trocado, perguntou se eu podia deixar ele na cidade, balancei a cabeça que sim, ele não falou mais nada comigo, ficou pra fora com o Otávio no colo, quando fiquei pronta fui saindo, ele falou ainda na estrada de terra " vou no hospital " fiquei quieta, ao chegarmos lá estacionei e fui descendo do carro, como estava cedo, decidi ir ver a Ana um pouco e levar o Otávio, o Paulo encontrou o João e ficou sem nem me olhar, conversei com a tia deles e entrei rapidinho, eu queria falar do diário da Layla e não tive coragem, a Ana estava abatida, muito inchada de tanto tomar soro e remédios fortes, ela ficou feliz por ver o neto, lamentou pouco pela perda do marido e já perguntou se íamos voltar, o Paulo tinha acabado de entrar no quarto, respondeu me olhando sério 

- Ela já está de saída mãe, vai se casar com outro hoje! Passou a noite toda comigo, mais foi só bobeira. 

O jeito que ele falava, fazia eu me sentir a pior pessoa do mundo, fiquei quieta, falei que precisava ir embora, quase chorando, a Ana falou também sentida confusa 

- Vá menina, Deus lhe abençoe. Meu Neto Deus lhe acompanhe! 

Me despedi dela, o Paulo tinha saído do quarto, passei por ele antes de ir embora, falei pra ele sentida quase desistindo de tudo 

- Espero que fique tudo bem entre nós, um dia.

Me aproximei para abraçar, ele beijou o Otávio e me respondeu com frieza 

- Seja feliz. Vai lá se casar, o casamento de milhões. É, você com certeza não é nem de longe, a mulher que eu achava ser. 

Comecei chorar, ele falou se afastando

- Suas lágrimas não me comovem mais! Depois de hoje, eu não acredito em uma palavra que saia dessa sua boca. E se não fosse pelo Otávio, você nunca mais ia dirigir a palavra a mim.

Fiquei quieta querendo morrer, fui indo para o carro, coloquei o Otávio na cadeirinha, achei uma folha dobrada no banco de trás, vi que era uma carta feita a mão pelo Paulo, mais não tive coragem de ver. 

O João estava se aproximando, me perguntou se eu ia ficar bem, falei que sim, pedi pra ele cuidar do Paulo e me dar notícias, entreguei o diário e falei ainda chorando 

- Sua irmã fez vários antes de morrer e esse é pra vocês, eu peguei escondido do Tariq, era o que ela queria. Entrega pra sua mãe e pro seu irmão! Desculpa, eu sinto muito. 

Ele falou confuso 

- Mais porque você vai casar com aquele homem? Gosta dele? 

Falei que precisava ir embora, fui entrando no carro arrasada, passei na pousada pegar a Joana, ela estava nervosa, tinha me ligado duas vezes, a Eduarda me ligou três vezes, mandei uma mensagem falando que estava indo embora e que estava sem bateria, era mentira minha, eu só não queria ninguém me ligando, desliguei o meu celular e pedi para a Joana também desligar o dela. O Tariq não falou absolutamente nada, nem me ligou, viajei por bastante tempo, fui direto na minha casa pegar a aliança e algumas coisas para o Otávio e a Joana, o marido dela ia com a gente no carro deles, fiquei um tempo sozinha em casa deitada com o Otávio, enquanto a Joana arrumava as coisas dela, não estava tão tarde eram ainda 11:00 da manhã, decidi ler a carta do Paulo, tinha a data e estava escrito

" Minha flor "

Por favor, não repare nas besteiras ditas antes daqui, pois é assim que tudo aconteceu, de repente, você chegou do nada e se tornou tudo. A mente viaja, a mão toma a iniciativa de agarrar se a caneta e a falta que você me faz, não caberia em um milhão de palavras, centenas de folhas e ainda assim, então as palavras tomam suas formas em um simples pedaço de papel, transparecendo meus pensamentos e sentimentos, a minha dor compõe essa carta e eu quero que você queime ao terminar de ler. Eu poderia ter enviado uma simples mensagem e não achei que fosse te entregar essa carta, até o último minuto eu tinha esperanças, mais se você está aqui lendo, é porque realmente acabou e isso dói na minha alma, no mais intenso e profundo do meu ser, sei que te perdi, minha amiga, a mulher mais linda, carinhosa, gentil e incrível que eu já tive, mãe do meu filho, a mulher da minha vida, meu único e verdadeiro amor. 

