Capítulo 20

Felippo

Sinto Annelise respirando fundo assim que eu a envolvo em meus braços, mas rapidamente a solto, em pensar que ela me faz ser contraditório pois a pouco menos de dois dias eu jurei a mim mesmo não a tocar, mas é mais forte que eu., não tenho como lutar contra mim mesmo, é uma luta que eu não estou disposto a entrar.

- Aonde você ia? – indaguei e o seu estomago roncou, foi impossível não gargalhar vendo o seu constrangimento – me espere, eu vou tomar um banho rápido e já volto.

Ela concordou e se afastou para o lado, me dando passagem, eu queria arrastá-la para um banho comigo mas ainda era muito cedo, ela não tinha resistência para o meu tamanho e eu queria que antes de tudo ela confiasse em mim.

Assim que eu saí do banho vesti algo para ficar em casa pois eu não pretendia sair, de início iria ficar de olho na Annelise e em seus pesadelos, eu não queria impor a ela de início que fizesse o que eu quisesse, eu queria trabalhar em sua confiança e em sua força, não ao contrário.

Também não queria pedir a um soldado que ficasse de olho em minha esposa, eu não suportaria, era estranho pedir isso a Bart novamente, e enquanto eu não via ela para mim estava tudo bem. Mas assim que eu coloquei os meus olhos nela, tudo mudou.

- feito chefe – Bart disse assim que eu entendi a sua ligação – ela Já está a caminho de nova Iorque, já pedi a um soldado para levar o seu carro também, e um para recebe-la assim que chegar lá.

Era melhor assim. Eu disse excluindo todas as mensagens que Helena me mandou durante o dia, eu sabia que Annelise não mexeria em meu telefone, mas em minha consciência eu sabia que elas existiriam e eu sabia que no fundo eu ficaria tentado a respondê-la.

- Após o jantar eu gostaria de falar com você meu genro – Amber disse e eu a encarei, em seguida concordei, jantamos em silencio, pareciam estranhar a mesa, provavelmente a falta de Luigi as obrigando a fazer alguma coisa.

Annelise comia até menos que um passarinho, notei o seu esforço para engolir a comida e segurei em sua mão.

- Não coma se não tiver vontade Annelise – eu disse e ela me encarou assustada em seguida pareceu relaxar, não olhei para Amber mas sentia seu olhar em mim.

- é que eu não gosto de peixe – ela disse abaixando a cabeça envergonhada, ergui a mão ela de início se assustou mas continue e toquei o seu queixo delicadamente, e eu nem sabia que seria possível fazer isso.

- eu não vou machucar você – eu disse e ela realçou – diga as empregadas o que você gosta de comer e elas farão.

- E.e.e.eu – ela gaguejou e encarou a mãe que concordou em um aceno, odiei ver a cena.

- Você respeita sua mãe por ela ser sua mãe, mas a partir de agora, não precisa pedir permissão a ela, ok? – falei e ela ia virando o olhar para a mãe novamente, mas decidiu fechá-los, e quando os abriu concordou – tenha vontade própria Annelise.

Eu disse e me segurei ao máximo para permanecer na mesa, mas foi impossível aquela comida passou a ser intragável, eu a pedi para irmos até a cozinha e ela aceitou.

Depois de expulsar os funcionários da cozinha, eu comecei a fazer alguns sanduiches enquanto ela se sentou na bancada me observando.

- Você tem certeza de que sabe fazer isso? – indagou e eu prendi um riso, ela não sabe nada sobre mim

- Talvez não, você vai saber só quando começar a comer – Disse e continuei fazendo, fui até a geladeira e peguei um dos sucos que tinha lá assim que ficaram prontos e estendi um para ela

- por que tantos? – indagou olhando o prato com oito sanduiches.

- Eu como pelo menos uns cinco – eu disse e ela arregalou os olhos enquanto avaliava o meu corpo foi impossível não gargalhar – não achou que para manter tudo grande e grosso eu comeria pouco, não é?

- Por que tenho a impressão de que estamos falando de outra coisa? – disse me encarando suas bochechas e o seu nariz estavam vermelhos e ela lutava contra si mesmo para não desviar o olhar.

- Porque sua mente é pervertida querida esposa – assegurei e ela negou – agora coma que eu tenho que ir ver o que a sua mãe quer.

Eu disse começando a comer ela levou um aos lábios e gemeu enquanto mastigava, por sorte o mármore a impedia de ver a minha monstruosa ereção que só aumentava à medida que ela gemia enquanto devorava o sanduiche que eu havia feito.

Depois que comemos ela parecia estar feliz pelo nosso jantar ela subiu para o seu quarto após eu dizer que iria para o escritório com a sua mãe, Amber ainda me encarava de modo estranho talvez não acostumada a ver um homem como eu.

- Diga o que quer falar? – pedi assim que nos acomodamos nos acentos, era estranho me sentar nessa cadeira amaldiçoada, mas ainda assim o fiz.

- É tão estranho – ela começou a falar e olhou ao redor seu semblante de confuso mudou para um triste – você sentado na cadeira que foi de meu marido e mesmo sendo capo não age como ele, e espero que não faça isso.

- Direto ao ponto Amber, e espero que não volte a me comparar com o merd4 do seu marido – eu disse e ela sorriu, sabia que eu que o havia matado, e ela parece ter sentido gratidão.

- Eu gostaria de pedir para conhecer alguns lugares, aproveitar a vida, fazer coisas que eu não pude durante a minha vida toda – disse e eu estava pronto para aceitar, tudo o que eu queria era mantê-la longe de Annelise para que minha esposa crie mais autonomia – eu sei que a minha filha não sentirá a minha falta, passamos muitos anos afastadas, ela não confia em mim desde que eu não impedi de afastá-la de mim, na minha situação na época foi melhor assim.

- Por que ela toma tantos remédios? – indaguei de uma vez

- Luigi a levou em uma psicóloga desde os oito anos, ela costumava inventar histórias - contou

- Foi na época em que a mandaram para o internato – conclui e ela concordou – e quais histórias ela inventava?

- Era sobre um lobo que a vigiava pela noite, Annelise surtou e falava coisas com coisas – ela disse dando de ombros – até hoje ela as tem eu acho, minha filha não conversa muito comigo, mas sempre que vai a uma consulta marcada por Luigi ou Dancley a Psicóloga reforça o uso dos remédios.

Depois de acertarmos sua viagem ela saiu, disse que não precisava de mais do que um soldado para a acompanhar, e que mais iria continuar se sentindo presa a vida que tinha com o falecido marido.

Concordei e permaneci no escritório por um tempo mas depois iria pegar a minha esposa para dormir em meu quarto.

Algo me diz que o lobo é real, não apenas uma invenção de uma criança amedrontada.

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Comments

Sangela de Sousa

Sangela de Sousa

ou seja.. a filha foi espancada, aliciada e ainda por cima .. é dada como mentirosa? francamente!

2024-03-29

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Janete Gonçalves

Janete Gonçalves

como confia nesta mãe, que absurdo o lobo em pele a leva na consulta.

2024-04-26

0

Enaicaj.

Enaicaj.

infelizmente existe mães q não consegui enxergar um palmo diante do nariz

2024-04-25

0

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