Capítulo 4

A minha vontade foi de ligar para o Caio, fiquei remoendo as intrigas do Tariq, pensei em ir até o Caio conversar porque no fundo eu não acreditava naquilo tudo, mais tive medo, não consegui dormir a noite toda, fiquei com medo de alguém aparecer lá pra me machucar, de madrugada 4:30 mandei uma mensagem para o Paulo

" Oi espero que esteja tudo bem com você e sua família, você não entende os meus motivos e não me deixa conversar, contar tudo, sinto sua falta, nós sentimos, não quero que nada disso afete o Otávio, o relacionamento de vocês dois. Estou em casa e sozinha, queria muito te ver, não estou bem de verdade ! "

Eu estava super deprimida, culpada, magoada, cheia de sentimentos ruins, sempre me sentindo errada, ele visualizou de manhã e não respondeu nada, eu sabia o horário dele acordar e ficava olhando ansiosa esperando algo.

Levantei para trabalhar, com o semblante cansado, olheiras horríveis, pedi pra Joana ir ficar na casa dela com o Otávio, era no mesmo prédio, achei lá mais seguro, até fui junto com eles, ajudei ela levar as coisinhas dele pra passar o dia, levei o chiqueirinho, tapete de tatame, carrinho, as frutas, leite, três chupetas, duas mamadeiras, os legumes e até o franguinho dele, pra ela fazer papinha e não precisar sair de lá por nada, quase chorei pra deixar ele, pedi pra ela não sair nem na porta e me desculpei por estar sendo tão chata, me senti angustiada, com medo, ele era tudo o que eu tinha, fiquei com o pensamento distante no trabalho, só queria poder ir embora rápido, na hora do almoço o Paulo respondeu

" O que você tem? Porque não tá bem? "

Respondi

" Preciso ver você " 

Fiquei esperando a resposta, a noite ele disse que não tinha como ir e que nem tinha onde ficar, perguntou o que eu queria falar, quis saber do Otávio e pediu fotos, respondi

" Você pode ficar aqui como sempre ficou, não vou falar nada por telefone com você " 

" Preciso de você " 

" Nós precisamos "

Ele não respondeu mais nada, mandei fotos do Otávio no dia seguinte, ele não disse nada e até postou a foto nas redes sociais dele, falando que amava o filho mais do que tudo no mundo, que era a melhor coisa da vida dele. Na hora do meu almoço fui comer em casa, fui direto na Joana e ela não estava lá, fiquei desesperada, liguei chamou chamou e ninguém atendeu, comecei chorar desesperada, fui pra casa nervosa, ela estava lá, disse que tinha ido pegar roupa para o Otávio rapidinho, fiquei super transtornada, peguei ele no colo o abracei forte chorei muito, até o assustei, ela ficou nervosa também, tentou me acalmar, nem consegui voltar trabalhar, liguei na fábrica falei que tinha acontecido um problema em casa e que não ia no período da tarde, tive medo de ser demitida mais eu não conseguia ir, entrei em pânico com a possibilidade de perder o Otávio, fiquei tão mal que decidi pedir a conta, mais antes mandei uma mensagem para o Tariq, tipo do nada, já que a gente nem conversava 

" Tem a possibilidade de vocês se mudarem pra minha cidade depois de um tempo? " 

Ele visualizou, não respondeu, já me ligou em cinco minutos, perguntou se estava tudo bem, eu nunca mandava nada pra ele, respondi

- Tudo indo, então você viria morar aqui? 

Ele respondeu confuso 

- Não sei, você faz muita questão? Aqui tem a Samira para ajudar a gente, a casa é grande e boa, eu acabei de montar o escritório aqui.

Respondi triste " aham ", ele perguntou se eu não estava trabalhando, respondi engolindo o choro 

- Não, fiquei nervosa na hora do almoço e não quis voltar, me desencontrei com a Joana e surtei preocupada com o Otávio. Não queria, mas acho que vou sair do trabalho, eu não consigo deixar ele, tô com medo.