Com a mente viajando em uma reflexão de minha vida, não me conformo mas aceito, tomei rumo as lembranças de nossos melhores momentos, quando te conheci e vi sua luz irradiar, ao menor sorriso, a cada simples lágrima que rolaram em seu rosto no nosso primeiro encontro, enquanto você falava da minha irmã e da minha sobrinha, como eu poderia ser indiferente a isso? Parecia uma miragem e sua sinceridade era destoante demais, esplêndida, eu tentei resistir, me afastar, mas não deu, estava escrito, tinha que acontecer, como você costuma falar. Tentei fazer de conta que você não era acessível, como eu ia me convencer de que era errado? Se já estava encantado? Eu juro que tentei e muito, mais seu jeito singelo me conquistou por inteiro, eu te quis demais, com todo o meu ser, de corpo e alma, antes mesmo de te beijar, sentir seu corpo, te amar e me unir a você de todas as maneiras possíveis, me pergunto hoje se vivi tudo sozinho, se era só eu que sentia essa conexão? A química desse amor real e perfeito que tivemos. Reparei que mesmo forte como sempre fui, eu possuo muitas fraquezas e te amar foi a maior delas, ainda é.  Possuo a fragilidade que foi desvendada pelas inúmeras lágrimas derramadas por você, em meu pranto, saber que você fez tudo isso, vai casar com outro, acabou com a melhor parte de nós. Percebi então que eu estava chorando pela primeira vez, pela morte de alguém que está em vida, você e o nosso amor na verdade. 

Oque passou na minha cabeça foi guardar aquelas lágrimas, talvez para alguém que as mereça, mas creio que ainda há muitas para rolarem e que somente a minha memória sendo apagada, minha vida acabada, serei capaz de não guardar os nossos bons momentos, para sempre comigo, o Otávio é a coisa mais importante da minha vida e infelizmente me liga a você, minha maior decepção e mágoa de uma vida toda, você. 

Cheguei a conclusão de que deveria ter feito muitas coisas antes, ter contado tudo desde o começo é a principal, assim destruindo qualquer oportunidade de ter tido você como minha, porque isso evitaria todo esse sofrimento, essa dor que me atormenta, eu deveria saber que alguém como ele, não ia aguentar ver alguém como você irradiando luz e amor, sem querer a ter para si, como um brinquedo, um simples troféu, assim como a minha irmã foi, ela claramente escolheu a ele do que a nós, hoje eu não a julgo por amar tanto aquele demônio, mais a você eu não posso dar o meu perdão, não ainda, com tantas possibilidades, você se entregou justamente a ele, que tanto prejudicou a mim e minha família, alguém sem escrúpulos e sem coração. Quero que saiba que foi uma vitoriosa em suas lutas, e eu te admiro muito, como mãe do meu filho tenho orgulho de ti. Posso até dizer que ninguém te amou, o tanto quanto eu te amei, mas você não mereceu o amor que eu te dei, e agora eu nem quero lembrar, que um dia eu te amei, o quanto sofri e o quanto chorei. 

Dona de diferentes inspirações, sonhos, desejos e muita magia, abriu as portas do infinito universo da fascinação para mim, liberando intensas vontades de fantasiar, sonhando com uma vida perfeita e um amor de novela. Vejo que cada vez mais pessoas se envolvem pelo seu fascínio, essa maravilha que você é.

Assim como a noite, que possui mistérios, os quais nem mesmo os melhores pesquisadores da filosofia do romantismo conseguem explicar, amar você é mais uma tragédia que um romance, falso de fato, uma doce ilusão. Foi muito fácil me perder em seus horizontes, sua pele quente, macia, seu cheiro doce e sensual, suas curvas perfeitas que se encaixavam em minhas mãos, quando te fazia minha, estar com você era como navegar em um céu estrelado, e por causa de tal beleza tão bem dotada, imagino que muitas são as almas que se desprendem da realidade e se perdem nesse seu céu noturno, cercado de mentiras e jogos. E a tolos como eu, com relatos interessantes de que juram que tal beleza se associe a merecer tal coisa, me diga se eu mereço tudo isso? 

