Depois de um dia estressante de trabalho, nada melhor do que descontar na corrida ou no boxe minhas frustrações. E hoje mais do que nunca preciso disso.
Me chamo Hugo Lorenzo Espinosa, primeiro filho de uma família conceituada e conhecida no meio da indústria automobilística. Meus pais são donos de uma rede de concessionária e design de carro. Esforcei-me muito para chegar onde estou na empresa, visando assumir a presidência da mesma. Dirigir uma rede de concessionária não é fácil. Gerir pessoas é algo que gosto, mas extremamente complicado. Sou encarregado da parte administrativa e tecnológica da empresa, mas tenho conhecimento em todas as áreas. Meus pais sempre me ensinaram que para ser um brilhante CEO, você precisa saber toda a funcionalidade da empresa, não bastando apenas se destacar num determinado setor.
Viajo bastante para abertura de filiais, mas quando estou em minha cidade natal, dedico meu tempo livre a corrida e ao boxe, e como falei acima, hoje estou precisando disso. Se não é fácil gerenciar pessoas, some a isso trabalhar com uma ex-noiva que ainda não entendeu ser ex, e acredita que tenho obrigação de resolver todos os problemas que causa e acima de tudo, ainda é apoiada pela minha própria mãe, CEO com meu pai da empresa.
A Laura Antonelli é filha única de uma família rica. Tivemos um relacionamento de 3 anos, mas que acabei a 3 meses. Uma mulher fútil e mimada, que apoiada pela minha mãe trabalha também na área administrativa, como gerente de RH. A família não aprovava o fato dela trabalhar em nossa empresa, mas ela viu uma oportunidade para sempre estar ao meu lado e viajando pelo mundo sempre que abríamos uma nova filial, já que ela é a responsável pela contratação de toda a equipe. E eu, por outro lado, me sinto sufocado e esgotado, sempre tendo que lembra que nosso relacionamento não existe mais.
Hoje preciso colocar minhas frustrações na corrida. Matriculei-me numa academia conceituada com uma equipe de corrida ótima. Algumas vezes preciso me ausentar dessas atividades por conta das viagens, mas sempre que posso, faço questão de participar para colocar a cabeça no lugar e esquecer os problemas do dia a dia. Aprendi a alguns anos a esvaziar a mente dessa forma, a matar um leão por dia e no final do dia relaxar com os exercícios físicos.
Chegando na academia troco meus trajes por um mais adequado, e sigo para onde a galera está reunida praticando o alongamento e já de posse do percurso que iremos fazer. Após quase uma hora de corrida me dou conta de uma comoção e alguns membros de nosso grupo parados. Cinco caras mal-encarados pararam uma das mulheres de nossa equipe, e um deles a estava segurando pelo braço e ela tentando se esquivar, percebo que o cara está querendo beijá-la à força, como homem não aceito esse tipo de atitude, então resolvo intervim. Peço para que ele a solte, e o faço enxergar que nosso grupo é bem maior que o dele.
Quando ele percebe que todo nosso grupo parou e retornou para onde eles estão, ele à solta. Ela parece muito abalada para falar qualquer coisa, então simplesmente coloco a mão em sua cintura e a conduza para longe deles. O nosso grupo inteiro a cerca e de início apenas trotamos, quando percebemos que ela pegou o ritmo iniciamos nossa corrida. O instrutor que acho que se chama Miguel, durante a corrida troca algumas palavras com ela. Observo que mesmo abalada, ela continua firme. Chegamos enfim a academia e ela segue direto para o vestiário feminino.
Após banho tomado, eu resolvo aguardá-la em frente à saída do vestiário feminino, preciso verificar se ela está bem. Fico me perguntando se não estivéssemos lá o que teria sido dela. Pelo comentário que rolou no vestiário masculino, ela é a atleta que mais ganha troféus na modalidade para academia, além de ser instrutora durante o horário da tarde. Pelo jeito trata-se de uma garota muito esforçada. Quando a vejo sair do vestiário percebo algo que não havia percebido, ela é muito linda. Tem os olhos cor de mel mais expressivos que já vi. Percebo que ficou surpresa ao me ver aqui parado.
Pergunto se ela está bem, porque a percebi muito abalada. Após sua confirmação, resolvo me apresentar e ela faz o mesmo. Seu nome é tão lindo quanto ela, que aproveita para me agradecer por tê-la resgatado. Fiquei preocupado como ela retornaria para casa, não sabia se ela possuía algum automóvel ou se alguém viria buscá-la. Resolvi, por fim, lhe oferecer uma carona, fiquei apenas com receio que ela entendesse mal minha preocupação. Não sabia nada a respeito dela.
Fiquei feliz quando enfim ela aceitou que eu a conduzisse para sua casa. Realmente ficarei mais tranquilo em saber que ela estará segura em sua residência depois que passou por tudo que passou, mas também estou receoso que isso traga algum tipo de transtorno para nós dois. Sei o que um namorado ou marido ciumento pode fazer. A situação pode muito bem ser esclarecida, mas até que isso aconteça pode gerar uma dor de cabeça para ela. Caminhamos até meu carro onde passei meu celular para que ela pudesse colocar o endereço dela no GPS.
Resolvi perguntar se o fato dela estar sendo acompanhada por mim, traria algum tipo de transtorno para ela. Percebi que ela me olhou analisando se tinha algum tipo de segunda intenção, mas realmente estava sendo apenas sincero com ela. Não queria causar nenhum tipo de problema ou mal-entendido. Então ela baixou o olhar, me entregou o telefone e deu um pequeno sorriso. E ela era ainda mais linda sorrindo.
Fiquei muito surpreso quando ela me falou ter uma filha, nunca que apenas olhando para ela eu poderia deduzir isso. E fiquei mais surpreso quando ela me informou que não tinha namorado e muito menos marido. Fiquei me perguntando se ela estava querendo omitir algum tipo de informação, mas ela não teria motivo para isso. Apenas olhei para ela novamente e lhe dei um pequeno sorriso de que havia compreendido a informação. O que haviam falado dela, no vestiário, realmente era verdade. Ela era uma mulher esforçada e forte, porque não tenho experiência alguma, mas criar uma criança sozinha não deve ser nada fácil. Depois de 25 minutos chegamos até sua casa.
Ela me convidou a entrar, me oferecendo algo para beber, mas sabia que o convite dela tinha sido por educação, primeiro por tê-la salvo daquela situação e depois pela carona até sua casa. Apesar da minha curiosidade a respeito de Alice, não queria que ela pensasse ter segunda intenções. Estava feliz apenas com o fato de vê-la em segurança. Acho que aquela cena mais cedo abalou todo mundo, e principalmente a própria Alice. Acho que apenas quando ela colocar a cabeça no travesseiro é que ela dará conta do risco que correu. Espero que isso não a faça desistir, porque outras mulheres na situação dela não pensariam duas vezes.
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Atualizado até capítulo 114
Comments
jaqueline conceição
alguns trechos é a mesma coisa da outra história,tipo a academia, a tentativa de estupro e a moça sendo salva,a carona, ex tendo apoio da mãe,..ainda bem que é da mesma autora caso contrário poderia ser classificado como plágio 🤣🤣🤣🤣🤣
2024-06-18
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