O homem mandão e arrogante, demonstrava como era certa sua fama, de tanto xingar, reclamar e socar a parede. O delegado já tinha reclamado, mas Don Giovanni não se conformava com tudo que estava acontecendo, quando finalmente teve a mulher de seus desejos, nos braços e parecia feliz, tudo desmoronou.
— Por que ela fez isso comigo?
— Tá mais pra: por quê você fez isso com ela? — perguntou seu advogado.
— Mas eu não fiz nada que ela não quisesse, ela não resistiu.
— Antes ou depois de você injetar um sedativo nela.
— Eu só queria protegê-la, estavam tentando matá-la, ela mostrou nos vídeos.
— Pare de se iludir, você cometeu um crime e a não ser que prove que ela estava de acordo, pegará de dois a três anos de prisão pelo sequestro e até mais pelo abuso.
— Não existem provas e sem o testemunho do motorista e do piloto do helicóptero, não conseguirão nada. Fale com eles para não falarem de mim e quanto ao sexo, foi muito bom, ela teve um orgasmo e não tem provas de que eu a forcei, pois não a forcei.
— Não é o que ela disse no depoimento, ela disse que acordou com você entrando nela e gritou pare e você parou? Não, você não parou,
— Pare com isso e resolva a questão, me tire daqui o mais rápido possível e por favor, não deixe esse assunto vazar.
— Está bem. Tô indo.
Enquanto o advogado pessoal saiu, entrou o empresarial e Giovanni parou, contraindo a testa e se perguntando: o que foi desta vez?
— É, você pensou certo, mais problemas. — disse o advogado da empresa.
— Parece que o mundo está caindo na minha cabeça, o que foi dessa vez?
— O que já desconfiávamos e não tínhamos provas. Seu irmão contratou um hacker para roubar projetos cibernéticos secretos e alguém chegou a ele.
— Aquele inútil! Não basta ter tanto dinheiro e quase não precisar trabalhar, ele tem que fazer coisas erradas e sujar o nome da família. — Passou a mão nos cabelos, jogando ele para trás, nervoso.
— Veja a matéria, publicada pelo site de notícias de sua grande paixão.
O advogado mostrou seu tablet com as imagens e o aborrecimento de Giovanni só aumentou. Ele foi até a cadeira e finalmente a usou, pensando no que fazer.
— Ele usou a empresa para fazer isso?
— Usou, não só os computadores, como as finanças e a produção de uma das fábricas.
— Tudo isso debaixo do meu nariz?
— Do nosso, o que faremos?
— Onde ele está, agora?
— Os seguranças o estão vigiando e ele está na casa da família.
— Mantenha a vigilância e entre com um processo, denuncie, faça o que for necessário para tirar meu nome disso. Peça ao diretor de finanças, que faça uma auditoria por onde meu irmão passou, junte as provas e corrija tudo.
— O senhor faz falta na empresa, como fará?
— Denis foi tentar um habeas corpus, logo estarei respondendo em liberdade. Aí vou pegar…
— Não fale, esqueceu onde está?
— É, você está certo. Vá logo resolver isso e me dê notícias. Por favor, não ouça ninguém que queira mudar minhas ordens, sabe como é minha mãe quando se trata de meu irmão.
— Sei como é, até…
Quando ficou sozinho, se debruçou sobre a mesa, com os cotovelos apoiados na mesa e a cabeça apoiada nas mãos. Fechou os olhos e respirou fundo várias vezes para se controlar e depois pensou em Mary, lembrando dela em seus braços, da maciez de sua pele e daquele beijo na porta do quarto. Seu membro firmou e pulsou, com a lembrança.
— Não é possível que ela também não sinta isso. — murmurou baixinho.
Lembrou também da dor que ela sentiu quando a penetrou com força, como ia adivinhar que uma mulher com 29 anos, ainda era virgem? Era contrário a todas as estatísticas. Talvez essa fosse a causa da denúncia, o fato dela ser virgem. Agora não mais, agora era mulher, a mulher dele, ele a fez mulher e não deixaria outro tocar nela.
Quando pensava assim, lembrava de sua herança genética mafiosa e de como os homens da família de seu pai, tratavam possessivamente as mulheres. Talvez fosse o sangue celta que corria nas veias da família, que gosta de desbravar e tomar posse. Tentou parar de pensar nela, pois foi ela que o levou para aquele lugar.
O delegado entrou na sela e avisou:
— Agora o senhor vai para a sela, terá que esperar lá, até o juiz decidir o habeas corpus, o bom é que ficará sozinho, espero que as acomodações estejam a altura de vossa majestade.
Os guardas que vieram buscá-lo riram junto com o delegado e levaram o preso. O delegado observou a postura do homem poderoso e achou bem feito ele estar ali. Não entendia o que lhes dava tanta confiança, para acharem que podiam viver fora da lei.
Dinheiro!
Só podia ser isso, os homens com muito dinheiro, devem se sentir um deus, podendo tudo, mas ali não, o dinheiro não o compra. Voltou para sua sala, pensando na mulher linda que esteve nas mãos daquele desgraçado. Pena que ele não tinha acesso a mulheres como aquela, macias e cheirosas. Seu expediente estava terminando e esperava que seu substituto da noite, não liberasse o homem antes da manhã seguinte.
Não foi o que aconteceu, antes da meia noite, chegou o habeas corpus e o suplente liberou o preso, que saiu com vontade de ir direto a casa de Mary, mas foi dissuadido pelo advogado, então ele foi a casa da família e ao chegar, os seguranças o informaram da situação e ele foi ao quarto de seu irmão, que dormia placidamente em sua cama fofa e cheirosa. O fato causou mais raiva e Giovanni, que tirou a coberta de sobre o irmão e puxou-o, derrubando-o da cama.
— O que… o quê tá acontecendo? — perguntou o irmão, levantando, aonda sonado.
— O que você pensou que estava fazendo, idiota? Agora vou te ensinar a ser responsável.
Giovanni fechou o punho e socou a cara do irmão, que quase caiu de novo e levou mais um soco e começou a gritar, mas Giovanni não parou, socando seu estômago, seus rins e quando o irmão caiu, chutou-o sem piedade.
— Pare, Gio, pare, por favor. — pediu sua mãe, entrando no quarto, correndo.
— Já acabei.
Ele olhou para a mãe e não aguentou ver aquela pena e preocupação no rosto dela, que só não estava socorrendo o filhinho amado, porque ele estava bloqueando o caminho.
— A culpada por ele fazer o que faz, é você, mas já dei um jeito nisso. — falou e saiu, deixando.ela socorrer o filho quebrado
Cansado de tanta confusão, resolveu ficar por ali mesmo. Foi para sei quarto e tomou um bom banho, vestiu uma calça de moletom e foi para a cozinha, procurar o que comer. Nem olhou para a comida da prisão, por isso estava com muita fome. Encontrou um pernil assado na geladeira, fatiou e fez sanduíches. Comeu, bebendo suco.
Enquanto comia, pensava em seus próximos passos. Não podia deixar Mary acabar com sua reputação, por mais que fosse linda e a desejasse, não deixaria aquela denúncia passar batida. Com certeza ela estava fuxicando sua vida.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 56
Comments
Erlete Rodrigues
hummmmmmmm
2024-10-27
1
Fatima Maria
ESTE DELEGADO É SANTO DEMAIS, POIS TEM OUTROS DELEGADOS QUE COME DOS MAFIOSOS PARA SE CALAR.
2024-07-20
0
Márcia Jungken
Giovanni pode ser possessivo em relação a Mary , mas não vai ser nada fácil ele conseguir conquistar a confiança dela
2023-10-29
5