Aqui estou eu, vítima dos fascínios e de sua magia, já me peguei em situações semelhantes, mas nunca nenhuma pode me destruir com tanta força e destreza. Reparei que por trás de toda formosura, a noite esconde suas belas armadilhas, que por tantas vezes serem armadas, podem ser fatais. Sua aparência majestosa é capaz de ocultar reações dolorosas no estado mais íntimo espiritual de qualquer ser humano, que não pode mais se manter no estado consciente da realidade. Nessa madrugada, após te amar como a última vez, com todo meu desejo e sede de ti, desejando tê-la para sempre em meus braços, observando o brilho das estrelas, pude ver que a noite me soprava frio, como uma avalanche traiçoeira.

O problema parecia ser de fácil solução, desde que eu fosse me agasalhar, isso significa tirar você da minha cama e da minha vida.

Ficou tudo tão lógico, você noiva de outro, brincando com os meus sentimentos, vir ficar comigo um dia antes de se casar, foi a sua maior covardia.

Como em um passe de mágica, eu fechei os olhos e busquei o motivo daquilo, como eu poderia te aceitar ainda? Descobri que oque estava perdendo não era só a temperatura, era a alma, tudo sendo corrompido pela sua frieza. 

O vento frio que soprava, ganhava a forma de carícias, tentando igualar o corpo a alma, oque seria tragicamente fatal, pelo menos a mim. 

A sorte é que o ser humano tem a capacidade incrível de se adaptar ao meio em que vive e o meu filho me trás essa força todos os dias desde que eu soube da existência dele. Hoje o céu que você representa, já não é mais o mesmo, uma estrela só se apaga, quando uma alma falece. Eu ainda teria muita coisa pra te dizer, mas o problema é que se tornou muito difícil analisar o seu temperamento e suas atitudes. 

Você realmente mudou muito, não como havia prometido, realmente não sei se essas mudanças vão lhe trazer benefícios. 

Pelo meu filho, eu me preocupo realmente com você, essa metamorfose que você sofreu, pode lhe machucar muito, assim como fez a mim. Tome cuidado! Sua vida, suas escolhas deixam rastros em sua memória, as pessoas podem tentar interferir, te ajudar, mas ninguém pode lhe livrar de seus sentimentos, como: dor, remorso, angústia, solidão interna, saudades, fraqueza e nem de todas as consequências das suas escolhas. 

Você sempre fez uma imagem muito errada de mim e hoje diz que se arrependeu, mas não é comigo, que você escolheu casar e viver sua vida. Uma grande disputa foi cravada, a onde somente um de nós se sairá bem, mas você quem causou tudo isso né, tão forte como sempre quis ser. Não há dúvidas que teremos uma vencedora! 

" Você já fez sua escolha!!! "  

Tente ser um pouco mais realista e assuma seus atos, acabou e foi por sua culpa. Espero que seja muito feliz, com seu novo amor, e eu devo cumprir a minha palavra, nunca mais me encantar com esse fascínio e o falso brilho dessas estrelas. Vou ficar com a desilusão, que passará o resto de minha vida comigo, acompanhada por muita decepção. Talvez com essas duas coisas, eu crie vergonha na cara e te coloque no seu lugar, que é no passado, assim agindo com mais racionalidade também. 

Ter você hoje só me mostrou que eu sempre estive certo, em nunca confiar muito em você, suas últimas atitudes comigo só me deram a certeza de que eu precisava para desiludir e arrancar de meu peito esse amor. 

Espero que realmente encontre o que procura, e pare de dizer palavras das quais você não pode sustentar depois. 

Seja muito feliz com o seu novo amor !

