Mary estava muito cansada para ainda ter que lidar com esse assunto e ainda precisava resolver o que faria da vida, se voltaria para o Brasil ou ficaria por ali mesmo, para dar uma geral em sua empresa. Só que no momento, tudo que queria era dormir.
— Luí, sua mãe está muito cansada e seu pai tem a própria casa para dormir. — explicou Marlon.
— Então, eu podia ir com ele. — disse o menino, feliz com a possibilidade.
Pela aparência cansada de Mary, Giovanni ficou penalizado e resolveu não fazer exigências no momento. Outro talvez aproveitasse justo esse momento, para tirar vantagens, mas ele não faria isso com ela, mesmo com tudo que ela fez contra ele. Ele estava tão cheio de planos para fazê-la sofrer,as agora que a viu e conheceu seu filho, um filho que nem imaginava que tinha, mas que quebrantou seu coração e fez o amor renascer em seu coração.
— Você parece realmente muito cansada, Mary. Eu não vou ficar, hoje, Luí. Mas voltarei.
— Obrigada, Giovanni. Prometo que vamos conversar, depois que eu descansar. Precisamos resolver muitas coisas, mas por hoje, estaremos aqui.
— Pode me dar seu número de celular?
Ela olhou para ele, séria, passou os últimos anos fugindo de todos e principalmente dele e agora, parecia que a porta de sua vida estava aberta para ele devassar tudo. Antes que pudesse falar, Marlon deu a ele um de seus cartões e agora era definitivo, teriam contato, ela querendo ou não.
Ele se despediu dela e depois de conversar e beijar Luí, se foi. Ela ficou olhando ele saindo e lembrou da primeira vez que o viu, também pelas costas. Estava abraçando e beijando uma modelo, como se tivesse fome da mulher e precisasse come-la inteira. Enquanto observava o ato esvandaloso, ele soltou a mulher e se virou, encontrando ela parada no umbral da porta do terraço, onde ele estava.
Se encararam por uns segundos, o suficiente para seus corações acelerarem e baterem no mesmo compasso. O susto que ela sentou com as emoções que a invadiram, fez com que fugisse e se voltasse contra os sentimentos que envolveram ele, naquele momento. Estava tudo interligado, as lembranças das traições de seu pai, a visão de Giovanni com aquela mulher, antes de sentir a óbvia atração entre os dois.
Ela negou, fugiu e o acusou de mulherengo, falso e traíra. Culpou-o sem que tivesse culpa e perseguiu-o sem ter por que, só por não aceitar seus próprios sentimentos. Agora estava ali, depois de vários anos, unidos por um laço totalmente inquebrável, um filho. Teria que engolir seu orgulho e reformular sua vida em prol de seu filho.
Levantou com difículdade, mandou seu filho de mau humor, tomar banho e foi tomar seu banho também. Não demorou muito e já estavam dormindo. A casa estava toda às escuras, quando um certo gatuno escalou as paredes de pedra da mansão e chegou a savada dos quartos, olhou pelas janelas, até encontrar a que queria e abrindo a porta, entrou silenciosamente e se deparou com um menino parado diante da porta, encarando-o.
O gatuno correu até o menino e tapou sua boca, antes que gritasse.
— Calma, Luí, sou eu, seu pai. Vou tirar minha mão, não grite.
— O que o senhor tá fazendo no quarto da minha mãe?
— Papais dormem com mamães.
— A é?
— Sim e você precisa parar de correr para a cama dela durante a noite. Você já é quase um rapazinho.
Estavam sussurrando para não acordarem Mary. O quarto é bem amplo e a cama, distante, mas Giovanni quis manter o ar de cumplicidade com o filho. Lhe deu um beijo de boa noite e o viu correr para o próprio quarto. Trancou a porta para não correr risco, tirou a roupa e entrou debaixo das cobertas, abraçando Mary e sentindo seu aroma, dormiu.
O sol começou a nascer e Giovanni acordou, sentindo seu corpo acusar a satisfação em estar com sua amada, mas não podia abusar, levantou-se, vestiu-se e saiu pela sacada, foi para casa, se arrumou e voltou como se não tivesse passado a noite lá. Mary acordou com batidas na porta e gritinhos de Luí, chamando por ela. Ela sentiu o cheiro inconfundível do perfume de Giovanni e achou que estava pensando muito nele.
Levantou-se antes que o filho derrubasse a porta e estranhou ela estar trancada, pois nunca trancava a porta, para Luí poder entrar, como fazia quando acordava no meio da noite, mas agora estava trancada. Abriu e encontrou Luí com as mãos nos quadris, já limpo e arrumado.
— Bom dia, filho. Por quê você está tão apressado?
— Papai já chegou para tomar o café com a gente.
— Ah! Seu pai já chegou…vou me arrumar e não se esqueça que não estamos no Brasil, fale o idioma local.
— Tá, mãe, mas anda logo.
— Me espere lá embaixo.
Foi como lhe dizer que seu doce preferido estava a disposição naesa de café. Saiu como um flash. Ela foi se arrumar, ainda intrigada e desceu sem saber como se comportar diante de Giovanni. Não esperava por ele tão cedo, queria ter conversado sobre a permanência ou não, deles neste país e nesta casa.
Desceu e os três homens estavam esperando na mesa do café.
— Bom dia! Rssa mesa está bonita.
— Bom dia, Mary. Giovanni trouxe os ingredientes do desjejum e só precisei fazer o café.
— Devo considerar isso bom?
— Bom dia pra você também, Mary sirva-se e bom apetite. — disse Giovanni, ironicamente.
Mary fez uma vareta e sentou-se, depois de perceber que Luí estava quase iniciando seus infindáveis questionamentos. Serviu-se de panquecas com calda e suco de laranja e encheu a boca para evitar soltar todas as ofensas que queria dizer a ele.
— Precisamos resolver se vamos ficar aqui ou voltamos para o apartamento. — comentou Marlon.
— Não creio que podemos voltar aquele apartamento, agora que somos uma família. — disse ela, vendo surgir um sorriso no rosto de Giovanni.
— Então é melhor verificarmos a lista de imóveis da família, creio que você não quer ficar aqui.
— Esqueceu do inventário? Não sei se podemos utilizar os imóveis ligados ao patrimônio de papai.
— Mas temos o espólio de mamãe e acho que tem um chalé nas montanhas Catskills.
— Mas logo será inverno e não sei se é um bom lugar para ficarmos quando nevar. — ponderou Mary, mas Luí saiu da mesa dando pulinhos e gritando:
— Obá! Neve, neve, neve, teremos neve.
— Acho que alguém já resolveu por nós. — Concluiu Marlon.
— Como é essa cabana? Gostaria de conhecer, já wue também irei para lá.
— O que? Como assim? — perguntou uma irritada Mary.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Erlete Rodrigues
esse homem é muito abusado
2024-10-27
1
Cassia Soares
Que sono pesado é esse que não sente outra pessoa na cama e ainda ele dormiu abraçando a ela
2024-09-06
1
Claucris
Esse homem é doido, só pode......😂😂😂😂😂
2024-08-19
3