Os irmãos chegaram na empresa e todos olharam para eles assustados, cumprimentaram com receio e eles passaram sem olhar para ninguém. Entraram no elevador e foram direto para o andar da sala de reuniões. Assim que entraram, todos os encaram, como se fossem zumbis assistadores.
— Bom dia a todos, agradeço o respeito pelo nosso luto, mas não havia necessidade. — disse Marlon, irônico, olhando para Giovanni, pois sabia exatamente o que estava acontecendo.
— Papai!!!!
Luí soltou a mão do tio e correu para o pai, que colocou-o no colo. O menino sorriu para todas as varas que o encaravam com espanto.
— Bom dia, senhores. Posso pedir que me ponham a par de tudo o que está acontecendo aqui, ou somos obsoletos para a empresa, agora?
Giovanni rangeu os dentes, mas manteve a pose, não queria que ela chegasse antes dos diretores assinarem a sua posse na direção da empresa.
— Sente-se, meu amor. Apresento a todos, meu filho Luí.
— Por enquanto, ainda é só meu, filho Luí. Sem perda de tempo, falem!
Ela sentou na outra ponta da mesa, de frente para Giovanni, que já tomou posse da cadeira do diretor.
— Estávamos iniciando a votação para elegermos o Dr. Giovanni como novo presidente da empresa. — disse um dos diretores.
— E o que o Dr. Giovanni apresentou? — perguntou Mary, sem demonstrar o nojo que estava daquela corja de traidores.
— Ele conseguiu 30% das ações e com nosso apoio, ele detém a maioria. — esclareceu uma das diretoras, se insinuando para Giovanni.
— Bem, estamos de volta, vocês decidam o que quiserem, aceitaremos, não é Marlon? — disse Mary, sem dar atenção a mulher.
— Com certeza, sempre jogamos limpo com todos, mas assim que precisamos nos afastar, todos meteram os pés pelas mãos, dando abertura ao Giovanni. Ele aproveitou a oportunidade, mas nós não trabalhamos assim, então decidam.
Giovanni ficou desconfiado, aqueles irmãos não eram fáceis de enganar e pelo que Marlon falou, sabiam do que estava acontecendo. Se não estavam ligando para a eleição dele como presidente, algum trunfo tinham na manga.
— Esperem. Eu só tomei a frente para proteger a empresa que um dia será de nosso filho, mas com Mary de volta, creio que não será necessário uma votação. — captulou Giovanni.
— Este menino é realmente seu filho com ela? — perguntou a mesma diretora insinuante.
— Eu sou Luí e ele éeu papai e aquela é minha mamãe e eles dorme junto. — disse Luí, todo orgulhoso.
A mulher, assim como Mary, ficaram coradas, contendo a vergonha que sentiam. Luí, inocente, sorria feliz, sentindo-se importante por estar no colo do pai e poder falar para todos aqueles homens importantes.
— Votem! — ordenou Marlon.
Os diretores conversaram entre si e um deles foi o porta voz de todos:
— Nós elegemos o Dr. Giovanni para o cargo de presidente.
— Ótimo, nós nos retiramos agora. Vamos, Luí, deixe o papai trabalhar. — chamou Marlon, ao menino.
— Mas eu queroa ficar com o papai…
— Não quer conhecer a sala da mamãe? Vou lá buscar minhas coisas, deixo você sentar na minha cadeira.
— Obaaaa!
— Eu logo vou para lá, encontrar vocês, tá bom?
— Tá bom, papai. — beijou o pai e desceu, correndo para dar a mão a mãe.
Os diretores esperaram eles sairem, para comentar:
— Nós preferimos um homem na direção, do que uma mulher emotiva, que vai embora, largando tudo, por causa de qualquer probleminha. — disse o diretor que foi o porta voz.
Giovanni esperou todos assinarem a ata e passarem a presidência para ele no papel, para falar:
— Mary é a mãe do meu filho, não quero mais ouvir um ai sobre ela e tem mais, vocês acham mesmo que eles não têm um trunfo, que saíram assim, sem mais nem menos? — balançou a cabeça, pegou os papéis e saiu, deixando os diretores com cara de taxo.
