Capítulo 07

Felippo

Como tudo já estava uma merda mesmo e Bart falou que Um cerimônia para o velho seria feito no final da tarde resolvi passar um tempo com Helena

Nós passamos o restante do dia Fod3nd0, eu não disse que nossa História havia chegado ao fim, porque eu realmente não sabia se havia. Mas também não queria ter contato íntimo com Annellise e nem ter envolvimento com mulheres de bordeis enquanto eu estiver casado.

Helena já se acostumou com as minhas viagens para missões mais distantes, porém agora era diferente, eu ia casar.

Apesar do que Enrico disse talvez ser verdade, ainda assim eu não me sinto merecedor de Annelise, eu nem sei se quero ser. Ela é pequena, parece que com um toque meu ela se partirá.

– encontre o informante de Lorenzo na casa – eu disse para Bart assim que desci do meu carro, ele fez um aceno com a cabeça e se afastou rapidamente. Indo até o porta malas pegando uma mala minha.

– Dancley está na casa ditando ordens, ele parece feliz com o que aconteceu – Bart revelou e eu não estranhei, sempre acreditei que o velho conselheiro acreditava que ficaria no comando assim que o Luigi batesse as bota.

Entrei na sala da mansão onde estavam após a cerimônia, os olhares se voltaram para mim, uns desacreditados outros admirados com a minha altivez.

- O que faz aqui? – Dancley indagou logo que ele eu me Aproximei dele, procurei não encarar Annelise, ela com os olhos abertos e a minha frente acordada parece a visão do paraíso, ela ainda parece mais perfeita agora e notei que está usando o colar que eu dei a ela

- Vim cumprir com o combinado – eu disse e quase sorrir maravilhado ou notar que o velho estava furioso comigo, mas ele sabe que não pode se livrar de mim, pelo menos não tão fácil, o acordo é incontestável e desfaze-lo agora significa guerra, uma na qual ele não poderá lidar, a menos que ele descubra que eu quem matou o antigo capo.

- Vamos até o escritório – o conselheiro disse e me indicou o caminho e assim eu fiz, lutando contra o desejo de olha-la.

– Você está parecendo descontente com o meu casamento – eu disse, e notei que ele se sentou na cadeira do capo, o cara precisa de uma cadeira para me enfrentar e se sentir superior – você se sentar aí é um desrespeito a minha pessoa e posição

– Você é só um executor – debochou eu me aproximei dele e vi o exato momento que ele engoliu a saliva e eu podia ouvir o acelerar do seu coração batendo descompassado, e eu reconhecia esse ritmo, era o ritmo do medo

– Tem razão, e você e o único que não está de acordo com o meu casamento, o que me leva a querer fazer o que eu faço de melhor – disse e fiz uma pausa dramática o deixando mais temeroso – Matar.

– Você é insano – ele disse se levantando fugindo de mim como um pequeno animalzinho assustado – o casamento pode ser daqui a dois meses.

– não – rosnei alto, porque ele queria ganhar tempo e me ver longe de Annelise? O pensamento ligeiro me afetou – o casamento é amanhã antes do meio-dia quero todos os papeis assinado, você como o meu conselheiro ficará encarregado disso, alguma objeção?

– como quiser – disse com um sorriso no qual foi forçado em seguida saiu da sala.

Eu nunca fui de me sentir ameaçado, mas agora o meu instinto grita para que eu fique em alerta, que eu a proteja.

Mas proteger do que se o único que a fazia mal era o seu pai, e esse já está morto.

Os questionamentos ficaram em minha cabeça por um bom tempo até que Amber entrou em meu mais novo escritório fazendo careta

– Você vai precisar mandar trocar a mobília – ela disse enquanto se sentava a minha frente

– pode ficar encarregada disso – falei sabendo que Annelise não gosta de nada disso, eu sei mais dela do que eu gostaria de aceitar

– precisa decidir o que fará comigo e Bonnie – Amber disse objetiva

– o que quer fazer com a amante? – indaguei e ela pareceu pensar

– Na verdade? – disse mais para si mesmo – Nada, sua volta a um ano atrás melhorou em muito a minha vida, eu amava Luigi, assim como ele me amava antes de nosso filho morrer, mas ele virou um estranho para mim e era bom quando ele se distraia com ela e esquecia de me culpar.

– Então só quer que ela vá embora? – indaguei e ela concordou – Tudo bem, vou pedir a Dancley para cuidar disso.

– ele a odeia, e odeia fazer favores provavelmente jogará ela em algum bordel por aí – ela disse porém não parecia muito triste pela mulher, não era de se estranhar, afinal já está sendo compreensiva de mais com a amante do marido, outra em seu lugar teria mandado matá-la na primeira oportunidade – E quanto a Annelise?

– O que tem? – indaguei agora interessado, mas logo entendi o que ela quer saber – nos casaremos amanhã, eu não serei capaz de tocá-la ou fazer mal a ela.

– O casamento precisa ser consumado para tornar você o herdeiro – ela disse e suspirou quando eu não respondi, não tinha o porquê debater isso com a minha “sogra” – tudo bem, vou providenciar um vestido branco para ela.

– Amarelo – pedi e ela me encarou confusa – Vestido amarelo, não me importo se não for branco, ela gosta da cor e nos casaremos nos jardins.

Ela sorriu de maneira polida em seguida saiu, o meu celular tocou com uma chamada de Lorenzo e logo atendi. Sabendo que o meu capo já estava furioso e se ele não tivesse resposta em instante ele viria buscá-las.

– Como foi? – indagou indo direto ao ponto, ele só não veio porque tinha assunto maiores para resolver e eu daria conta, apesar de tudo ele confia em mim.

– Dancley não parece muito feliz – informei e ele assobiou, porém ele provavelmente já previa isso.

– ele tem algo de estranho – Lorenzo disse parecendo saber dos meus pensamentos, ainda estou intrigado com tudo o que aconteceu.

Mas algo me diz que a investigação que eu fiz não foi o suficiente, pela primeira vez me sinto fora de mim, sinto que não fiz o meu trabalho direito e que eu deixei passar algo e só vou descansar quando eu descobrir o que é.

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