Capítulo 11

E eu o olho supresa e também admirada.. pois é uma homem tão novo e já é advogado e doutor na área? Mais ele é muito firme e sério nas palavras. Acho que esse é o professor mais novo que eu já  tive aula em todo o meu curso de Direito.

Ele é bem bonito e possui um olhar enigmático e também é bem sério.

E pela primeira vez não acho chato ele falar sobre os filósofos..  ao contrário, do senhor Addans.. ele fala de forma mais simples e fácil e nos faz imaginar de várias maneiras cada contexto.

— Em uma sociedade como a nossa, o que vocês me falariam sobre o fetiche de mercadoria?

Ele fala olhando para a turma toda, esperando uma resposta coesa.

— Eu sei, eu sei!

Olho para a Adeline.. E claro, tinha que ser ela para querer atrair toda á atenção.

— Diga.

— É simples.. eu quero, eu gosto e compro!

E meu ouvido sangra, assim como o do professor também deve ter sangrado. Até eu, que não entendo muito dessa matéria, sei que oque ela falou não tem nada haver com nada!

— Resposta errada! Mas alguém que pode falar uma coisa simples e que é bem visível no nosso dia á dia? Que não seja nenhuma palhaçadinha, vocês já são adultos e se querem seguir a profissão, precisam ser sérios!

Ele fala olhando para a adeline e quando o seu olhar me nota no fundo das carteiras.. eu me encolho.. não.. ele não deve está olhando para mim.

— Você!

— Euu?

Fico um pouco sem jeito.

— Sim, nos conta o que você caracteriza como fetiche de mercadoria?

E eu fico um pouco nervosa e suando frio.. calma Camilla.. não é o fim do mundo. Todos os dias você atende telefonemas de todos os tipos de pessoas.

E quando eu solto uma palavrinha ela saí toda cortada e embolada.. E todos começam a rir de mim, me zoando e eu fico ainda mais envergonhada.

— Silêncio!!

E ele me olha, esperando uma resposta ainda.. argh.. minha garganta parece seca.

E eu respiro fundo e olho para ele.

— Bom, o senhor falou que o exemplo desse fetiche de mercadoria poderia está relacionada no nosso dia á dia. E o que é visível para mim, é que não só coisas matérias são visto como mercadoria, mas sim, até seres humanos. Por exemplo.. esses espermatoizoides de bebês que ficam em um frasco de vidro, esperando alguém ali comprar eles para fazer inseminação artificial. É um absurdo, tem que haver um limite. Nem tudo tem que ser visto como algo de venda e compra. Principalmente quando se trata de vida. Será que não temos valor? Será que não merecemos escolher o nosso destino?

E eu termino de falar bem nervosa e com medo.. de eu ter falado um monte de abobrinhas. Ainda mais porque ele ainda continua me estudando..

— Falou muito e ainda falou merda.. meu sobrinho foi gerado assim você sabia? O marido da minha tia não podia engravidar, então ela comprou uma inseminação artificial.

Adeline aponta já os dedos para mim.

— Então porque não adotaram? Já não acha que existe muitas crianças órfãs nesse mundo? Que sofrem e choram por não terem nenhuma família? É por isso que as desigualdades nunca irão acabar!

— Silêncio as duas!!

E ele grita com a voz potente.

— Senhorita..

Ele se refere á mim.

— Camilla.

— Bom Camilla, você está certíssima! Era isso que eu queria chegar. O quanto a vida humana hoje em dia tem perdido o valor e até ela é vista como mercadoria, e muitos indivíduos não percebem isso. Mas cuidado só um pouco com as suas expressões! — Bom, acho que agora podemos dar um intervalo de 15 minutos, depois espero encontrar vocês aqui.

Ele fala e as pessoas já começam a se levantar para saírem.

E espero todos saírem, até o professor.

E eu pego novamente a folha para redação e começo a escrever qualquer coisa. Não tenho mais tempo... tento me lembrar do que eles falaram na reunião..  sim, estavam falando de alguma coisa sustentável. Já sei.. energia sustentável! É isso! Tá.. mas eu não sei que argumentos posso citar a cerca de energia sustentável? Hm.. já sei, posso apontar os aspectos negativos de energia normal e os apesctos positivos de uma energia sustentável. E de como isso contribuaria para a empresa.

Viu Camilla! Você não é burra.. só está cansada.

Pesquiso algo no meu celular sobre energia sustentável e aparece várias matérias.

E eu começo a escrever antes que o intervalo acaba.

E eu tomo um susto quando vejo alguém entrar na sala e é o professor.

Ele só me dirige aquele olhar de mistério e eu penso que ele vai falar alguma coisa, mas nada fala.

Ele apenas se senta na sua mesa e tira o seu celular de última geração do bolso.

Continuo escrevendo, mais sempre tenho a sensação de que estou sendo observada e isso é péssimo.. agora estou torcendo para outros alunos voltarem.

Passa os 15 minutos e ele continua á dar aula, a medida que os outros alunos chegam.

E eu guardo a minha folha que já está na metade e presto atenção na sua aula, até acabar.

— Bom turma, na próxima aula quero que vocês leem o texto de maquiavel que colocarei disponível no programa de aula de vocês. Espero mais engajados do que hoje na próxima aula!