Seguiu direto para a sala da presidência, onde Mary estava com o irmão. Eles deviam estar pegando tudo de importante, para sumir, tentando dificultar sua vida. Entrou na sala, mas eles já tinham ido, achou aquilo estranho e chamou a secretária.
— Pois não, senhor? — perguntou a secretária, que já sabia que o novo CEO não gostava de intimidade.
— Os irmãos já foram? Levaram alguma coisa?
— Dona Mary pegou algumas fotos e objetos pessoais e deixaram um adeus e obrigado.
— Só isso, nada de documentos ou algo do cofre?
— Não, senhor. Dona Mary nunca deixou nada importante no escritório, sequer na empresa. Sabe como é esse negócio de segredo industrial ou algo assim.
— Então ela não mantém as patentes aqui?
— Não, senhor. As patentes são do senhor Marlon, cedidas à empresa por tempo determinado.
— Então é osso, o sucesso da empresa está ligado aos dois, sem eles a empresa não é nada.
— Não entendo dessas coisas, senhor, não posso lhe informar.
— Está bem, obrigado.
A secretária se retirou e ele foi sentar-se na poltrona do presidente, amaldiçoando seu plano mal elaborado, agora tinha uma empresa nas mãos, que só lhe daria trabalho, pois era só uma casca, o conteúdo precioso, que dava vida e lucros a empresa, não pertencia a empresa.
Um presidente de uma firma praticamente falida. O que faria com aquele plano fracassado? Depois de muito pensar, ligou para seu irmão e pediu que viesse encontrá-lo. Talvez ele tivesse a solução, com seus protótipos cibernéticos. Também precisava domar aquela fera travestida de mulher. Foi muito azar ela tê-lo visto justo naquele dia em que cometeu aquela indiscrição.
Naquele fatídico dia, havia perdido uma aposta e sua paga era dar um trato naquela pulga, a mulher mais grudenta e sangue sua do mundo da moda e por causa daquilo, perdia, dia após dia, a sua verdadeira amada. Logo teria o resultado do exame de DNA e documentaria perante a lei todos os seus direitos e se ela não cedesse, ameaçaria lhe tirar a guarda de Luí, só para que cedesse.
Não achava aquilo digno de um homem honesto, que ama sua mulher e seu filho, mas estava disposto a tudo…bem, quase tudo, não queria ser preso novamente, pensava. Quando seu irmão chegou, encontrou-o assim, meditativo, com o olhar fixo em nada, preocupado
— Seja lá qual for o problema, de e ser sério, para deixar você desse jeito, sem ação.
— É Gareth, maldita aposta, paguei com a minha felicidade e não com meu pau.
— Brabo assim? O que tá pegando, irmão?
— Tive todo aquele trabalho para nada, as patentes não são da firma e estão todas com os irmãos. Pelo visto Marlon não é tão idiota como pensávamos.
— Como você pensava, Gio.
— Você acha que podemos resolver isso com suas invenções?
— Primeiro você precisa fazer uma auditoria e verificar as vertentes da empresa. O quê, temais?
— Ela engravidou e temos um filho.
— Ah ha, essa foi ótima — exclamou Gareth, rindo com gosto — , sou titio! A pressão vai diminuir bastante, quando a mamãe souber que já tem um neto.
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Atualizado até capítulo 56
Comments
Erlete Rodrigues
Giovanni te passaram a perna klkkk
2024-10-27
1
Fatima Maria
EU ESTOU ADMIRADA DE DOM GIOVANNI ESTÁ SENDO BOTADO PARA FORA DOS NEGÓCIOS, E LOGO UM HOMEM DE SUCESSO E AGORA ESTÁ TODO EMBANANADO SEM SABER PRA ONDE IR.
2024-07-20
0
Márcia Jungken
Giovanni só está se lascando 🤣🤣🤣🤣
2023-10-29
5