Comecei chorar, ele disse que ia me ajudar com tudo, que era pra eu sair e me mudar logo, porque lá estaria segura, falei chateada 

- Já te disse que não quero largar tudo, gosto daqui e tem a Joana também. Gosto muito do meu trabalho, você não entende o quanto me esforcei pra chegar onde estou.

Ele disse que podíamos entrar em um consenso juntos, me incentivou pedir a conta, disse que ia tentar ir me ver no meio da semana, pra irmos juntos provar algumas coisas para o casamento, super irritada falei que precisava desligar e nem quis mais conversar nada, depois ele mandou mensagem a noite, perguntando se eu estava mais calma, eu nem respondi nada.

No dia seguinte quarta feira fui trabalhar pronta pra me demitir, levei a carta de demissão feita a mão, falei com o meu superior, expliquei oque tinha acontecido comigo, ele se surpreendeu bastante porque eu ganhava muito bem e tinha um cargo ótimo, para meu pouco tempo de experiência, ele não aceitou e me deu férias, eu falei que ia casar também, então ele disse pra eu tirar férias, me casar e depois quando retornasse, nós iríamos ver o que ia ser feito. Gostei disso, porque no fundo eu não queria sair de lá mesmo, fiquei um pouco mais aliviada, trabalhei o resto do dia normal e assinei os papéis das férias. Quando cheguei em casa, mandei uma mensagem para o Tariq

" Não consegui pedir demissão, mais sai de férias pra pensar melhor "

Ele respondeu

" Que bom, agora você pode cuidar do casamento de perto, quer que eu vá te buscar? Ou você prefere vir sozinha? " 

Falei que não ia antes do fim de semana, ele perguntou se eu tinha algo importante pra fazer, respondi

" O Paulo vai vir ficar com o Otávio, semana passada já não se viram "

Ele visualizou começou digitar e apagar várias vezes, fiquei de olho esperando o showzinho básico, ele respondeu

" Mais você pode vir amanhã e voltar no sábado, estou com problemas no trabalho, você ia me ajudar muito aqui com a Amara "

" O Paulo pode vir aqui também, por mim não tem problema, é bom que ele já vai se acostumando "

Falei que ia pensar, na quinta feira falei que tinha que organizar umas coisas em casa e que não ia pra lá, ele disse que tudo bem. Na sexta feira ele apareceu em casa sem avisar com a Amara, falou que só foi levar ela e não ia poder ficar, fiquei super séria irritada, sentamos na sala, ele ficou com rodeios falando sobre as aulas da Amara e logo perguntou se o Paulo ia mesmo lá, respondi

- Não sei, ele quase não fala comigo. Eu queria muito mesmo ir na casa da Eduarda conhecer a família dela.

Ele sugeriu que se o Paulo não fosse, que era pra eu ir na Eduarda com as crianças, que seria bom eu ficar fora de casa, disse que estava cheio de trabalho porque desfez a sociedade e as pendências eram muitas, ele ficou cerca de uma hora e já foi embora, nós não tínhamos o menor contato físico, não tinha beijo, abraço, aperto de mão, absolutamente nada, ele falava bom dia/boa noite/oi tudo bem/ sempre, e eu só respondia o necessário.

Mandei uma mensagem para o Paulo falando que a Amara estava comigo e que eu tinha dito a ela, que ele ia lá ver a gente, ela mandou um áudio

" Oi tio tô com saudades de você, vem me ver eu e o Tatá " 

Ele respondeu

" Vou amanhã cedo, tá precisando de alguma coisa do Otávio? " 

Mandou um áudio pra ela

" Oi princesa o tio vai amanhã, tô com muitas saudades de vocês dois " 

Falei que não precisava de nada, ele falou que ia levar uma surpresa, ela respondeu toda sincera

" Tio desculpa por deixar você triste comigo aquele dia, não precisa trazer surpresa nenhuma tá " 

Ele disse que não ficou triste, porque ver ela já o deixava muito feliz. Fiquei super ansiosa quase não dormi, levantei cedo fiz o bolo preferido do Paulo, arrumei a mesa do café, tomei banho, escovei o cabelo, escondi as olheiras com maquiagem, coloquei um vestido florido soltinho que ele gostava, arrumei as crianças como se fossem sair, a Amara com vestido pink longo e sandália preta de glitter, o Otávio de calça jeans, camiseta polo e sapatênis, fiquei na sala esperando, ele interfonou antes de subir, chegou as 9:00, a Amara abriu a porta ficou olhando o corredor antes mesmo dele subir, quando ele saiu do elevador, ela falou eufórica

- Tiooooo Paulo! Otávio seu papai chegou. 

