PONTO DE VISTA: RAVI LEBLANC
Os dias foram passando...
Passei a ir com frequência ou melhor, diariamente, ao restaurante daquela noite, tanto no almoço quanto no jantar.
Seria possível sentir saudades de alguém que nunca teve? A única coisa que sabia era que sentia a falta daquela mulher... A vontade de vê-la novamente, ouvir a sua voz, sentir o seu cheiro, era imensa...
No final de semana seguinte, fui pela manhã até uma cafeteria que ficava na mesma rua. Depois fui até uma praça e nada de encontrá-la.
O mesmo se repetiu nos próximos 15 dias, mas sem sucesso de um reencontro.
Será que ela tinha mentido que morava naquela região?
No entanto, eu não desistiria...
Num domingo à tarde, Luke fez um convite a mim e a dois outros amigos nossos para assistir a um jogo de futebol na sua casa.
Nós quatro éramos sócios do nosso pequeno escritório de engenharia e arquitetura.
Como foram vários dias à procura de uma mulher que parecia não querer ser encontrada, resolvi aceitar o convite.
Cheguei na casa do meu amigo por volta das 15:30h e o jogo seria televisionado às 16:00h.
Charles e Kleber estavam eufóricos.
— Ravi até que enfim chegou, achei que não chegaria a tempo de conhecer a prima do Luke. — Kleber.
— Até que não seria má ideia. Eu teria um concorrente a menos. — Reclamou Charles.
— Vocês podem parar com isso. Já disse que não é para mexer com ela. — Luke disse sério.
Charles olhou para Luke com ar de desdém, deixando claro que não acataria aquele pedido e foi falar com Kleber que sentou logo após os cumprimentos.
Tal olhar foi percebido por mim.
— Prima? Como assim? Te conheço desde a nossa adolescência e nunca vi nenhuma prima sua. — Eu constatei.
— Ela não é minha prima de verdade. As nossas mães são melhores amigas há anos e se consideram como irmãs. Ela é afilhada da minha mãe e mudou para Nova York há dois anos.
— Então, por que não podemos mexer com ela? — Perguntei próximo ao seu ouvido: — Está apaixonado?
— Não. Nada disso. Você sabe que eu gosto da Liv.
Charles e Kleber se aproximaram.
— A tia Lucy foi quem pediu para não brincar com ela. — Charles confidenciou com um sorriso cínico.
— O tio George também exigiu mantermos distância. — Kleber disse e encarou Charles.
Algo me dizia que Charles fez alguma coisa com a moça.
Os pais de Luke não são tios de Charles e Kleber ou meus parentes. No entanto, crescemos naquela casa, nos acostumamos a chamá-los assim a pedido deles.
— Pessoal, entendam que os meus pais querem apenas protegê-la de uma decepção. Ninguém de vocês leva uma mulher a sério.
— Isso é verdade. — Eu falei.
Minutos depois, começamos a assistir o jogo e a tomar cerveja.
Logo depois, o interfone tocou e a funcionária da casa foi até a porta.
— Quem é, Mary? — Luke perguntou.
Ela veio até nós e disse:
— É o funcionário do Sr. Clifford. Ele não está conseguindo falar no celular da sua prima e pediu que ela vá até lá, agora. O rapaz está aguardando para acompanhá-la.
— Obrigado, Mary. Pode subir e avisá-la, por favor.
Assim que a mulher saiu, não aguentei e fiz o seguinte comentário:
— Entendi errado ou vocês estavam realmente falando daquele seu vizinho mau humorado, que mudou para o outro lado da rua há quatro anos antes da minha ida para o exterior, o Sr. Jean Clifford?
— Sim,é ele mesmo. Assim que a minha prima mudou para cá há dois anos, eles se conheceram por acaso aqui na porta de casa, durante uma corrida matinal. Ele parece ter caído de amores por ela. Tornou o seu sócio na loja que ela abriu, banca suas viagens internacionais...
— Tenho vontade de quebrar a cara dele. — Charles disse enciumado.
— Talvez o humor dele fosse falta de mulher. — Kleber brincou.
— Não é nesse sentido. Deixa eu continuar. Há 14 dias, quando ela adoeceu e minha mãe a trouxe para a nossa casa, ele veio aqui pela primeira vez.
— Nossa! Então, é sério. O Clifford parece ter sentimentos por ela. E ela sente algo por ele? — Eu disse.
— Não, eu penso que não. Pelo menos é o que ela diz. Mas acho estranho o comportamento dele, ele é nosso vizinho há anos, sequer nos cumprimentava… Eu acredito que tem algo mais nessa história.
— Algo? Como assim? — Charles perguntou rapidamente.
—Quando o Sr. Clifford veio aqui em casa, algo que nunca havia feito nesses anos todos, ficou com meus pais trancados no escritório por muito tempo... Só foi embora, depois que um médico da confiança dele veio examiná-la.
— Estava preocupado. O que há de estranho nisso? — Perguntei.
— Ela é solteira, bonita, tem caráter forte, mas tem idade para ser filha dele. — Kleber constatou.
— Não sejam preconceituosos! Não há nada de errado, é muito normal, homens mais velhos com mulheres bem mais jovens. E ao contrário, também. — Falei, já estive com muitas mulheres mais velhas.
— Ela afirma que não tem nenhum relacionamento amoroso entre eles, apenas amizade, mas não sei... parece ter algo mais, por parte dele e meus pais sabem. O clima entre eles depois da conversa mudou, passaram a apoiar todas as ações do Clifford, sem ressalvas.
— Luke, você já usou tanto a palavra "algo" que estou começando a acreditar.
— Pare de se preocupar, se ela já garantiu que por parte dela não tem interesse. — Kleber falou.
— Se ele passar dos limites, você nos chama e nós damos uma surra nele. — Charles.
Começamos a rir do Charles, pois, nenhum de nós era bom em lutas, então, seria mais fácil apanharmos do vizinho de Luke.
Durante a algazarra toda, Kĺeber cutucou o meu braço e pediu que eu olhasse para o topo da escada.
Nela descia, a tia Lucy e ao seu lado, a suposta prima que estava de cabeça baixa.
O visual era familiar demais.
Chegando próximo ao último degrau, a mulher levantou a cabeça, o seu rosto ficou visível e eu fiquei literalmente paralisado.
FOTOS:
Imagens aleatórias retiradas da 'internet', apenas fins meramente ilustrativos.
AMIGOS E SÓCIOS
CHARLES BYRNES
KLEBER LING
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 95
Comments
Eliana Regina da Silva
uauuuuuuuu!!!!
2025-03-20
0
Anonymous
Esse dorama é lindo de mais
2024-07-11
0
ʎqǝᗡ 🐝
😍 Can yaman é golpe baixo 🤤
2023-09-05
3