O Bar

PONTO DE VISTA: RAVI LEBLANC

Tinha uma semana que Angel estava viajando e eu estava prestes a comprar passagens para ir ao seu encontro. Apesar de não querer voltar a Paris nunca mais.

Como sentia falta dela! Mas, a minha vida seguia.

Era sexta-feira, os meus amigos e sócios insistiram para comemorarmos o sucesso do nosso projeto em andamento. 

Fomos ao bar que íamos sempre. 

Não estava animado, mas resolvi de última hora.

Como sempre, pouco tempo depois, algumas mulheres aproximaram de nós e pediram bebidas.

Afastei-me dando espaço aos meus amigos e manti uma certa distância.

Não queria beber demais e acabar cometendo um erro, visto, estar há meses sem sexo. Algo que nunca aconteceu antes.

Eu, Luke, Charles e  Kleber estávamos no nosso quarto copo quando Liv chegou com a prima dela, a July. 

Quando July me viu, veio direto na minha direção. 

Não sei porquê, mas parecia que Liv armava esses encontros com a prima dela. 

Cumprimentei com toda a educação que tinha, porém, de forma seca, mas ela não pareceu se importar com isso. 

Da mesma forma como foi naquela época na casa do Luke, July deu um jeito de sentar perto de mim e sempre que possível tocava na minha mão, no meu braço... 

Depois de um tempo, todos já estávamos todos alterados e de repente senti a mão dela passear pela minha coxa e rapidamente tocou o tecido da minha calça sobre as minhas partes íntimas. 

Eu segurei a sua mão, olhei para ela e disse alto para quem quisesse ouvir: 

— Não me toque! Procure outra pessoa, porque eu não vou para cama com você. Pessoal, estou indo embora. 

Quando me levantei, a maldita da mulher sem noção disse: 

— Ravi, eu vou com você. 

Olhei para o Luke, depois para Liv e os dois pareciam ter uma bolha que os envolviam, pois, não perceberam ou fingiram não saber a raiva que eu estava sentindo. 

Sou homem! Tenho desejos! No entanto, não iria arriscar perder Angel.

Simplesmente virei as costas e saí. Quando estava chegando na porta, July segurou o meu braço e disse: 

— Ravi, você é um cavalheiro. Tenho certeza que não vai me deixar ir embora sozinha a essa hora da madrugada, não é? 

Olhei em volta, Kleber e Charles estavam aos beijos com outras mulheres. Luke e Liv já não estavam mais na mesa onde estávamos. 

Resolvi procurá-los. Eu não levaria aquela mulher sozinho. 

Não daria margem ao azar e a Angel ficasse sabendo disso em algum momento. Por mais que não acontecesse nada entre eu e July, essa louca poderia inventar algo. 

— Espere no balcão. Vou ao banheiro e já volto. 

Fui em direção ao banheiro. Lá encontrei Luke e depois esperamos por Liv que tinha entrado no banheiro feminino. 

Ao retornar para o salão, encontramos Kleber e Charles que já tinham dispensado as mulheres. 

Bebemos mais um pouco e Liv perguntou: 

— Ravi, a July saiu com você aquela hora. Onde ela está? 

Então, Luke e Liv sabiam das intenções da prima. 

Belos amigos que eu tinha! 

— Não sei. Ela não é minha responsabilidade. — Respondi de forma ríspida. 

Encarei o Luke com muita raiva e ele percebeu. Falei de forma irônica: 

— Hoje, eu vi o quanto os meus amigos são insensíveis. Quanta consideração vocês têm comigo e Angel! 

— Relaxa, Ravi. Você é solteiro, tem que se divertir também. — Luke disse. 

— Ótimo. Liv, saiba que quando eu sair sozinho com o seu namorado, vou empurrar qualquer vadia para ele. E nenhum de vocês dois poderão reclamar porque ele é solteiro, ainda não estão noivos e nem casados.

Depois de dizer isso, levantei para ir embora. 

Estava zonzo, ou seja, muito bêbedo, as minhas pernas não estavam muito estáveis.

Em frente ao bar tinha um pequeno hotel que sempre ficávamos quando passávamos da conta. Resolvi ficar ali essa noite. 

"Angel, queria que estivesse aqui!" 

NARRADOR

No dia seguinte…

No hotel em frente ao Bar, July acordou e viu que estava nua. 

A sua parte íntima estava sensível e as pernas bambas, sinal que tinha feito muito sexo naquela madrugada. 

No quarto, não havia outra pessoa. 

Pegou o celular na bolsa e eram 11 horas. Tinha dormido a manhã toda. 

Levantou para tomar banho, enquanto a água caía sobre o seu corpo, tentou se lembrar da noite passada. 

Ela queria que Ravi a levasse embora e ele pediu que o aguardasse no bar, pois iria ao banheiro. 

Ficou entusiasmada por ele ter aceitado. 

Visto que estava demorando, resolveu tomar mais uma bebida que se tornaram mais algumas. 

Naquela noite, ele estava vestindo uma camisa gola V vermelho escuro justa ao corpo, deixando-lhe muito sexy. 

Lembrou de como o corpo dele era perfeito quando o viu de sunga na casa de Luke e estava louca para usufruir daquilo tudo. 

Depois de um tempo, mesmo com a visão turva por causa da bebida, o viu sair. 

Foi ao seu encontro, cambaleando,  segurou o seu braço. 

— Estava esperando por você... Demorou muito. — Disse com voz de bêbada e custando a ficar em pé. 

Ele segurou a sua cintura, ambos se segurando, e começaram a se beijar loucamente. 

Depois disso, não lembrava de mais nada. Tudo foi muito avassalador. 

Para falar a verdade, não se lembrava nem do rosto do Ravi naquela hora. 

No entanto, tinha certeza que era ele por causa da roupa que estava vestindo. 

Terminou o banho e pensou em ligar para o Ravi, mas não tinha o seu número de telefone. 

Ele era um homem educado e com certeza lhe procuraria depois. 

July até que enfim tinha conseguido o que sempre quis, desde o primeiro dia que a prima tinha contado sobre quem era o Ravi. 

Ela não sabia se tinham usado camisinha, então decidiu não tomar a pílula do dia seguinte. 

Se tivesse sorte, engravidaria de primeira e sua vida mudaria da água para o vinho.

De acordo com as suas contas, estava no seu período fértil, ou seja, estava ovulando. Tinha estudado muito sobre isso nos últimos dias, e conforme tinha lido, geralmente era mais fácil engravidar 14 dias antes da menstruação e esse período pode durar por até sete dias. 

Ali, naquela hora, ela começou a fazer planos: não faria nada extravagante nos próximos dias, faria o teste de gravidez ou melhor o exame Beta HCG, depois afastaria a idiota da Angel do Ravi. Isso o deixaria devastado, precisando de consolo. E ela, July, o ajudaria e contaria sobre a gravidez para ajudar a levantar o seu astral. Então, se casariam. 

Tudo seria perfeito... 

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