Capítulo 20. Congresso parte 2.

A contra gosto de Clarense e Pauline foram todos almoçar no mesmo lugar. Durante o almoço Clarense recebe a ligação do detetive que contratou para descobrir sobre seu pai.

📱Sr Bernardes, sou eu detetive Leandro, tenho novidades sobre seu pai. Gostaria de me encontrar com o Sr pessoalmente para lhe passar o dossiê.

📱 Estou participando de um congresso, voltarei daqui dois dias então poderemos nos encontrar.

📱 Certo. Continuarei as investigações e dentro de dois dias estarei em sua fazenda.

Clarense ficou muito curioso com o que ele poderia ter descoberto sobre seu pai e o sobrenome Benedeto, mais não quer deixar Pauline a mercê de Donizete e se já passou quase três décadas sem saber alguns dias não farão diferença.

Pauline percebe que ele ficou agitado depois da ligação, Sílvia e Zeti não param de falar, ele se gabando do que ganhou de mão beijada de seu pai e do que não tem mais e ela fingindo interesse.

Pauline : - Algum problema Sr Bernardes??

Clarense: - Não. Nada que em alguns dias não se resolva.

Zeti: - Não sendo problemas financeiros. O resto se dá um jeito..

Pauline : - Dinheiro não é tudo Sr Donizete. Pode ajudar mais não é a solução pra tudo..

Zeti: - Será?!? Como teria se formado se não fosse pelo dinheiro que pagou sua faculdade?

Clarense: - Não é a primeira vez que o Sr Donizete toca nesse assunto. O que pretende com isso??

Saiba o senhor que eu só fiz o colegial e na época não tinha dinheiro algum, consegui tudo com minha inteligente e com trabalho duro.

Zeti: - O Sr é uma exceção. ..

Clarense: - Porque?? Pauline poderia muito bem estar melhor ainda sem seu pai ter lhe pago a faculdade....

Sílvia: - Vamos mudar de assunto?? Pauline, Pauline....

Pauline : - Vamos voltar, as palestras vão recomeçar em breve. E Sr Donizete eu fiz acordo com seu pai e vou pagar a ele cada centavo que gastou comigo, mesmo ele não querendo receber. Então esse assunto já deu.

Clarense gostou de ver que Pauline sabe se defender, que Donizete não passa de um mimado ciumento e gostou mais ainda de Sílvia focar sua atenção nele e o deixar em paz.

Voltam ao salão e de novo Zeti e Sílvia ficam nos fundos onde podem ficar a vontade e sair se quiserem sem que ninguém note.

Clarense: - Pauline, se você precisar de ajuda para pagar o que deve posso te ajudar....

Pauline : - Não precisa. Obrigada. Não falta muito, quando trabalhava para Sr Nelson já descontava um pouco e não quero fazer uma dívida para quitar outra.

Clarense: -Você que sabe. Se precisar....

Pauline : - Se eu continuar trabalhando em seis meses quito tudo.

Clarense: - Se?? Eu já te falei, se depender de mim...

Pauline : - Eu sei. É que depende de mim também....

Clarense não entendeu o que ela quis dizer, Pauline está pensando em seus sentimentos, não quer se envolver mais com patrões, sofreu muito por se apegar ao Sr Nelson.

Clarense: - O que você acha de eu comprar os cavalos daquele almofadinha??

Pauline : - Pelo bem dos cavalos acho que seria muito bom.

Clarense ri, pensando nos animais antes de tudo, é a mesma Pauline da infância.

As palestras recomeçam e Pauline fica admirada de ver como Clarense participa e suas opiniões são respeitadas pelos mais entendidos nos assuntos.

Ela o admira enquanto ele fala, é um homem muito bonito e educado, não sabe porque ele atura Sílvia ou porque não se casou ainda. Ela está solteira por opção, nunca se viu presa em um homem, e por não ter se apaixonado, mais e ele??

Na pausa para o café, a tarde, Sílvia e Donizete já não estavam mais ali, Sílvia foi dormir e Donizete saiu a procura de diversão.

Clarense: - Eu seria injusto se dissesse que estou feliz pelos dois não estarem aqui??

Pauline ri : - Não. Eu também me sinto aliviada.

Clarense: -Espero que não voltem, depois do café iremos visitar um lugar onde criam animais mais resistentes e miniaturas para exposição.

Pauline : - É a parte que mais gosto!!

Para felicidade dos dois não voltaram mesmo, quando Sílvia acordou já haviam saído e Zeti não tinha planos de voltar mesmo.

Pauline fica encantada com as novidades, se apaixonou por um porquinho em miniatura, e Clarense já fez o pedido de um casal. Disse a Pauline que pretende abrir a fazenda para visitação de alunos de escolas primárias, para despertar neles o amor e respeito pelos animais e o interesse em cuidar deles o que a fez o admirar mais ainda.

No final do dia estavam exaustos Clarense convida Pauline para jantarem antes de voltarem ao hotel, na verdade ele queria ficar o maior tempo possível a sós com ela, sem correr o risco de Sílvia ou Donizete aparecerem.

Clarense: - Está gostando?? Não está arrependida de vir??

Pauline : - Tirando alguns inconvenientes estou adorando, não imaginava tanta novidade assim. E todas para a melhoria da vida dos animais, e aquele porquinho então que coisa mais linda....

Clarense fica a olhando enquanto ela fala, com empolgação e interesse.

Pauline : - O que foi?? Tem alguma coisa em meu rosto? - Passa as mãos procurando alguma coisa.

Clarense toca seu rosto delicadamente, passa o dedo em uma marquinha perto de seus lábios, se imagina os beijando, um beijo suave, os lábios macios e doces de Pauline, só esse pensamento faz seu '' menino'' acordar, mais é cedo ainda, não quer a perder por ser afoito, precisa a conquistar primeiro.... e o fará, irá devagar, passo a passo. Nunca pensou que um dia ia querer tanto uma mulher assim, a querer do seu lado para sempre, a proteger, compartilhar com ela tudo, tudo mesmo....

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