Capítulo 17- Robert

Quando coloquei Cristina de costas para mim, senti algo sensacional dentro de mim. Não imaginava que pudesse sentir esse desejo por ela tão rapidamente.

Ela que tomou a iniciativa ao me beijar, mas eu não sabia o que fazer depois que a pus naquela posição. Então, apenas dei leves beijos em seu pescoço, o que percebi que fez seu corpo se arrepiar.

Cristina logo deslizou a mão sobre meu membro, sentindo minha ereção. Eu queria ela, mas não sabia se ela iria se arrepender no dia seguinte do que houve, então, preferi não arriscar, mas também não queria pará-la, por medo dela pensar que passou do limite comigo.

Porém, eu queria ter certeza se ela queria mesmo ou não fazermos algo e não sabia como abordar aquele assunto.

A chuva permanecia forte lá fora e eu não tinha nenhum alimento forte para ela comer, tampouco queria que ela fosse embora.

— você está bem?- ela pergunta, virando de frente para mim- eu fiz algo que você não gostou?

— não é isso- faço carinho em seu cabelo- eu gostei muito. Só não aprofundei porque não sabia se queria fazer ou não.

— os meus hormônios estão bem agitados ultimamente- ela passa a mão sobre o meu peito- mas está tudo bem, não tenho pressa para essas coisas e nem estou com expectativas de nada. Apenas quero curti minha gestação.

— entendo, mas se você quiser- coloco sua mão em meu rosto- podemos ter algo apenas casual, mas se não quiser também, tudo bem. Não ficará um clima estranho entre nós.

— tá bem- ela beija meu rosto- eu quero algo casual.

— hum, bom saber- volto a beijá-la, passando a mão sobre seu corpo- eu não tenho comida aqui, então, vou pedir algo pelo Ifood.

— não precisa e eu preciso ir embora- ela tenta se levantar, mas eu a abraço- não posso ficar mais tempo, Robert.

— tá bem, mas eu vou pedir um Uber para você.

— não precisa, eu vou de ônibus. A chuva nem está tão forte.

— mas as ruas podem estar cheias e não é bom se arriscar assim. Aqui, você está segura e não precisamos fazer nada. Não quero que se sinta obrigada com isso.

— não me sinto assim, fique tranquilo, mas é porque eu quero dormir, sabe? estou cansada.

— pode dormir, não tem problema. Quando você acordar, terá uma comida deliciosa para você comer.

— assim você vai me deixar mal acostumada.

— eu gosto de mimar você- lhe dou um beijo- você prefere alimentos saudáveis, né?

— sim- responde ela- mas como qualquer coisa.

— tá bem- abro o aplicativo do ifood e peço alguns alimentos para preparar em casa: arroz, feijão, carne descongelada e suco natural de laranja.

— pedi cru porque irei preparar para você- também escolho alguns temperos e finalizo a compra- chegará em 40 minutos.

— tudo bem. Posso mesmo tirar uma soneca?

— claro, bom descanso- pego um lençol na mala e lhe entrego- logo terei uma coberta e travesseiro.

— tudo bem, pode me chamar quando quiser.

Enquanto espero a comida chegar, tomo um banho frio para tirar o calor que sinto naquele momento.

Respiro fundo e visto apenas uma bermuda de malha. Queria deitar do lado dela, mas, se eu dormir, não ouvirei quando o entregador chegar. Então, apenas me sento no colchão e fico observando ela dormir tranquilamente. Seu semblante parece leve e sua barriga ainda não é visível.

O entregador trás meu pedido e eu lhe pago pelo cartão de crédito. Depois, vejo que fiz burrada porque não tenho panela para preparar comida.

Coloco a mão no rosto, tentando não gritar por me esquecer desse detalhe e chamo o ifood novamente, dessa vez pedindo algo pronto- um combo grande contendo: 4 hambúrgueres de frango, batata frita, calabresa e anéis de cebola. Aguardo até meu pedido chegar, sentindo uma forma grande.

Às 19h o lanche chega e pago novamente, vendo que preciso economizar ou ficarei logo sem dinheiro.

Como não tenho nenhum talher e o que pedi não necessita de nenhum, chamo Cristina gentilmente.

— desculpa não ter comprado nada saudável, mas eu esqueci que não havia comprado panela, então, pedi esse lanche.

— tudo bem e obrigada pela preocupação, mas comer lanche um dia não me fará mal.

— porque sua barriga ainda não é visível?

— eu não sei. Nem descobri com quantos meses estou. Só sei que estou grávida porque o exame de sangue e de farmácia deram positivo e que detectaram o hormônio HCG no teste.

— entendo. Bom, quando você for na consulta e quiser companhia, pode me chamar. Adoraria ir com você.

— está desconfiando da minha gravidez? porque eu não teria nenhum motivo para mentir sobre isso.

— não, bom, não sei. É estranho você não ter sua barriga um pouco inchada, só isso. Mas não precisa se exaltar, se você diz, eu acredito em você.

— você pode ir comigo na próxima consulta.

— tudo bem, eu irei e desculpe.

— tudo bem, eu me altero as vezes quando as pessoas desconfiam de mim.

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