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— Você tem certeza que esse teste está certo, Cristina?- pergunta a minha tia, enquanto tenta se acalmar.
— Sim. O teste deu positivo e o exame de sangue também- lhe mostro o exame de sangue.
— O pai do bebê já sabe?
— Não e nem quero saber dele. O mesmo disse que se eu tivesse, que nem precisaria procurá-lo.
— Bom, você tem duas opções: cuidar desse ser em seu ventre e dar todo o amor e carinho que ele(a) merece ou doar o bebê para algum lar adotivo. Independente da sua escolha, eu estou aqui por você.
— Eu quero esse bebê, tia. Mas no momento eu estou sem emprego e eu duvido muito que os meus pais me ajudariam em algo. E você sabe como que é difícil conseguir emprego estando grávida hoje em dia.
— Você pode tentar o auxílio maternidade, caso já tenha trabalhado de carteira assinada antes, mas como você teve o seu primeiro emprego naquele estúdio estranho, vai ser difícil conseguir esse benefício. Mas, se eu souber de algo, te aviso.
— Tá bom, tia. Obrigada. Eu preciso marcar as consultas de pré Natal e me manter forte por esse bebê.
***
Minha tia dormiu na minha casa, mas precisou ir embora pela manhã, porquê precisava ir trabalhar. Como estou desempregada atualmente, mas ainda tenho dinheiro, vou até o Hortifruti comprar alguns alimentos saudáveis.
Coloco um vestido soltinho colorido e uma sandália de dedo branca. Prendo o meu cabelo em um coque frouxo e passo um batom vermelho nos lábios.
Ando sozinha pela rua, apenas com o meu carrinho de compras, quando me deparo com um letreiro de papel grudado em um portão de uma escola participar.
"Precisa-se de professores com experiência para trabalhar com crianças de 0 à 9 anos. interessados chamar via WhatsApp."
Antes de eu trabalhar nesse ramo de tatuagens, eu era professora em uma escola particular, mas quando conheci o Caio, tudo mudou e eu comecei a me interessar por tatuagens - em parte porquê eu amava desenhar e também para lhe chamar a atenção. Não me arrependo de ter trabalhado com ele, apenas não queria ter me dado o luxo de me envolver com o mesmo porque ele já demonstrava desde o início que não era uma boa pessoa, mas eu estava apaixonada e pensava que ele fosse mudar, o que de fato não aconteceu.
Mas pelo menos agora eu não estou mais sozinha porque carrego um lindo bebê em meu ventre, no qual eu sei que cuidarei com muito amor e carinho.
Anoto o número em meu celular e envio uma mensagem:
"Bom dia. Eu me chamo Cristina e vi o letreiro sobre a vaga de emprego e eu fiquei interessada- 08h35."
Como não obtive resposta, guardo o celular na bolsa pequena e vou para o Hortifruti.
Compro bata doce, cenoura, inhame e algumas frutas- laranja, uva e morango.
Depois, vou para o mercado e compro arroz, feijão e carne. Terminando de fazer as compras, chamo um Uber e vou para casa.
O motorista passa na mesma rua do meu antigo emprego e eu vejo ao longe o Caio beijando uma garota. Os meus olhos se enchem de lágrimas e eu olho para frente, tentando não me importar com aquela cena.
O Uber me deixa no portão de casa. Pago o moço com o cartão de débito, pego o carrinho de compras e entro na minha residência.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Rosângela Dias Lopes
História bem interessante
2023-06-15
3