۝ CAPÍTULO 11

"Ele não estava a dormir no fim das contas". Enquanto segurava os meus braços os pressionando sobre o colchão a sua face escureceu-se e Dominic ficou meio medonho.

— Engoliu a própria língua? Ou ficou surdo? responda-me: por que me olhava como se eu fosse sua presa.

 "O que eu digo?" Não conseguia sequer passar na minha mente qualquer coisa que eu poderia dar a ele como desculpa. Acho que meu olhar estava muito frenético nele no momento, o suficiente para deixar claro as minhas intenções apenas com ele.

Mas não conseguia responder, não importava o quanto eu pensasse, aqueles segundos em que ficamos em silêncio olhando um para o outro me pareceram minutos torturantes. Dessa vez era eu quem podia se sentir devorado pelo olhar. Parecia que Dominic era capaz de me atravessar apenas me olhando. Minha angústia me deixava ainda mais ansioso para pensar em qualquer tipo de resposta, e antes que eu me desse conta eu estava tremendo e suando de nervoso.

Vi Dominic relaxando levemente seu olharlevemente o seu ia abrir a boca para falar, alguém surpreendentemente bateu na porta do quarto em que estávamos.

"Tem mais alguém aqui além de nós dois?" Na minha cabeça aquilo não fazia sentido já que era sexta-feira e ninguém ficava trabalhando na sua casa aquele dia da semana em específico.

Dominic olhou para a porta, ainda estando em cima de mim e segurando meus braços. Franziu suas sobrancelhas com raiva e murmurou:

— Quem caralhos entrou na minha casa?

Saindo de cima de mim, ele desceu da cama e pegou sua arma que costumava ficar dentro de uma das gavetas de sua cômoda e saiu dali armado.

Antes que pudesse sair do quarto ele se virou pra mim e disse enquanto fechava a porta do quarto:

— Não saia daqui

Assim que Dominic saiu, não havia ninguém em frente à porta ou sequer havia alguém pelo corredor.

Decidi me vestir então, se fosse algo importante não adiantaria de nada que eu ficasse lá deitado e nu.

"Essa foi por pouco, mas ele ainda vai voltar nesse assunto, aí vou estar totalmente ferrado...!" Terminei de me vestir, então, mvestir-meaté o meio do quarto, um passo antes de um piso em específico, com uma cor levemente diferenciada e um relevo meio diferente.

Me abaixei e com uma tesoura de cabelo que havia no quarto, eu, a posicionando na lateral do piso, consegui levantá-lo.

"Sabia... Estava oco demais pra ser consciência... E alguém tão egocêntrico e metido como ele teria no mínimo um chão que prestasse. Nem isso ele deixaria passar..." Como eu imaginava, ali havia um revólver escondido, com imunição ao lado.

A peguei e realmente estava descarregada, a enchi com as balas e cobri de volta o buraco no chão com o piso e me levantei, seguindo até a porta.

Destravei a arma e sai pelo corredor, estava bem silencioso, e até mesmo que toda aquela extensão do corredor tivesse grandes e 'modestas' janelas, as enormes cortinas black-out faziam com que a luz do sol sequer entrasse ali, e assim, segui andando pelo corredor com a arma à postos. "Dominic sumiu?.... Ele havia acabado de sair, já foi o suficiente pra ele ter saído dessa vastidão de corredor?..."

De repente escutei passos rápidos atrás de mim, correndo na minha direção, me virando rapidamente, não conseguindo visualizar a pessoa direito, apenas com a silhueta do vulto eu atirei em sua direção.

Caindo no chão com o impacto forte eu bati a cabeça e a pessoa que eu acertei estava jogada em cima de mim.

No momento em que abri meu olhos vi sangue sobre o meu corpo e o do cara que eu havia atirado, seu corpo estava mole. Então o joguei para o lado no chão e me levantei. "Eu acabei de-"

— Caesar!

Dominic apareceu de longe, olhando meu incrédulo para a situação. Vindo até mim com passos tão curtos q pareciam se arrastar pelo chão.

– O que você fez?

— Ele veio na minha direção e eu atirei....

— Você matou alguém?

— ...! Isso foi sem querer...!

Dominic então já estava perto o suficiente para alcançar com suas duas mãos o meu rosto, assim o fez me acariciando enquanto um sorriso pervertido e estranhamente satisfeito aparecia em seu rosto.

— Você vai ser um excelente guarda-costas...

— Não... eu-

— Eu estou com ainda mais tesão de você agora.

Dominic agarrou-me antes que eu me desse conta e me levou de volta para dentro do quarto, pegando o seu celular enquanto ligava para um dos seus capangas dizendo o que aconteceu, ao mesmo tempo que arrancava a minha roupa e me penetrava sem sequer me deixar pensar.

continua.....

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