Saiu correndo pra fora, abraçou ele pulou no colo, ficou agarrada igual um carrapato, todo amoroso ele começou conversar com ela, deu um embrulho grande de presente, ela agradeceu, ele foi entrando, falou pra mim muito sério

- Oi Kamile tudo bem?

Dei o Otávio no colo dele e falei o acompanhando com o olhar, esperando um gesto de carinho atenção 

- Oi. Tudo bem e você? Se recuperou bem do acidente? Senta !

Ele balançou a cabeça que sim, começou falar com o Otávio beijar abraçar, brincando o jogando pro alto, o Otávio começou gargalhar adorando as brincadeiras, sentei no outro sofá, ajudei a Amara abrir o presente, era uma sandália da Barbie que vinha com uma bolsinha de cachorro e uma boneca Barbie com bicicleta, ela já foi colocando no pé toda feliz, falou com estranheza

- Mais tio e o Tatá? Ele não tem presente não é? 

Ele disse que o Otávio não entendia ainda, ela respondeu tentando abrir a caixa da boneca

- Verdade ele é muito pequeno, eu ganhei um monte de coisas né que bom, pra mim.

Ofereci bolo, perguntei se ele queria comer alguma coisa, ele respondeu dando atenção para a Amara com a caixa 

- Não, obrigada. Acabei de tomar café! Queria falar com você sobre o aluguel do sítio, tô procurando uma casa, mas enquanto isso, quero ir pagando pra deixar tudo certo, pelo nosso tempo lá.

Falei que não precisava pagar nada, ele sorriu e respondeu irônico

- Você pode aceitar se vender fácil, ignorar tudo o que ele fez pra minha família e até pra você, mas eu não vou fazer isso nunca. Por causa dele a gente não pode se despedir da minha irmã, você acha que vai ser diferente com você? Não vai, ele é o mesmo que ame.açou a minha família pra manter todos longe delas, nunca fomos uma família perfeita Kamile, mas ele não tinha esse direito, ela chamou por nós e ele não permitiu que fossemos até ela.

Respondi chorando

- Paulo não é como você tá pensando, eu não tenho nada com ele tá bom? É só uma coisa formal, por causa dela, ela não tá legal, precisa muito de mim, agora você vai ter muito mais contato, por causa do Otávio, pensei muito em você quando tomei as minhas decisões e você fala como se eu fosse uma oportunista, tá sendo muito difícil pra mim também. Sua mãe aceitou não ver sua irmã, por medo ou por dinheiro? Você não imagina o que passei pra conseguir o dinheiro do sítio pra vocês.

Ele respondeu bravo

- Pensou em mim? Achou que eu tinha morrido como a minha irmã? Aí você podia ficar menos culpada né. Não fala da minha mãe Kamile!

A Amara tinha ido na cozinha, voltou e falou confusa olhando pra ele chateada 

- Sua irmã morreu tio? Porque vocês estão brigando? 

Falei pra ela ir no quarto guardar a sandália, ela retrucou que não queria, foi indo sentida, ele levantou disse que não conseguia entender o que eu tinha feito entregando a minha vida, a minha liberdade, jogando o nosso amor fora pra ficar com uma pessoa como " ele ", respondi chorando

- Eu só queria ajudar, posso não ter feito tudo como você queria, mas me desesperei sozinha e fiz de tudo por vocês. Eu devia ter deixado seu pai morrer jogado no hospital, ninguém gosta dele mesmo.