Eu li várias vezes e só parei porque a Joana chegou, fiquei me sentindo a pior mulher do mundo, fomos pra cidade do Tariq, quando cheguei lá na casa dele, guardei o carro, eu estava nervosa suando frio, as mãos trêmulas, vi que o carro do Tariq não estava lá, eu nem consegui pegar o Otávio no colo, a Joana o pegou, estávamos no quintal, a Eduarda saiu me receber super nervosa, falei pra Joana ir instalar o marido dela e cuidar do meu filhote, a Eduarda ficou me olhando, falou confusa 

- Onde você estava? Se o vestido precisar de ajuste não vai dar tempo, eu podia jurar que você tinha fugido. Eu tô passando mal aqui a horas!

Cheguei bem calma até, falei pra ela

- O avô do Otávio faleceu, precisei ir pra lá . Cadê o pessoal daqui? Como estão as coisas? 

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Comments

Ana Maria

Ana Maria

A tal moça será que na transação com Paulo vai engravidar?
Acho que Eduarda ainda tá mal intencionada.

2024-11-23

1

Amanda Moraes

Amanda Moraes

que carta em paulo,mais acho muito querer cobrar deka e jogar so pra cima dela as coisas sendo que vc tbm tem uma parcela de culpa

2024-11-12

0

Ligia Silva

Ligia Silva

o Tarik tem que rastejar por ela torço pra ler essa parte

2024-10-23

1

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67 Capítulo 67
68 Capítulo 68
69 Capítulo 69
70 Capítulo 70
71 Capítulo 71
72 Capítulo 72
73 Capítulo 73
74 Capítulo 74
75 Capítulo 75
76 Capítulo 76
77 Capítulo 77
78 Capítulo 78
79 Capítulo 79
80 Capítulo 80
81 Capítulo 81
82 Capítulo 82
83 Capítulo 83
84 Capítulo 84
85 Capítulo 85
86 Capítulo 86
87 Capítulo 87
88 Capítulo 88
89 Capítulo 89
90 Capítulo 90
91 Capítulo 91
92 Capítulo 92
93 Capítulo 93
94 Capítulo 94
95 Capítulo 95
96 Capítulo 96
97 Capítulo 97
98 Capítulo 98
99 Capítulo 99
100 Capítulo 100
101 Capítulo 101
102 Capítulo 102
103 Capítulo 103
104 Capítulo 104
105 Capítulo 105
106 Capítulo 106
107 Capítulo 107
108 Capítulo 108
109 Capítulo 109
110 Capítulo 110
111 Capítulo 111
112 Capítulo 112
113 Capítulo 113
114 Capítulo 114
115 Capítulo 115
116 Capítulo 116
117 Capítulo 117
118 Capítulo 118
119 Capítulo 119
120 Capítulo 120
121 Capítulo 121
122 Capítulo 122
123 Capítulo 123
124 Capítulo 124
125 Capítulo 125
126 Capítulo 126
127 Capítulo 127
128 Capítulo 128
129 Capítulo 129
130 Capítulo 130
131 Capítulo 131
132 Capítulo 132
133 Capítulo 133
134 Capítulo 134
135 Capítulo 135
136 Capítulo 136
137 Capítulo 137
138 Capítulo 138
139 Capítulo 139
140 Capítulo 140
141 Capítulo 141
Capítulos

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Capítulo 1
2
Capítulo 2
3
Capítulo 3
4
Capítulo 4
5
Capítulo 5
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Capítulo 6
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Capítulo 7
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Capítulo 19
20
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21
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22
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24
Capítulo 24
25
Capítulo 25
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Capítulo 26
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Capítulo 28
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Capítulo 29
30
Capítulo 30
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Capítulo 31
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Capítulo 32
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Capítulo 33
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Capítulo 34
35
Capítulo 35
36
Capítulo 36
37
Capítulo 37
38
Capítulo 38
39
Capítulo 39
40
Capítulo 40
41
Capítulo 41
42
Capítulo 42
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Capítulo 45
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Capítulo 52
53
Capítulo 53
54
Capítulo 54
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Capítulo 55
56
Capítulo 56
57
Capítulo 57
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Capítulo 58
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Capítulo 60
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62
Capítulo 62
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Capítulo 63
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85
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86
Capítulo 86
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Capítulo 100
101
Capítulo 101
102
Capítulo 102
103
Capítulo 103
104
Capítulo 104
105
Capítulo 105
106
Capítulo 106
107
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130
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Capítulo 131
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133
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