PONTO DE VISTA: RAVI LEBLANC
Quando estávamos sob o toldo da saída do restaurante, chegou uma mulher que ficou parada à nossa frente, a menos de um metro, porém mesmo com a chuva, o seu perfume era marcante e suave ao mesmo tempo. A fragrância foi reconhecida por meu cérebro e as batidas do meu coração dispararam.
Quando ela se virou, tudo se confirmou, a mulher que passou a ser minha obsessão por meses, estava ali tão próxima e falando comigo, o meu coração palpitava quase saindo pela boca.
Eu queria me aproximar, gostaria de tirar o blazer do meu terno ou o casaco e cobri-la, pois não estava vestindo um agasalho grosso.
Gostaria de perguntar se estava tudo bem e se precisava de carona devido à chuva, pois estava tarde e chovendo. Porém, como poderia fazer isso naquele momento se estava com Diana ao meu lado?
No entanto, ao vê-la tão segura, compreensiva, sem frescuras, foi como ganhar na loteria.
'Quero essa mulher para mim!' — eu desejei.
Ela saiu sem olhar para trás, parecia não ter ouvido chamá-la nas duas vezes que gritei... como eu gostaria de saber pelo menos o seu nome!
Não tirei os olhos da mulher que caminhava devagar pela chuva, ela andava com dificuldade, estava mancando. Será que estava machucada? E ainda descalça na chuva... aquela cena me preocupou ainda mais.
Olhei para baixo para abrir a porta para a Diana entrar no veículo e voltei a olhar para onde a minha futura mulher iria, mas ela tinha desaparecido mais uma vez como no aeroporto.
Ela entrou no primeiro edifício ou virou à esquerda na rua lateral?
Quando entrei no carro, descontei a minha frustração em cima de Diana.
— Você é louca? Como pode dizer que eu sou o seu namorado? Não sou e nunca serei. Aceitei jantar com você para aplacar a insistência de nossos pais. Não sou um menino que será manipulado por eles.
— Ravi, não fale assim. Eu sempre gostei de você, posso te fazer feliz. Vamos para o seu apartamento e vou te mostrar.
Nunca rejeitei mulheres que queriam fazer sexo comigo, claro a não ser que não me atraísse em nada. Porém, transar com Diana significava casamento.
— Não. Você não pode me fazer feliz. Não quero ser rude, mas, não te desejo. Avise aos seus pais que não me casarei com você. Não adianta fazer ameaças, não cederei.
Convicto de cada palavra dita, pois estava cansado de ameaças veladas dos meus pais e da família dela.
Eles queriam muito um casamento entre nós... E a família de Diana era conhecida por se vingar dos seus desafetos comerciais e pessoais, mas eu não iria aceitar.
— Você conhece aquela mulher? É por causa dela que está nervoso assim? — começou a gritar.
— Diana, pare de arrumar desculpas. Acho que você não é muito inteligente. Você ouviu quando tentei saber o nome dela, portanto não a conheço. Apenas quero que entenda de uma vez por todas que eu não me casarei com você. Pare de forçar situações para nos encontrarmos. Essa foi a primeira e a última vez que saímos só nós dois.
— Ravi, acredita mesmo que vai conseguir se livrar desse casamento?
— Eu vou!
— Acho que você também não é muito inteligente. — Diana.
Durante o trajeto fomos em silêncio até o condomínio de mansões onde ela morava.
Assim que lhe deixei em casa, fui embora para o meu compromisso. Que na verdade era beber com o meu melhor amigo, Luke.
Eu não queria ir naquele jantar, pois Diana era realmente irritante.
Além do mais, todas as vezes que a vi sempre estava com maquiagem pesada, como se escondesse a sua real aparência e ainda usava roupas ousadas mostrando boa parte dos seios e suas pernas.
O seu corpo e a forma de se vestir lembravam o meu passado, algo que eu lutava para esquecer de vez.
Sempre que nos encontrávamos na casa dos meus pais ou por "coincidência" em outros lugares, deixava claro que desejava ir para cama comigo, por isso arrumei a desculpa de ter um compromisso.
Em outra época, teria acabado com ela, sexualmente dizendo, seria brutalmente feroz nas investidas, para que nunca mais me procurasse, mas há um ano, resolvi mudar de vida... E há seis meses estava procurando pela mulher que encontrei naquela noite.
Já havia combinado com o Luke e quando cheguei no 'Pub', ele já estava me esperando.
— Ravi, pelo jeito o jantar não foi tão ruim assim. Olha a sua cara de felicidade.
— O jantar foi péssimo, mas antes de ir embora ganhei um presente.
— A tal Diana fez alguma safadeza?
— Ela até queria, mas não aceitei.
— Você está doente? Pelo que eu saiba, o meu amigo Ravi não rejeitava mulheres antes de voltar de viagem.
— Não. E Diana não me interessa como mulher. Não tenho nem tesão por ela.
— Vejo que mudou e muito, meu amigo. Então... que presente foi esse?
— Lembra da mulher misteriosa do avião?
— Como não lembrar... se você falou nela por meses.
— Eu a vi, Luke.
— No restaurante?
— Na saída dele.
Contei todo o ocorrido ao Luke.
— Ravi, veja o lado positivo. Você não precisa procurá-la na cidade inteira.
— Com certeza! Ela estava mais linda que antes! Eu preciso ter essa mulher na minha vida.
— Meu amigo, vá com calma. Ainda não sabemos nada dela. E se for casada?
— Luke, eu preciso descobrir quem ela é ou vou ficar louco.
FOTO:
Imagem aleatória retirada da 'internet', apenas para fins meramente ilustrativos
Luke Parker
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 95
Comments
Eliana Regina da Silva
Já apareceu uma cobra 🐍 🐍 🐍 logo de cara!!
2025-03-20
1
Imaculada Abreu
com certeza esta Diana é uma cobra venenosa e vai jogar seu veneno
2023-12-23
3
Edna Costa
concordo kkk
2023-10-29
1