Ele disse pra eu parar porque ele não ia mudar o pensamento dele independente do que eu falasse e não queria brigar comigo, disse que o único interesse dele era ver o Otávio e a Amara, chamou por ela. Ele estava super frio, magoado, nem me olhava pra conversar, aquilo era pior do que se ele estivesse com raiva, a indiferença dele estava acabando comigo, quando eu tinha contato com ele a raiva pelo Tariq só aumentava, o Paulo já tinha dado a entender que o Tariq fez de tudo pra afastar eles da Layla, mais ele não tinha falado explícito assim antes, não gostei nem um pouco de saber daquilo.

Ele foi saindo, disse que ia andar com o Otávio dentro do prédio mesmo, pra não precisar ficar olhando pra minha cara e que logo ia embora, eu estava chorando bastante e ele não derrubou uma lágrima, a Amara quis ir junto, ele abaixou pra se despedir, disse que era melhor ela não ir, porque o pai dela não ia gostar, ela o rejeitou falou revoltada 

- Porque? Meu pai não tá aqui. Você tá bravo comigo, você disse que não estava, seu mentiroso, eu não gosto mais de você. Todo mundo prefere o Otávio porque ele é pequeno. 

Ela correu para o quarto e bateu a porta, ele saiu sem falar nada.

Tive que conversar com ela, inventei histórias para justificar o choro e o nosso comportamento agressivo, falei que os pais do Paulo estavam doentes, ela ficou super sentida porque não foi passear junto, entendeu que o Paulo estava triste com problemas, não deu muita atenção ao contexto da briga, porque não ficou perto todo o tempo enquanto a gente conversava. Se passaram vinte minutos, liguei na portaria duas vezes, o porteiro disse que estavam sentados no play, ele ficou uns quarenta minutos lá em baixo, quando subiu o Otávio estava dormindo, peguei ele no colo, coloquei no berço, quando voltei na sala o Paulo já estava na porta se despedindo da Amara, pedindo desculpas, me aproximei perguntei se um dia ele ia me perdoar, ele respondeu sentido com ela, que chorou e falou que o amava de coração e que por isso desculpar

- Não sei. Tchau !

Fiquei mal com tudo o que aconteceu, mandei uma mensagem para o Tariq falando que ia pra casa da Eduarda, ele ligou, perguntou se o Paulo tinha ido em casa, respondi

- Ele veio, mas ficou pouco, está com raiva de mim. Você deve imaginar por quais motivos né? São tantos !

O Tariq disse que não me queria sozinha com o Paulo, perguntei porque não, ele respondeu

- Porque é melhor assim Kamile, ou você prefere ficar jogando com ele? Quanto mais cedo ele aceitar, melhor será para todos nós, tô sendo paciente com vocês, mas a minha paciência tem limites. 

Respondi brava

- Você não se importa comigo nem com ele, só está preocupado com o que os outros vão falar de você né? Tá com medo de ficar com fama de corno? Ciúmes de mim, sei que você não tem.

Ele respondeu irritado 

- Não vou ficar discutindo por telefone, você tem uma semana para se mudar! 

Falei que não ia antes do casamento, ele disse que íamos conversar pessoalmente no domingo.

Fui pra casa da Eduarda depois do almoço, a Amara viajou animada, ficou toda ansiosa pra ver a Nina, achei fácil o endereço pelo GPS, quando chegamos a Eduarda estava no portão com a mãe dela e a Nina, as minhas mãos estavam suando frio, fiquei ansiosa nervosa e com medo deles não gostarem de mim, não sabia o que ia encontrar lá afinal, desci do carro, cumprimentei as duas, a Suzi ( mãe da Eduarda ) me abraçou, disse que era um prazer imenso me conhecer, desci a Amara primeiro, falei que era a minha enteada, a primeira coisa que ela fez foi abraçar a Nina, as duas entraram correndo sem nem olhar pra trás, peguei o Otávio, a Suzi ficou encantada, disse que ele lembrava a Eduarda pequena, ela tentou o carregar, mais ele estranhou e não quis, fomos entrando, eu toda sem jeito, a casa era linda enorme com sala de jantar, quatro quartos, uma cozinha linda toda planejada, quando chegamos no quintal dos fundos, conheci o Hélio pai da Eduarda, ele estava na área de lazer arrumando uma mesa enorme com um super café da tarde, cabiam umas 8 pessoas ou mais na mesa, ele se aproximou meio sem jeito, foi muito educado, me cumprimentou com beijo no rosto, a Eduarda falou

- Pode abraçar pai, ela é tímida. 

