Com a mesa posta, todos sentaram e se serviram. Não falavam nada e Luí estava incomodado com o clima estranho, largou o talher e cruzou os braços, fazendo cara feia e um bico que quebrava a braveza, de tão bonitinho que era. Marlon tentou não rir e perguntou:
— O que foi, Luí?
— Por quê gente grandi é compicada?
Todos riram, sem resistir a candice do menino.
— O quê está complicado, agora, filho? — perguntou Giovanni.
— Vocês! Papai gosta da mamãe e briga, tio Marlon gosta do otro tio e briga, então gostá é brigá?
Todos olharam para ele, chocados com o entendimento do menino. Não era certo ele participar de toda aquela desavença, principalmente por ainda não conhecer a complexidade dos sentimentos adultos. Como poderiam explicar?
— Eu amo sua mãe, mas ela não aceita algumas atitudes que eu tomei no passado e por isso me mantém afastado. Mas eu acredito no amor dela e não vou desistir dela, entendeu?
— Você gosta do meu pai, mãe?
Mary olhou para Giovanni, com ódio nos olhos. Como ele ousava pôr a culpa nela?
— Seu pai é uma pessoa difícil de amar, porque faz muitas coisas que irritam a mamãe, mas por você, estou me esforçando.
Ela se arrependeu do que disse, assim que falou, pois estava transferindo a responsabilidade para o filho, então não se diferencia muito do outro.
— É só perdoar. A tia da creche ensinô isso.
— Ela devia ter te ensinado a não comer o final das palavras.
— Como se come o final das palavras? — perguntou o menino, fazendo todos sorrirem.
— Acho que essa discussão não vai terminar nunca, é melhor você comer, Luí. — Aconselhou Marlon.
— Mas você ainda não falou do seu namoro, tio.
Marlon olhou para Garreth, com a expressão de quem diz, você causou isso, agora resolve. Garreth não gostou, pois apenas teve uma atitude abrupta de defesa aos seus direitos. Mas resolveu acabar com o clima e respondeu ao menino:
— Seu tio e eu nos admiramos e nos sentimos atraídos, só não gostei dele ter me beijado antes de conversarmos e dele perguntar se eu queria.
— Viu, Giovanni, simples assim! — disse Mary, usando a fala de Garreth para cobrar Giovanni.
— Vai comecá tudo dinovo… — resmungou Luí, preferindo comer sua comida.
Todos se voltaram para ele, compreendendo que apesar de ser uma criança, Luí parecia o mais adulto de todos.
— Você está certo em reclamar, Luí, nós vamos terminar de comer e depois conversar para nos entender. — disse Garreth.
Luí riu, achando que venceu a parada.
Foram para a sala, terminado o almoço, depois de todos ajudarem com a arrumação, claro que Mary teve que chamar a atenção de todos, pois os empregados estavam de folga pelo luto.
— Bem, Garreth, já informei ao Giovanni sobre as presas, depois ele te passa e vocês resolvem o que farão. — Informou Mary.
— Devo entender que não trabalharemos juntos? — perguntou Garreth, dirigindo-se a Marlon.
— Por quê faríamos? Você está de olho em minhas patentes?
— Com certeza que sim, não só por querer conhecê-las, mas para tesgatar a empresa.
— Sinto muito, mas as patentes são minhas e elas eram só cedidas por tempo determinado, a empresa. Eram alugadas, por assim dizer.
— Entendi e vocês não pretendem mais fazer isso?
— Temos outros projetos.
Giovanni percebendo o embate entre os dois, levantou-se e pegando a mão de Mary, a levou até a varanda onde já haviam ficado uma vez. Luí estava na sala de estar, assistindo desenhos na televisão.
O dia estava ensolarado, mas fresco, agradável para se sentar na varanda. Giovanni continuou segurando a mão dela e a fez deitar-se com ele em uma das redes de casal, ficando bem juntinhos.
— Percebe o que você faz? Sempre me induz a fazer o que você quer.
— Mas é o que você quer também! Eu não seria um empresário de sucesso, se esperasse as coisas caírem do céu.
— Mas ser um empresário, não é o mesmo que ser um bom homem para uma mulher.
— No final dá tudo no mesmo. A conclusão é: você quer ou não quer?
— Agora você pergunta?
Ele estava deitado de costas na rede e ela estava ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu braço e olhando para ele. A rede não permitia que ficassem afastados e ele aproveitou esse fato, para envolvê-la com os dois braços e calar sua boca com um beijo. Ela foi pega de surpresa, mas o fato de seu corpo estar tão junto ao dele, deixava-a excitada e carente.
Ele sabia como envolvê-la e nem precisava de técnicas de sedução, pois o sentimento existente entre eles, mesmo ela racionalizando tudo, fazia com que seus corpos correspondessem um ao outro. Os cientistas diziam que era culpa dos feromônios, mas eles nem pensaram nisso, apenas se entregaram com sofreguidão.
De início parecia um combate entre suas bocas, línguas e mãos, para ver quem controlava a relação, mas com o fogo que incendiou suas veias, tornando seu sangue como lava ardente e suas emoções, se acendendo de prazer, buscaram o próprio prazer e depois o do parceiro.
Ele consegui se virar e se colocar sobre parte do corpo dela e desceu seus labios para beijar com sua lingua, seu pescoço e descer para o vale de seus seios. Os dedos dela entraram pelos cabelos dele, quando ele mordeu seu mamilo, por sobre a roupa mesmo e prendeu-o ali, suspirando. Voltaram a se beijar, profundamente, enquanto as mãos dele se aventuravam pelo corpo necessitado dela.
— Eu te amo, Mary. Não consigo ficar sem você.
Ela parou seus movimentos, ao ouvir a voz dele. Foi como se acordasse de um sonho gostoso e entrasse na realidade dolorida do caos. Por quê ele tinha que abrir a boca? Ele percebeu que ela não retribuía mais seus carinhos e apoiando os braços ao redor dela, se ergueu como pode, para fitar seus olhos.
— O que foi?
— Não sei, Giovanni, há uma guerra denyro de mim que não deixa eu confiar em você.
— Talvez você deva fazer o que Luí sugeriu e me perdoar. Sei que você me corresponde, não só pelo seu corpo, mas pelo seu olhar e pela própria luta que trava. Você só não confia em mim, para se entregar.
— Se você sabe disso, por quê insiste?
— Porque te amo e necessito ter você, não só o seu corpo, mas a sua presença, o seu toque, a sua voz…preciso ouvir sua inteligência ao falar sobre o trabalho e quero participar do amor que sente por nosso filho. É muito? Sim, é, mas quero tudo de você.
Ela sorriu pela declaração de amor mais linda que já ouviu ou nunca ouviu, já que nunca teve um relacionamento amoroso.
— Isso foi muito lindo, Giovanni. Mas preciso de mais tempo.
— Está bem, te darei até a noite. — falou e não esperou a reação dela, beijou-a de novo, ardentemente.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Fatima Maria
EU TBM ACHO VC É QUE ESCOLHE SE VAI OU VAI RACHA, VC MARY É QUE ESCOLHE SE VAI PRA FRENTE OU PRA TRÁS.
2024-07-20
1
Fatima Maria
AI MEU DEUS EU ESTOU AMANDO DEMAISSS E ESTOU COM UMA DOR DE TANTO RIR COM ESTA CRIANÇA 🧒 🤣🤣🤣🤣🤣😍🤣🤣😍😍😍😍😍🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-07-20
0
Márcia Jungken
agora é tudo ou nada e melhor Mary decidir logo 😁😁😁😍😍😍
2023-10-29
5