Capítulo 17

Tento me controlar com a folga dele, e vou até o meu quarto.

— Eu quase nem tenho roupas para ir na cafeteria Milla.. essa minha blusa está rasgada.

Paulina fala no quarto comigo e eu á olho.

— Não tem problema Paulina.. está vendo esse vestido aqui? Ele não está nem mais entrando em mim! Deve dá em você.

— Obrigada Milla, tomara que dá em mim.

E eu espero as crianças saírem do banheiro, ajeito o Juca que colocou a blusa do lado avesso e ajeito o cabelo dele e do irmão e os dois vão correndo pertubar o Fernando na sala.

E eu espero Paulina sair do banheiro.

— Hm.. ainda ficou largo o seu vestido em mim Milla.

Paulina fala entrando no quarto.

— Paulina, mas ficou lindo em você esse vestido! Deixa eu ajeitar a alça.

— Ain.. É que eu sou tão magrinha Milla.. E para compensar esse meu cabelo é muito cheio.

— Paulina! Você é linda e o seu corpo também.

— Será que um dia eu vou engordar um pouco? Queria ter mais bunda e peito como você. Já vou fazer 18 anos e pareço uma criança de 12 anos.

Ela fala incomodada e eu sorrio achando graça.

— Paulina, olha.. depois que eu comecei a me amar do jeito que eu sou, tudo sumiu. A pessoa tem que gostar de você pelo o que você é, e não pelo o que você pode oferecer á ela. E se você não se amar em primeiríssimo lugar, ninguém vai! E ainda falta muita coisa.. seu corpo está em fase de desenvolvimento, você também! Agora fica aqui, que eu vou fazer um penteado super lindo no seu cabelo cacheado.

E ela se senta na cama, e eu faço um penteado. Ela é tão linda, sua cor de pele então, que realça e brilha no sol! Além de ter cachos tão abertos e definidos

— Viu como você está linda?

Falo dando um espelho para ela.

— Você é única!

Beijo a sua testa. — Agora eu vou ao banheiro tomar um banho rapidinho.

Falo pegando a toalha e ainda bem que o banheiro é no fundo do corredor ao lado do meu quarto, ouço vozes do Fernando com as crianças, e sorrio.. pelo visto eles gostaram mesmo do Fernando.

Tranco a porta do banheiro bem firme, e tiro a minha roupa e entro no Box.

E tomo o banho, e do nada espanto um pensamento do Fernando aqui dentro do chuveiro comigo.. seu corpo nuo Junto ao meu.

— Não Camilla! Misericórdia..

Falo vermelha, nunca tive esses pensamentos eróticos? Ainda mais com ele... ah, se as freirinhas soubessem, capaz de me jogar água benta em tudo. O que está acontecendo com o meu corpo?

Saio do banho ainda de toalha e eu me seco nervosa.

Coloco uma lingerie preta e um vestido vermelho, ele deixa meu corpo bem bonito e valoriza minhas curvas exageradas.

Saio do banheiro direto para o meu quarto.

— Milla! Você está vermelha.

Paulina fala ainda no meu quarto?

— Eu? Vermelha? Só se for o vestido.

Falo rindo e disfarçando.

— Eu acho que eu vou esperar você lá na sala.. as crianças devem estão pertubando o seu amigo..

— Ele não é o meu amigo! Apenas meu chefe.

Tá, não é meu amigo.. É meu chefe.. isso soou estranho.

— Um chefe muito bondoso, estou te esperando lá Milla.

Ela fala sorrindo e me da um beijo na bochecha, antes de ir.

E eu acabo só passando creme no meu cabelo, não vai dar para eu prancha-lo. Coloco algo no rosto, para tirar essa face vermelha e de cansada.

Pego um bolsa pequena e eu saio do quarto, caminhando devagarinho até chegar na sala.

— É verdade que você e a tia Milla estão namorando?

E eu congelo ao ouvir isso.

— Sim, mais ela ainda não sabe. E eu peço que vocês me ajudem a manter o segredo.

E meu coração palpita! Argh.. como o Fernando é bobo. Ele pode até querer brincar comigo, mais agora com as crianças? Ele se acha mesmo o "bambam."

— Já estou pronta.

Falo fazendo todos me olharem, inclusive o Fernando, que não tira os olhos de mim.

E ele se levanta com sua roupa levemente amassada.

— Pensei que estávamos indo no casamento. Mas você está..

— Acho melhor irmos logo né crianças?

Falo cortando ele.

— Tia Milla, você está tão bonita.

Juca fala vindo até a mim.

— E você também! Está um gatão lindo.

E eu me despeço do smurf e tranco a casa.

(...)

Chego na cafeteria com o Fernando e as crianças.

É um lugar bem chique.

— Fernando.. não precisava vim em um lugar tão caro.

— Eu sempre venho aqui Camilla! E as crianças parecem que gostaram.

— Uau.. tem muitos doces gostosos aqui!

Juca fala de boca aberta.

— Eu não falei para vocês? Agora vamos sentar para devorar logo esses doces.

E logo vem o Garçom nos atender, e o Fernando deixa as crianças pedirem o que quiserem. E mais uma vez eu fico com o turbilhão de sentimentos confusos aqui dentro de mim. E as crianças estão tão felizes e sorrindo atoa com ele.

— E você Camilla, não vai pedir nada? Ou por acaso está de dieta?

Fernando fala me olhando firme, enquanto as crianças estão conversando distraídos.

— Eu vou querer apenas um cappucino.

Falo nervosa.

— Ah.. não acredito que doces não sejam o seu ponto fraco. O que será então hein?

— Não é bebidas e nem cigarro igual o seu.

E eu vejo ele fechar o rosto.

— Olha Fernando.. eu não sei porque você está sendo tão legal.. mais não brinca com eles.. pois se quer saber o meu ponto fraco? São essas crianças puras e que não fazem mal á ninguém! Eles gostaram muito de você, e eu não quero que depois eles sofrem.

— Eu não sou esse monstro que você pensa Camilla! Ao contrário, eu também gostei deles.. E estou preferido mil vezes ficar aqui com vocês, do que em qualquer lugar nesse mundo.

Ele fala tocando em minhas mãos e meu coração acelera.

Mais eu tiro, assim que o Garçom volta com os pedidos.

Parece até um sonho.. mais não..  não posso me enganar.

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