Ele fala apagando o quadro e juntando seus materiais.

E eu guardo as minhas coisas.

— Até amanhã gorda mansa..

Adeline passa rindo do meu lado e eu reviro os olhos.

E eu me levanto distraída e caminho em direção até a porta.

— Camilla..

E eu olho para o professor.

— Sua folha caiu!

Ele fala se abaixando e me dando.

— Hm.. obrigada professor.

— Espero que seja anotações sobre a minha aula.

Ele fala sorrindo descontraído e eu fico surpresa..pois ele parece ser tão sério.

— Éee.. boa noite professor.

Falo tímida e saio da sua presença.

Que coisa estranha.. pego a folha do meu querido chefinho, com vontade de amassar. Ainda vou chegar em casa, e terei que terminar ela.

(...)

Chego em casa, e só queria a minha cama.

Troco a ração e a água do smurf.

Coloco um macarrão no fogo e eu vou direto tomar um banho.

E eu como, pensando em terminar a bendita redação e eu terminei ela já tarde da noite.

— Eu juro que amanhã vou esfregar essa redação na sua cara Fernando!

E eu vou para o meu quarto e quando já estou prestes á dormi, pelo menos a única parte boa do meu dia, meu telefone toca.

Quem me ligaria uma hora dessa?

Falo irritada, enquanto eu atendo. E eu nem olho para o visor do meu celular.

— Alô.

— Camilla, sou eu o Fernando.

E eu quase caio da cama quando ouço a sua voz rouca.

— Fernando??

— Espero que não esteja dormindo.

Ele fala, soando um pouco irônico e eu me irrito. Quem ele pensa que é?

Até no meu momento de paz você me pertuba?

— Sim, boa noite.

Quando eu estou prestes a desligar, sua voz invade novamente.

— Eu preciso que você venha aqui no meu apartamento me entregar a redação que eu te pedi mais cedo.

— Oi?

Falo quase me engasgando, com certeza ele deve está bêbado, ou só endoidou de vez.

— Isso mesmo que você ouviu! Eu vou pedir para o motorista do meu pai ir te buscar na sua casa.

— Fernando.. porque eu tenho que ir na sua casa? Se eu posso te entregar amanhã na empresa essa redação? Está muito tarde, você não acha?

— Se está falando assim, é porque provalvemente não fez.

— Que??

Falo vermelha.

— Eu não estabeleci uma data para você, eu apenas disse que veria a forma que você me entregaria.

— Sim, mais não achei que fosse uma hora dessa!

— Como eu falei e repito; ainda bem que você não é paga para pensar né Camilla?

E eu controlo a minha boca, mais não consigo.

— Até parece que você faz questão de ler essas redações ridículas que você pede para mim!? Com certeza até deve pedir para alguém jogar fora.

— Como sempre muito explosiva!  E quem disse que não? Essa redação sua, eu irei entregar ao meu pai, porque ele mesmo pediu especialmente. Como ele reagiria se dissesse que a melhor assistente dele não fez por pura birra?

E eu engulo seco.

— É mentira.. o seu Alberto nunca me pediu essas palhaçadas que você me pede apenas para me irritar.

E quanto mais eu falo, mas ele parece está se divertindo.

— Um dia a mamata teria que acabar né Camilla?

Acabar? Acabar porque eu não faço o que você gostaria, de me oferecer e de puxar o seu saco, como a grande maioria faz.

É claro que eu não falei isso, mas vontade é o que não me faltou.

— Em menos de 20 minutos meu motorista chega aí! Não se atrase.

— Argh! Pela primeira vez eu queria que você estivesse na farra e todo bêbado, para esquecer dessa redação ridícula!

— Agora sou tudo que você ama em um homem baby, sou um homem de família e trabalhador.

E meu coração dispara com essa resposta dele, mas é claro que ele adora me provocar.

E ele desliga o celular e eu saio da cama.

E eu simplesmente só coloco um sobretudo de amarrar para tampar o meu meu pijama.

E eu não quero ir lá sozinha! E a única que pode ir comigo é a maary.

E eu ligo para ela, e quando penso que ela não vai atender, e quase me vejo indo sozinha mesmo, ela atende.

— Camilla? Aconteceu alguma coisa?

Ela fala com uma voz de sono, com certeza eu devo acordei ela.

— Sim Maary! E eu preciso que você venha aqui imediatamente.

— Ain meu Deus.. aconteceu um incêndio? Sua casa foi invadida?

— Por Deus marry.. não! É só que.. o idiota do Fernando me pediu para ir uma hora dessa no seu apartamento entregar uma coisa que ele pediu para eu fazer.

— O que?? E você não vai não né Camilla?

— Eu não posso escolher não ir marry! É pelo seu Alberto e ele já está mandando o motorista dele vim aqui me buscar. Mas eu não quero ir lá sozinha..

— E nem deve! Eu mesmo irei com você só para ver a cara de otário dele quando me ver com você.

— Maary..

— Que foi Camilla? Esse homem pertuba o nosso sono e quer que tudo fica muito bem? Vou levar um spray de pimenta e expirrar no rosto dele, para ver se o senso dele volta!

Ela fala indignada.

— Não demora maary.

falo desligando o celular e toda nervosa.

😳O que será que o Fernando está aprontando hein minhas lindas?

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