Capítulo 17

Felippo

Ela estava muito ofegante parecia ter esquecido como respirar, o seu rosto estava corado, completamente vermelho, o seu casaco estava em meu ombro porque com dez minutos de caminhada ela já sentia muito calor e eu não imaginava como isso era possível.

Suada e corada era assim que ela estava o seu cabelo preso em um rabo de cavalo já estava se desfazendo de tanto ela passar a mão, ela nunca esteve tão linda como agora parecendo viva, acho que essa é a palavra para definir o seu estado agora.

- eu sei que você não me ama – disse e se jogou no chão eu prendi um sorriso – mas isso aqui é tortura, eu não aguento mais.

Olhei em meu relógio, fizemos apenas dois quilômetros em quarenta e cinco minutos, e eu corro mais de cinco quilômetros em menos de trinta minutos.

- Vem, vamos voltar para casa – me rendi e ela fez um bico enorme como se fosse chorar, olhei ao longe e vi alguns soldados nos observando, e quando notaram que eu estava os encarando eles procuraram algo para fazer, tinha uns mais jovens correndo ao longe em treinamento.

eu sei que eu sou fraca – disse com os olhos embargados – eu sei também que todos acham isso, mas eu não tenho culpa de ser assim.

- E vamos mudar isso, não é? – eu questionei, me sentindo ser possuído pela raiva por todas essas pessoas a deixarem assim, eu a levantei e olhei em seus olhos notando o sangue pulsar em sua pele antes quase translucida – você agora não é mais a filha do capo, agora é a mulher de Felippo Savoia, você é forte.

- Eu não sou Felippo – ela disse negado uma lagrima escorreu dos seus olhos, me aproximei dela e lambi o caminho que ela fez, em seguida me inclinei mais ainda e a peguei em meu colo, Annelise passou as pernas em minha cintura – você sabe que eu não sou

- Você é – assegurei – e se tornara a dona da porr4 toda, é isso que é ser mulher de Felippo Savóia.

- Você não me fez sua mulher – ela disse com a cabeça enfiada em meu pescoço eu sorrir traçando de volta o caminho para a mansão

- Você não aguentou quarenta minutos de caminhada Annelise – eu disse e ela ergueu a cabeça me encarando

- E o que uma coisa tem a ver com a outra? – disse confusa eu gargalhei sem conseguir me controlar.

- Quando eu fod3r você, saberá amor – eu disse e sentir o seu coração acelerar e o meu também não ficou para trás, só então me dei conta das minhas palavras.

Assim que chegamos a mansão sua mãe ficou nos encarando de maneira estranha, sem entender o que estava acontecendo para Annelise está atracada em meu colo, não me importei com o que pensariam, eu entrei em seu quarto e a coloquei no chão e só então me dei conta de que Amber está atras de nós.

- Amber, encha a Banheira para Annelise, acho que ela vai precisar ficar uns minutos na água morna – eu disse e assim ela fez seguindo para o banheiro da minha esposa, eu fui até a cabeceira da sua cama e peguei o frasco de remédio novamente, ela não disse nada e eu saí do seu quarto.

Fui para o meu tomei banho porque eu precisava estar na empresa e eu já estava atrasado, porém que todos esperassem, eu pouco me importava o hotel estava bem gerenciado e porcaria da empresa onde se lavava o dinheiro era bem lucrativa de verdade, mas também bem gerenciada

- Bom dia capo – Dancley disse assim que eu cheguei na empresa, ao seu lado tinha uma mulher na qual eu acredito ser a sua filha

Quando chegamos perto da sala de reuniões eu ouvi pessoas conversando e quando notei que era sobre mim eu pedi silencio a Dancley e a sua companhia

- O velho foi enterrado ontem, e a filha casou no mesmo dia e pior, já vem alguém tomar o lugar do morto não esperou nem o corpo esquentar no caixão – Alguém disse e eu sorrir animado entrando na sala de uma vez todos ficaram brancos como papel, e eu estava louco para fod3r a vida de alguém.

- Ele morreu, não a minha esposa, a empresa precisa continuar funcionando para pagar o seu salário e de seus companheiros e isso não podia esperar, ou vocês esperariam o corpo do meu sogro esquentar para receber? – eu disse e eles permaneceram calados – Dancley

- Sim senhor – disse prontamente

- Amanhã é dia de pagamento, não é? – indaguei e ele concordou – então ligue para o setor do rh e financeiro e cancele os pagamentos de amanhã, vamos esperar o corpo do meu sogro esquentar.

- Não senhor – uma mulher pediu desesperada – eu tenho uma filha, eu a sustento sozinha, por favor?

- Quer se sentir culpado pela filha da colega não ter o que comer, Stanley? – indaguei após ler o seu nome no crachá e ele negou – então levante-se e vá nos recursos humanos e peça demissão. – Esperei que ele fizesse isso, era líder de algum setor e esse pensamento ridículo só dizia que ele não deveria ter o posto que tem – eu prezo muito por respeito senhores, vocês me respeitam eu respeito vocês e assim iremos longe, quem não concordar o serviço de recursos humanos estarão de portas abertas.

Depois que eu fui para a minha sala o meu conselheiro falou sobre eu ter pegado pesado no primeiro dia, na verdade eu peguei leve, queria de verdade ter colocado uma arma na cabeça dele e ter passado o recado.

- Minha filha trabalhará para o senhor como sua secretaria – Dancley disse e eu encarei os dois, eu poderia negar, mas sorrir quando depois do aviso de ontem é claro que ele tentaria alguma coisa, é como eu disse, ele vai cavar a própria cova, não contente arrastara sua filha que parece uma serpente junto com ele, e eu espero não demorar a tirar essa família do meu caminho.

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