Capítulo 16 - O Jantar

Estou na porta da casa de Beth e minhas mãos soam só de lembrar o motivo que vim aqui, e meu deus, eu odeio a família terciária.

Quando a trabalhadora manda eu entrar, eu entro e me sento no sofá do salão de entrada, quem aparece primeiro é a Mel, Mellissa Taylor, é a mais nova da família, ela tem 15 anos.

Quando me vê, ela vem até mim e revira os olhos.

- bom te ver aqui Hope. - ela diz com ironia.

Faço uma careta pra ela.

- não me chame de "Hope", é esquisito, já que eu e Estefanny temos os mesmo nome do meio.

- me acompanhe Hope, minha mãe e irmã estão te esperando no salão principal. - ela diz, já andando, sem esperar que eu a acompanhe.

Me levanto e sigo ela.

Quando chegamos no lugar, Beth me lança aquele sorriso dela de "simpatia" que aparece mais assustador do que não estar sorrindo.

- Beatriz minha mãe man...

Antes que eu completasse, ela me abraça com suas garras de víbora.

- Sim, eu sei, e fico muito feliz por ter aceitado o convite! - ela diz e depois se afasta. - e me chame de Beth, somos da família.

Engulo em seco.

- sim Beth.

Beth ergue o olhar para Mel bem a minha atrás de mim.

- prende esse cabelo menina! já não basta sua irmã que vai com o dela solto!

Mel sem discordar, prende o seu cabelo em um rabo de cavalo.

Beth acaricia o rosto da filha.

- isso, mostre o seu rosto bonito minha cara. - ela diz á ela.

Ela se vira para mim e depois para Bellah que esta sentada me ignorando desde que entrei no salão principal.

Se Mel me odeia, Bellah quer me ver morto.

- Esta esperando o que para vim cumprimentar seu primo Isabella?! - ela diz autoritária para Bellah.

Bellah se levanta com relutância e vem até mim, quando se aproxima, força o seu maior sorriso na frente da mãe.

- oi Dante. - ela diz.

- oi. - respondo.

- Ai que ótimo, leve ele para seu quarto para conversarem um pouco querida. - diz Beth. - seu pai ainda vai chegar só daqui 15 minutos, então quando ele chegar, irei te chamar.

- sim mãe. - diz Bellah, forçando seu melhor sorriso ainda.

Acompanho ela até seu quarto, e quando entro, ela fecha a porta.

- não acha melhor deixar aberta por causa da sua mãe?

- estou fechando exatamente por causa dela, ela vai adorar passar aqui daqui 15 minutos e ver que fechei a porta do quarto com você dentro, pode apostar nisso. - ela diz, e não sei se isso foi sinceridade ou ironia.

Ela se joga na cama e aponta para a cadeira de sua penteadeira para eu me sentar.

- é sério, eu juro que não estou nem um pouco feliz por estar aqui. - digo.

- p@rra...por que você não negou a merda do convite Taylor!?

- não me chame com o mesmo sobrenome que você carrega, é estranho! affs, você e sua irmã tem manias estranhas em relação a provocar as pessoas com os nomes delas.

- vai se f@der! eu nem queria que você estivesse aqui seu babaca!

- e você acha que eu queria!? eu vim obrigado cac3te!

- ai que ótimo! - ela diz batendo as costas no colchão e grunhindo.

Ficamos em silêncio por 14 minutos, até Bella tirar o travesseiro da cara e se sentar na cama.

- vem aqui. - ela me chama.

- pra que!? - pergunto desconfiado.

- só me obedeça p@rra! - ela quase grita e vou até ela com medo de ela me bater se eu não obedecer.

Quando sento ao lado dela na cama, ela se inclina em direção a mim, e me assusto pois nossos lábios ficam centímetros um do outro.

Consigo sentir seu perfume de framboesa e uma mecha de seu cabelo ruivo roça a face de meu rosto.

Quando ela pousa a mão em meu joelho, engulo em seco e tento me afastar, mas ela se aproxima, mantendo o mesmo contato e sobe mais a mão do meu joelho, me dando arrepio.

- o que você... o que esta fazendo!?

Ela pousa o dedo da outra mão em meus labios.

- xii...- ela sussurra.

A porta se abre.

- seu pai chegou! - diz Beth na porta, e no mesmo instante me afasto de Bellah, finalmente conseguindo respirar. - ah não, atrapalhei alguma coisa?

- não, não. - digo, me levantando,

Vejo Beth dar uma piscadela para Bellah, e a mesma sorri de volta para a mãe.

* Quebra de Tempo *

No jantar, sou obrigado a ficar o tempo todo com Bellah, colado a ela.

Passeamos juntos pelo local, distante dos adultos como Beth tinha sugerido " vai conversar vocês, coisas de jovens ".

Estamos a quase 10 minutos andando para lá e pra ca no quintal da propriedade, sem nenhum de nos falar nada.

Bellah apenas encara o céu noturno, andando como se eu nem tivesse do seu lado, ignorando o que fez comigo em seu quarto.

- vocês vão ficar muito tempo na cidade? - pergunto, não aguentando mais o silêncio. - fiquei sabendo só hoje que estávam na casa daqui de vocês.

- chegamos hoje. - ela diz. - e não quero falar com você, então faz o favor de não forçar a barra.

Respiro fundo.

Continuamos andando até já ter dado uma volta toda no local, então não aguento mais o silêncio, empurro Bellah contra a parede, e a prendo com meus braços.

Ela me encara furiosa e confusa, mas antes que ela poça falar, grudo meus lábios ao dela.

Sinto seus lábios macios e delicados contra o meu, ela demora para dar passagem para minha lingua, mas quando dar, eu exploro sua boca sem hesitar.

É engraçado o quanto o gosto dela combina com o seu perfume, framboesa, assim como a cor de seu cabelo vermelho.

Sugo sua lingua que parece bem pequena e delicada, diferente da brutalidade que ela transparece ser.

Quando solto os seus braços da parede para descer minha mão e apalpa-la, sou surpreendido com um empurrão.

E depois, um tapa na cara.

- merda! qual é o seu problema!? - pergunto indignado.

- qual é o meu problema!? você é meu problema seu molestador idiota! - ela Vocifera, limpando a boca com as costas das mãos.

- que!? mas em seu quarto...

- eu fiz isso por causa da minha mãe seu burro! não to afim de você!

Congelo com suas palavras.

- estava me usando?