Capítulo 8 . Fama.

Claudio e Sebastian continuam trabalhando na lavoura, Clarense diz a eles que não precisam mais pegar no pesado que podem só fiscalizar o trabalho e produção, mais eles não sabem fazer outra coisa e continuam.

Vicentina agora tem eletrodomésticos que facilitam a vida e Clarense paga uma moça para fazer faxina e cuidar das roupas, Vicentina não abre mão de cozinhar, mais agora é tudo mais fácil, o fogão é a gás e não precisam buscar lenha.

A vida havia melhorado bastante, graças ao esforço e inteligência de Clarense, mais isso o deixa longe de casa até dias, negociando seus produtos, comprando e vendendo, lucrando muito com isso.

Apesar do progresso tudo fica muito longe, a cidade mais próxima fica a duas horas de carro, o que dificulta um pouco as idas e vindas.

Clarense é conhecido em uma casa de meninas na cidade, quando ele aparece elas fazem fila para ver quem vai ficar com ele, tem fama de ser carinhoso, bem dotado e de saber satisfazer uma mulher, pelo menos uma vez por semana ele está lá, ele não é de escolher mais prefere uma morena de cabelos longos com nome de Lua, nunca pergunta nada a moça, mais é carinhoso pois sabe a vida que levam, com o tempo ficou especializado na arte do sexo. E sempre que ia a cidade lá estava ele.

Em uma dessas idas Clarense é chamado com urgência em sua casa, seu irmão Cláudio havia sofrido um acidente, foi picado por um cobra venenosa e achavam que não havia mais tempo de socorrer pois ele estava muito longe, na plantação de bananas. Tentaram prestar os socorros que podiam mais o hospital fica muito distante, infelizmente quando Clarense chegou era tarde demais.

Clarense sentiu tanto, evoluíram em tudo e seu irmão morre por uma picada de cobra, resolve então construir um pequeno posto de saúde e contratar um enfermeiro. Decidiu também aumentar seu ramo de negócios e investir na criação de animais, para isso precisará de um veterinário. Já tem um agrônomo que presta assistência as suas plantações que só aumentam. Decidiu trazer tudo para mais perto deles, montar uma empresa para exportar o que produzem, gerar mais empregos e trazer mais pessoas para o local.

Clarense decide também contratar um detetive para descobrir sobre seu pai, visita dois e não os acha confiáveis, então pede ajuda a João, um comprador fiel de seus produtos e que havia comentado que seu primo era investigador. Clarense liga pra ele e combina de se encontrarem na próxima semana para conversarem e Clarense lhe passar o que sabe sobre o pai.

Clarense passou a ser notado, sua fama se espalhou e despertou o interesse de várias pessoas, principalmente mulheres não só pelo seu físico forte de homem trabalhador, seus olhos claros mais também pelas posses e dinheiro que conseguiu em poucos anos.

Sílvia, filha de um fazendeiro rígido e seguro que não abre mão de um centavo que seja para os filhos, que são muitos e tem que trabalhar no pesado se quiserem comer, cansada da vida regrada que leva viu em Clarense uma oportunidade de liberdade.

Se bem que apesar da severidade de seu pai Sílvia não perdia uma oportunidade de se encontrar com colegas de farra, inventando mentiras e desculpas para poder sair.

Conheceu Clarense quando ele foi a fazenda comprar umas terras que seu pai colocou a venda e que fazem divisa com as terras dele, Sílvia o achou muito bonito e resolveu saber mais sobre ele, seu pai viu com bons olhos o interesse dela pois havia perdido uma quantia grande no jogo e precisava urgente de dinheiro para pagar, senão precisará desfazer de mais terras por um baixo preço ou por a fazenda como garantia da dívida.

Fecharam negócio e Clarense marcou de assinarem os papéis no cartório, Sílvia pediu a seu pai para ir junto e começou o seu jogo de sedução, colocou sua melhor roupa, um perfume doce, fingiu-se de boa moça, sempre ao lado do pai, fazendo-se de tímida, sentou bem ao lado de Clarense, se encostava nele, seu pai para ajudar os deixa sozinhos saindo com desculpa de comprar alguma coisa.

Sílvia : - Meu pai deve confiar em você. Ele não costuma me deixar sozinha com homem nenhum.

Clarense: - Ele não tem com quem se preocupar...

Sílvia: - Quer dizer que sou feia?? Que não chamo sua atenção??

Clarense: - Não. Não é isso....

Sílvia: - O que é então? -Finge ficar triste, chorosa.

Clarense: - Me desculpa, não tenho muito jeito para conversar com mulheres...

Sílvia: - Você me faria um favor?? A muito queria tomar um sorvete e papai não gosta que eu saia sozinha, como ele parece confiar em Você não poderia pedir a ele e me levar??

Clarense: - Está bem, farei isso como um pedido de desculpas a você.

Sílvia: - Obrigada. Você não sabe a felicidade que me dá.

E entre um sorvete e outro Sílvia consegue o que quer, vai embora com um encontro marcado para o outro dia, com aprovação do pai.

Clarense achou Sílvia simpática e parece ser uma moça de família, ele já está cansado de relacionamentos de uma noite, e apesar de sua mãe não querer que ele se case ela precisa de companhia feminina, já está com idade avançada e quem sabe netos a deixem mais feliz, Sebastian não iria se que mesmo, então só resta ele para continuar o nome da família. Não sentiu o coração bater mais forte por ela, mais não acredita mesmo em amor.

Só que quem vê cara não vê coração e o de Sílvia não é um dos melhores....

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