Ele me abraçou, disse que elas estavam ansiosas pela minha chegada, fazendo muitos planos a semanas, sentamos na mesa começamos conversar sobre mim, contei um pouco da minha vida, a Suzi falou toda animada 

- E o seu noivo, porque não veio com você? 

Falei que ele estava cheio de trabalho, ela fez algumas perguntas sobre ele, contei como nos conhecemos, fui sincera falei tudo mesmo, até sobre a Layla, o ciúmes que ele tinha da nossa amizade no começo, era impossível falar dela sem me emocionar, ela quem salvou a minha vida, me ajudou quando ninguém mais estava lá, a Suzi ficou bastante emocionada também, disse que era muito bonita a nossa história, que com certeza Deus me colocou na vida deles, pra ser a mãe da Amara, a Eduarda disse que eu era sortuda, porque meu ex era muito bonito e educado, a Suzi perguntou se fomos casados, o que aconteceu, respondi sem jeito

- Nós namoramos alguns meses, durante a gravidez ficamos separados e reatamos quando o Otávio tinha três meses, acho que foi mais por ele, que resolvemos tentar. Mas não deu certo!

Ela começou falar que o casamento ia mal antes da Eduarda chegar, que ela completou a vida e felicidade deles, perguntei quando contaram a verdade sobre a adoção, como foi, disseram que sentaram pra conversar, falaram várias coisas explicando que não podiam ter um bebê deles, que por isso a adotaram, ela só perguntou se iam devolver ela um dia, falaram que não, que ela era filha deles, ela respondeu rindo 

" E eu falei, é né me pegou lá agora vão ter que cuidar de mim, eu sou filha de vocês pra sempre agora " 

A Suzy falou carinhosa segurando na Eduarda

- E ela dormiu com a gente por dias, porque dizia que estava triste por ser adotada. Mais contou para a sala toda na escola, achando divertido.

Logo o assunto virou a Eduarda, me senti triste frustrada, não queria sentir inveja, mais eles tinham uma união grande, um carinho enorme uns pelos outros e eu não tinha nada, nem ninguém, só as lembranças que restaram dos meus pais, o Hélio perguntou se eles me deixaram alguma segurança financeira, casa, apartamento, respondi chateada 

- Na época do acidente eu estava noiva, tínhamos um apartamento que nossos pais juntos deram de presente, quando nos separamos fiquei sem nada, não estava no meu nome, morei com a Layla e depois fui pagar aluguel, recuperei o dinheiro que eles investiram, guardei e comprei um sítio, pretendo vender futuramente. Mas fiquei sem nada, foram tempos difíceis, mas hoje estou bem, consegui estudar, e tenho um bom emprego.

A Eduarda disse que eu era muito centrada, super pé no chão, me fez contar tudo oque passei quando fui estudar fora pela minha antiga empresa, com a roupa do corpo, sozinha por meses, ela mesma disse que não gostava muito de estudar, começaram falar que a maior decepção que ela deu a eles foi não querer fazer faculdade, ela disse que iam jogar dinheiro fora atoa, falei que antes eu só gostava de ficar atoa, nem cursinho de inglês eu frequentava certo, a Eduarda perguntou se eu queria conhecer a confecção, super animada foi falando que queria me mostrar pra todo mundo, estávamos terminando de comer, a Suzy perguntou se podia trocar o Otávio, fui junto e deixei, toda estranha tensa, ela fez ele rir, o trocou, conseguiu carregar ele e já começou dar carinho, toda atenciosa, fomos conhecer a confecção, só a Eduarda, eu e as três crianças. 

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