Capítulo 12

Annelise

O antigo capo de Felippo veio e com ele trouxe sua amada esposa, assim como o seu irmão trouxe a dele, elas são incríveis, foi a primeira vez que eu conseguir me sentir a vontade ao lado de amigas, bom foi assim que me rotularam.

Elas são queridas e me deixaram felizes, eu nunca havia me sentido assim, as dicas que me deram foram excelentes, porém mesmo elas me avisando para aprender a impor minha vontade e deixar claro minhas exigências eu realmente não sei como fazer isso.

- Você está se sentindo bem? – Felippo perguntou após elas irem embora e o meu sorriso fechou um pouco pois estava chegando a hora de irmos para o quarto e ao mesmo tempo que eu sentia ansiedade eu sentia medo.

Felippo é um homem grande, eu diria que ele tem por volta de um e noventa e cinco de altura e deve pesar uns cem quilos ou mais e tudo de músculos, eu sou pequena e peso cinquenta quilos, temos uma grande diferença tanto em peso quanto em altura, e sem contar que nos livros que eu li a primeira vez dói e muito, eu não sei se eu me sinto preparada.

- Sim, eu estou bem obrigada – avisei e ele concordou, o seu celular tocou e ele se levantou para atender me deixando na mesa a sós com a minha mãe, quando íamos conversar sobre assuntos de mãe e filha, eu queria dizer o quanto estava nervosa, para a minha infelicidade Dávila se sentou ao meu lado – hoje não Dávila

- Amber querida, Dorothy estava atras de você – ela diz e minha mãe cai como um patinho, ela se afasta indo atras de uma das amigas me deixando sozinha com a cobra – esse amarelo quer dizer que não é mais virgem? Então eu tinha razão, estava mesmo trans4ndo por aí com o soldado, ou será no plural?

- Você precisa mais do que isso para me irritar – avisei ainda sem a encarar, lembrei do que Luísa disse, eu preciso me impor, agora eu sou a rainha eu não posso deixar que me ofendam ou permitir que continue tentando me intimidar – agora que o meu pai não está mais aqui para te proteger acho bom começar a segurar a sua língua.

- Mosca morta do jeito que é o seu marido não vai demorar a procurar outra e eu vou estar na primeira fila a espera dele – ela disse e eu senti o meu pescoço queimar sentindo raiva, ela sorri achando que com isso me calaria.

- Que triste não é Dávila – falei – você sabe que não é mulher o suficiente para ser apresentada como esposa, mas o bom é que você já se contenta com essa vida miserável que terá

Eu disse e não me senti bem com isso, mas confesso que eu fiquei tranquila quando ela se levantou da mesa, Dávila estava com bastante ódio, mas ainda assim não me importei com o seu estado, era isso que ela queria provocar em mim como sempre, mas infelizmente para o seu azar, hoje era o meu dia, era assim que eu sentia, agora eu só precisava ficar atenta, pois eu sabia que ela iria aprontar.

Uns minutos depois se passaram vendo que o meu marido não retornou para a nossa mesa eu fui atras dele, não o encontrei e segui para a cozinha atras de uma fruta para comer, eu não gostava do tipo de comida que estavam servindo na festa, pois eu sabia que fariam mal ao meu estômago.

- eu falei para você não vir aqui, put4 merda Helena – ouvi Felippo dizendo e como eu vinha andando tranquilamente eu tinha a opção de voltar e fingir que eu não vi o meu marido com outra mulher na cozinha da casa onde iremos morar.

- Atrapalho? – indaguei ainda parada na porta, a cozinha da mansão estava vazia pois o serviço de bufe usaram a externa, eu não conseguia ver direito a mulher pois ela estava atras do meu marido, ou vir um bufar do Felippo e lentamente ele se virou.

- Eu estou terminando aqui, eu já encontro você Annelise, volte para a festa – ele não pediu, ele ordenou, eu senti como se o meu coração recebesse uma pequena pancada.

Ele fara comigo o mesmo que o meu pai passou a vida fazendo? Dávila no final das contas tinha razão, eu não era mulher para o meu marido, mas cedo do que eu pensei ele foi procurar outra. Ou eu posso ser a outra, pela intimidade que eles tinham ao conversar eles se conhecem a bastante tempo.

A maneira como ele praticamente me expulsou diz que ele não queria minha presença ali, ele não queria que eu o visse, eu sabia que isso podia acontecer, mas no dia do nosso casamento? Eu já não sei o que é autoestima como me recuperar disso?

- Annelise, o que ouve filha? – minha mãe me perguntou quando eu estava prestes a subir a escada - por que está chorando querida? – minha mãe perguntou preocupada, eu não queria contar, mas ela interpretou errado de qualquer maneira, mas eu achei bom – você está com medo da primeira vez não é? – indagou e eu me senti envergonhada de dizer que eu falhei, que o meu pai tinha razão, eu não sei fazer o mínimo – não se preocupe com isso querida, Felippo é um bom homem, ele saberá esperar o momento certo.

- Eu estou esgotada mamãe, eu preciso descansar – eu avisei e não dei tempo de ela dizer nada, apenas me livrei do seu agarre e subi para o meu quarto.

Assim que eu entrei em meu quarto eu tranquei as janelas e a porta me despi da roupa que um dia eu acreditei que me traria felicidade, vesti um moletom velho e me joguei na cama.

Dentro de mim eu sei que eu acreditei que realmente pudesse dar certo, eu queria que ele fosse um homem bom como a minha mãe dissera, queria que ele fosse alguém em que eu confiasse, eu queria que ele fosse diferente que me levasse para longe e me mostrasse o que é ser feliz.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***