Estefanny
- merda. - exclama Hannah ao me ver parada em frente a porta.
Estou paralisada, meu corpo não se move, como se uma ancora tivesse caido e prendido meus pés sobre o chão, arrastando toda minha capacidade de se mover e até de pensar.
No segundo seguinte, Dante empurra Hannah para ela sair de cima dele e se levanta da cama, e só assim que a âncora é tirada de meus pés e volto a ter capacidade de movimentos corporais.
Merlin continua escondendo seu p@u de mim com ele dentro de Hannah, mas Dante não se importa de mostrar o seu para mim, já que vejo o tempo todo, por termos uma intimidade estranha entre irmãos, mas mesmo assim, pela primeira vez fico constrangida ao ver seu membro com uma camisinha cheia, pendurada.
E uma parte de dentro de mim quer rir, pois pelo menos cheguei no momento em que já haviam terminado e não atrapalhei o prazer principal deles.
- não! não! não! - grita Dante, ao perceber que estou recuando quando ele se aproxima.
Quando ele se aproxima, já é tarde demais, bato a porta com toda minha força na cara dele.
Escuto ele esmurrar a porta e fecho os olhos com força, como se seus punhos tivessem acertado meu rosto e não a porta entre nós.
- me escuta Estefânia p@rra! - grita ele e depois abaixa a voz. - não é o que você está pensando...
Uma risada escapa de minha garganta, mas quando sai pela boca, sai mais como um grunhido do que um riso.
- não? então vai me dizer que me enganei quando vi o seu p@u saindo de dentro de Hannah, e isso que Merlin nem se incomodou de tirar o dele ao me ver!
Não espero sua resposta, apenas dou as costas e me afasto da porta em passos rápidos e firmes, até ouvi-la se abrir e sentir a mão de Dante agarrar meu pulso.
- Sim...você esta certa, foi o que você viu, é sim o que está pensando...mas...não da maneira que acha que está sendo.
Minha voz treme quando volto a falar.
- quanto? - pergunto.
- o que?! - ele rebate a pergunta confuso.
Quando respondo, minha voz não treme mais, e sim sai firme e rígida.
- a quanto tempo vocês três vem tendo esse tipo de relações?!
- é disso que eu to falando Estefânny...essa foi a primeira vez, eu juro. - ele diz com um olhar de súplica.
- desde quando estão flertando? porque antes de pensarem em ter esse tipo de contato...precisa flertar. - digo, com a voz trêmula.
° desde quando estão se paquerando para algo assim acontecer?! °
Não me importo de eles estarem fazendo s3xo, me importo de imaginar que eles esconderam isso de mim, ou que até me usaram, fazendo eu pensar que Merlin venho para cá graças a mim, mas na verdade, ele já pensava em vim para comer Hannah junto com Dante.
E hoje em dia, não é grande surpresa de primos se relacionarem, mas a questão aqui é a mentira, estou com medo de eles ter escondido isso de mim só porque...só porque.....porque...sou virgem.
Dante faz uma careta antes de responder.
- não Fanny, hoje em dia ninguém perde tempo com "flerte", é só dizer "bora transar", e a pessoa responde se sim ou não. E tudo o que fizemos no quarto foi casual.
Me sinto enojada com sua resposta, mas não sei dizer se é verdade ou não, mas tudo que preciso fazer agora é respirar, respirar urgentemente.
Eu puxo meu braço de volta e quando Dante pensa em insistir de novo, Merlin aparece atrás dele ainda sem camisa mas com roupas da parte de baixo, pousando a mão em seu ombro, impedindo que Dante me segure de novo.
- deixe ela relaxar cara, sabe que Fanny não funciona na base da raiva, você pode falar o quanto quiser mas ela não vai te escutar...deixe ela se acalmar e depois conversamos todos juntos. - diz ele.
Não olho para o rosto de Merlin, nem para o de Hannah que aparece logo atrás dele, apenas dou as costas e saio as pressas do ambiente, quase correndo.
Quando penso em me trancar em meu quarto, lembro que Millah está dormindo lá então penso em ir para a galeria de Artes, mas estou tão angustiada que não conseguiria pensar em nada belo para pintar.
Entro na biblioteca principal e arrasto meus dedos em alguns livros até um me chamar a atenção e puxa-lo para ler.
É inútil, tentei ler mas não consigo me concentrar, por mais que force esquecer meus problemas, a cena do quarto de Dante reaparece em minha cabeça.
Me levanto frustrada, e olho pela janela, vendo que já está clareando, o nascer do sol, ainda bem pequeno, com o céu escuro ainda invadindo o mundo, mas com a esperança mínima da luz em aparecer e espantar a escuridão.
Saio da biblioteca e corro para a galeria de Artes, me sento com o quadro na frente da janela e me ponho a pintar essa linda imagem viva.
Quando término, o sol ja esta no topo, mas sei que deve ser um pouco mais das 6h ainda.
Ao analisar minha pintura, percebo que eu mesma pintei uma pequena silhueta de um homem no jardim, pois eu havia pintado o nascer do sol atrás do jardim, mas pintar o homem que caminhava de longe.
No mesmo instante me levanto e encosto meu rosto na janela, procurando o homem, até finalmente enxerga-lo melhor com o sol estando iluminando tudo.
Ele está usando uma roupa simples e seu corpo está todo marcado por tatuagens como o corpo de Hannah. Na verdade, bem mais que o corpo de Hannah, pois as tatuagens cobre a maioria de sua pele.
Afasto o pensamento de Hannah imediatamente da mente, e foco no jovem que parece mexer com as plantas do jardim.
Ele se afasta das plantas e começa a caminhar descontraído.
Quando ele olha para cima e me vê, entro em choque e me escondo entre as cortinas, torcendo para que ele não tenha me visto tempo o suficiente para decorar minha aparência.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Daniela Dias
eta será que Fany vai descobrir quem é o tatuado e apaixonar por ele e perder a virgindade com ele kkkkkkkkk
2022-10-13
9
Mary De Jesus
mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais
2022-10-09
1
Flaviana Chaves
querida autora posta mais capítulos por favor maís mais mais mais mais mais mais mais mais
2022-10-09
1